Jogando: Pokemon Rumble U

Quando você ouve falar em Pokemons, se você tem alguma experiência com a franquia, seus pensamentos vão para idílicas caminhadas em grama alta, lutando contra uma quantidade insana de Pokemons de nível 5 a 20 OU a combinação desgraçada de Caverna escura + Milhões de Zubats. A história dos games de Pokemon são sempre mais ou menos parecidas, com seu jovem aprisionador de animais saindo de casa para conquistar o universo utilizando coragem, boa pinta e uma quantidade insana de rinha de animais.

E não há absolutamente nada de errado nessa fórmula. Ela é boa, interessante, normalmente bem construida e viciante. Mas, mesmo assim, parece que não existe uma franquia Nintendo que vai mais longe da sua formula original, com mais frequência, do que os monstros de bolso: do safári de fotos em Pokemon Snap, aos RPGs onde era preciso redimi-los no Cube, passando pela frustrante experiência de tentar falar com um Pokemon em Hey You! Pikachu! – Pokemons estão em todas.

Pokemon Rumble não é uma novidade em si – o Wii teve um e o 3DS também. Consiste, essencialmente, em uma arena de Pokemons, sem treinadores, com você diretamente controlando os monstros que soltam poderes e dão golpes um no outro; se posso fazer uma comparação direta, lembra Power Stone (Dreamcast/PSP) só que com Pokemons. Ou seja – não é ciência nuclear. Evolua seus monstrinhos e os ponha para lutar – no Wii você podia, inclusive, importar seus monstros do DS.

E qual a proposta de Pokemon Rumble U, que vou passar a chamar de PRU? Fazer isso melhor e fazer você realmente colecionar todos!

Graficamente PRU não vai impressionar ninguém, as arenas são simples, com vários elementos de interação mas nenhum high light gráfico – texturas simples e funcionais e um estilo cartunesco e simplificado. Os Pokemons vão decepcionar muita gente: Feitos para relembrar as estatuetas que estão sendo vendidas eles são “estranhos”, tipo…

medium_43265_1388526902

… entenderam?

O som é bom, mas não é sensacional, com os barulhos e bramidos dos Pokemons facilmente reconhecíveis (tarefa nada fácil para um número chegando aos 600) mas a música é meramente passável. O controle funciona muito muito bem, embora seja super simples: 3 botões usam ataques especiais (que são selecionados posteriormente a luta) e um botão dá um ataque de corpo do Pokemon, que pode ser uma cabeçada, uma rabada ou, no caso de HitmonLee e HitmonChan, uma sequência inteira digna de filmes de ação.

As estatuetas são o ponto alto do game. No estilo de Skylanders, da Activision, você compra uma Pokebola e, dentro dela, tem uma estatueta de um Pokemon – 120 Pokemons vão estar disponíveis nesse formato, com 240 estatuetas sendo 120 no padrão normal e 120 Pokemons “prateados” (versões mais fortes). Você transfere seus Pokemons para o Wii U através do NFC (Near Field Communicator – aquele “quadradinho” desenhado do lado direito da tela do Wii U Game Pad) e consegue salvar os status e evoluções dele da mesma maneira, aproximando a miniatura do ponto. Ou seja: brinquedo + decoração + memory card = muita diversão! Você não precisa das estatuetas para jogar!!! Os produtores dizem que todos os Pokemons são acessiveis jogando apenas o game normal, fazendo trocas com o Pokemon Y e X e fazendo trocas com amigos pelo Nintendo Network, mas todo mundo vai acabar querendo algumas nem que seja para deixar pela sala.

O jogo pode ser adquirido direto no e-Shop da Nintendo Network (por um precinho mais camarada) ou em lojas físicas em um bundle com seis estatuetas randômicas. No Japão existe um Pikachu Bundle (seis estatuetas + game sendo garantido que uma delas é um Pikachu) mas ele está esgotado… pena.

Pokemon Rumble U é um jogo muito muito simples, voltado especificamente para um público mais infantil ou para os fãs muito, muito mesmo, hardcores de Pokemon, que jogam qualquer coisa com a marca. É divertido e gostoso, mas um pouco repetitivo, principalmente no grinding necessário para subir seus Pokemons de nível e conseguir acesso a algumas arenas melhores ou diferentes. Se você realmente curte Pokemon, agarre – vai ser pelo menos divertido. Caso contrário, fique apenas com as miniaturas – você vai se divertir mais.

PS: Caso já tenha pego o jogo dê uma olhada na nossa matéria aí embaixo com os códigos para desbloquear outros Pokemons para a sua equipe.

Pokemons para seu Pokemon Rumble U

Você quer mais Pokemons para seu Pokemon Rumble U… o Mini te dá!

Pokemon Power Move 1 Move 2 Password
Serperior 1000 Frenzy Plant Dragon Tail 07461322
Charizard 1000 Blast Burn Dragon Claw 68110948
Dragonite 1000 Draco Meteor Fire Blast 91698319
Rotom 1300 Shadow Ball Thunder 04417308
Whimsicott 1000 Razor Leaf Giga Drain 65501535
Oshawott 1000 Razor Shell Tail Whip 23906908
Hydreigon 1000 Dark Pulse Draco Meteor 93173657
Piplup 1000 Drill Peck Hydro Pump 72679922
Samurott 1000 Ice Beam Hydro Cannon 80889856
Bulbasaur 1000 Razor Leaf SolarBeam 94283937
Snorlax 1300 Strength Flamethrower 43265987
Stunfisk 1000 Discharge Mud Shot 02337796
Zoroark 1000 Night Daze Flamethrower 04811884
Dunsparce 1700 Rollout Blizzard 73442047

Sábado Retrô – Tennage Mutant Ninja Turtles – Turtles in Time

Como eu disse no Review de TMNT:OotS (que você pode ler aqui), eu AMO Tartarugas Ninjas…

… e a Nicklodeon não facilita em nada o meu vício!

Então… para tirar o gosto horrível que Oots deixou na minha boca eu precisava de TMNT de qualidade. E não só assistir, mas jogar também. Era hora de tirar o SNES do armário, ligá-lo na TV e colocar Turtles in Time nele.

E, se você teve um Super NES, seu sorriso está indo de orelha a orelha agora!

TMNT: Turtles in Time é um dos melhores Beat em ups de todos os tempos (aqueles jogos onde você andava pela fase surrando deus e o mundo). Esqueça Final Fight, jogue Street of Rage pela janela; a Konami era a mestra dos Beat em up… e fez o melhor que o Super Nes teve em sua biblioteca inteira com as tartarugas mais famosas do mundo. Uma conversão quase perfeita do Arcade para o SNES, Turtles tinha mais estágios, mais cores e a música ainda melhor (se é que isso era possível) na versão de console do que no seu primo de máquina (só as vozes e os inimigos que sofreram um pouco com a conversão… e o fato que não dava para jogar em 4 pessoas no SNES).

O controle era simplesmente sensacional! Perfeito! Com movimentos específicos por tartaruga e muito, mas muito mesmo, charme nas deliciosas combinações que podiam ser aplicadas, tudo funcionava de forma perfeita. Era leve, engraçado e impedia que o game se tornasse repetitivo – um problema enfrentado por Streets of Rage 3. A jogabilidade era simples, mas a quantidade de inimigos, e de coisas acontecendo no cenário (com inimigos atacando do fundo, ou vindo na direção da tela em mode 7), mantinha tudo animado.

O som… ah o som… As vozes sofreram bastante com a vinda do Arcade para o console, sobrando poucas delas (mas bem feitas, como “Oh! SheelShock!”, “Pizza Power!” ou o fantástico “Cowabanga!!!”) mas a música ganhou muito… MUITO! E ficou fantástica, simplesmente soberba, o complemento perfeito para os gráficos que só SNES podia fazer. E que gráficos! Repletos de efeitos de mode 7, com transparências e múltiplos níveis de Paralaxe e deformidade, TMNT – Turtles in Time era simplesmente espetacular para a época e continua lindíssimo hoje – Milhas e Milhas melhor do que a mediocridade do remake da Ubisoft “Turtles in Time – Resheelded”.

Em 91/92 esse jogo era uma demonstração clara do que o SNES era capaz de fazer e de como as Tartarugas eram uma das coisas mais legais do mundo. Agora, mais de 20 anos depois, é hora de vocês descobrirem porque! Bom divertimento!

O dossiê PS VITA TV – O que é? Quanto custa? Eu preciso de um?

Em sua conferência pré TGS a Sony falou sobre várias coisas: política de preço para memory cards, novo modelo de PS Vita, novidades para o PS4, data de lançamento no Japão e… PS Vita TV.

Mas  o que diabos é PS Vita TV?

image_309274_fit_940

PS Vita TV é um hardware, aproximadamente do tamanho de um caixa de cartas de baralho, que se conecta a sua TV por HDMI, tem uma entrada USB, uma entrada para memory card de Vita e uma entrada para cartões (os games) de Vita – QUE ELE ENTÃO RODA NA SUA TV!!! Em 560 a 720P!!!

Estou jogando dinheiro na tela do computador e nada acontece!!!

Bravo Sony! Bravíssimo! É o hardware de um portátil voltado para quem não quer um portátil, mas quer ter acesso aos J-RPGs exclusivos, assim como a batelada de games exclusivos do PSP (nem todos bons… mas ainda exclusivos) assim como todos os jogos de PS1 disponíveis na PSN – com mais um detalhe suculento: Se você já comprou o game na sua conta PSN (no seu PS3/PSP/Vita), seja ele de Vita, PSP ou PS1, você vai poder utilizá-lo sem nenhum problema, ou custos adicionais,  no seu PS Vita TV.

image_309277_fit_940image_309278_fit_940

E não responda ainda porque não para por aí – TODOS os serviços online presentes na PSN, como Tivo, Netflix, Last FM e similares estarão presentes para uso no PS Vita TV e ele ainda vai, com um pequeno patch que vai surgir nos próximos meses, aceitar um controle de PS4 (de início ele vai usar o Dual Shock 3), o que vai permitir jogar uma biblioteca um pouco mais extensa do Vita assim como… pasmem… fazer streaming do PS4 para jogar em uma TV em que o PS4 não esteja instalado.

OK… estou impressionado agora…

O pequenino hardware vai permitir que você utilize seu PS4 em uma TV onde o aparelho não estiver instalado, mandando dados de um para o outro, e permitindo que você deixe sua família usando a TV da sala enquanto você joga na sua TV do quarto, por exemplo. A sessão de pergunta e respostas do site japonês da Sony confirma que o PS4 NÃO PODERÁ ser utilizado para outras funções nesse modo. Ou seja, vai ser como se você estivesse jogando ali na sala, mas o cabo de vídeo estivesse conectado na TV do quarto – ninguém vai poder usar o hardware para assistir um Blu Ray, por exemplo, enquanto você joga ali.

O aparelho vai ser lançado no Japão dia 14 de Novembro de 2013, por 9,954 yen (£64 / US$100 apenas o aparelho) ou em um bundle, com um controle Dualshock 3 branco e um memory card de 8 Gb, por 14,980 yen (£96 / US$151). É importante lembrar que, de início, nem todos os jogos do Vita estarão disponíveis para no Vita TV pela inexistência da superfície sensível ao toque no Dualshock 3 – essa condição deve mudar, para a maior parte dos games, com a incorporação da possibilidade de uso do DualShock 4; alguns games famosos do portátil ficaão de fora, como Uncharted e Gravity Rush, exatamente por isso. A lista completa (em japonês) você encontra aqui.

Isso vai aumentar as vendas do Vita? Duvido muito. Mas com certeza vai aumentar a venda de software para o sistema, assim como aumentar, muito, o número de usuários da PSN que, como eu, não tinham um portátil Sony mas queriam jogar exclusivos de peso, como Rondo of Blood Remake, God Eater, entre outros. E por US$ 100,00 vale MUITO a pena!

Memory Cards de PS Vita caem (muito) de preço e aí vem um bem maior!

Tentando compensar a mínima fatia de mercado que ficou, combatendo o gigante 3DS e os games em iOS e Android, a Sony resolveu tentar uma ótima ofensiva… uma operação Frakenstein para tentar ressuscitar seu quase finado portátil. Ela vai lançar uma versão mais barata dele, em 10 de Outubro, e, agora, derrubou o preço dos memory cards (que continuam proprietários, exclusivos e caríssimos) para níveis que, se não aceitáveis, são pelo menos bem melhores.

O novo preço já está vigorando em lojas americanas como a Amazon ou a GameStop e joga o Memory Card de 4Gb de 19,99 para 12,80, o de 8 de 29,99 para 18,33, o de 16 de 37,22 para  59,99 e o de 32 de 99,99 para 69,64 . Além disso a Sony vai disponibilizar uma nova versão de US$ 99,99.

Isso deve dar um boost de vendas no PS Vita – Pelo menos a Sony espera que sim!

Novo PS Vita confirmado e a caminho!

Mais leve! Mais funcional! Em várias cores!  E muito, muito, muito mais barato!

newpsvita_011-610x208 Screen-Shot-2013-09-08-at-11.58.38-PM-610x323

 

A Sony vai colocar no mercado japonês, no dia 10 de Outubro, um PS Vita 40% mais barato –  que deve chegar ao ocidente no começo do ano que vem!  O novo aparelho já vem com 1 Giga de memória interna (então dá para tirar da caixa e já sair jogando!), é mais fino, 150 g mais leve e troca a tela frontal de Oled por uma tela da mesma resolução de LCD de matrix não ativa (ou seja, quem estiver a sua esquerda ou a sua direita não consegue enxergar nada do que se passa na sua tela e se você estiver jogando em um lugar muito iluminado, vai perder fidelidade das cores).

O novo aparelho recarrega por mini usb (como o seu celular) e não precisa mais de uma entrada específica de recarga. Ele aceita todos os memory cards disponíveis no mercado até agora e saíra em 6 cores: Branco, Preto, Amarelo, Lime (acho que deve ser um verde), Pink e azul.

Demorou mais veio em Sony?

Essa eu não entendi: O PS4 não será lançado no Japão até 2014!!!

Como assim? A Sony é japonesa!!!!

Mas é verdade! O aparelho só aparecerá em praias japonesas em 22 de Fevereiro de 2014! Segundo a Sony isso se deve a “Garantir que o aparelho tenha games voltados para o mercado japonês em número suficiente para sustentá-lo no mercado. E os games voltados para o ocidente estão e maior número e em estágios mais avançados de desenvolvimento.”.

Ok… mas que é estranho é!

PS4-3-610x406

Jogando: Castle of Illusion HD

Castle of Illusion, no mega drive, é um clássico. Um side scroller com litros de aventuras por cenários lindo enquanto Mickey Mouse, o eterno rato aventureiro de Walt Disney, tenta salvar sua amada Minnie Mouse das garras da terrível Mirzabel. Se você nunca teve a possibilidade de jogar o game, de uma olhada nos nossos reviews da versão de Mega Drive e da versão de Master System.

Pois bem… o jogo ganhou um remake. E um fã do original, como eu, não podia deixar de colocar suas mãos ávidas nele.

E os resultados são menos do que estelares.

Veja bem… Castle of Illusion Remake – Starring Mickey Mouse não é ruim. É um competente jogo de aventura, voltado para um público mais infantil que não tenta, em nenhum minuto, ser uma cópia do jogo original com uma repaginada visual – este é um NOVO jogo, que utiliza mecânicas de câmera 3D, diversos ângulos de câmera e estilos de jogabilidade roubados de fontes tão diversas como Crash Bandicoot, Spyro, DKC Returns e Epic Mickey. A combinação final é competente e gostosa de jogar, mas lembra muito mais um jogo do começo dos gráficos poligonais de qualidade, lá pela metade da era do PS1, quando diversos ângulos de câmera e diversos tipos de jogabilidade, no mesmo tipo de jogo, eram algo novo e realmente valorizado. Hoje em dia, como mostrado nesse game, isso não sustenta um jogo por si só.

Mas ao jogo em si. Graficamente Castle of Illusion Remake é bonito – mas nem de perto tão bonito quanto jogos quanto Muramasa, Odin Sphere, Dragon´s Crown ou outros pesos-pesados do uso de cell shading e color shading. É claro ali que o serviço foi feito no limite do aceitável, com uma qualidade gráfica apenas passável que, diferente do game original, não encanta aos olhos e nem gera nenhum momento “UAU” – as animações de Mickey são mais simples que no mega drive (ele não “rebola” por exemplo, enquanto espera, nem olha em volta, assustado), os fundos mais simplórios e os estágios menos inspirados, mais diretos, retos e com poucos elementos em paralaxe. Mickey nem mesmo tem sua clássica bundada, apenas pisando em seus inimigos. Nem de perto o nível de qualidade esperado de um game como esse e milhas distante do excelente Epic Mickey 2: Power of Illusion do 3DS.

O controle funciona bem mas tem uma “escorregada” que, eu acho, foi colocada lá de propósito. Eu explico: Nos idos do Mega Drive, quando você virava completamente a direção na qual Mickey se mexia, ele levava alguns segundos, e tinha alguns quadros de animação, para começar a se mover naquela direção – embora o novo game não tenha esses quadros de animação, ainda assim parece que Mickey se “arrasta” um pouco ou “desliza” um pouco em alguns momentos. Na época do Mega Drive isso não era muito problemático (era… mas a gente tava acostumado) – em uma era de controles analógicos perfeitos e comandos 1:1 é terrível.  A jogabilidade varia de estágio para estágio, ou mesmo dentro dos estágios, mas é predominantemente em visão lateral, com ocasionais entradas em 3D aberto; algumas partes tem Mickey correndo na sua direção, ou lutando com chefes em arenas 3D abertas ou desviando de itens que vem do fundo, mas, predominantemente, você vai controlar o roedor mais conhecido do mundo indo da esquerda para a direita.

O som é bom. E só isso. Eu realmente me decepcionei muito, mas muito mesmo, com essa parte. Castle of Illusion tinha músicas ótimas, que faziam grande uso do canal de modulação FM no Master System assim como dos 10 canais de áudio do Mega Drive. O que recebemos aqui são versões xexelentas das músicas originais, nem mesmo orquestradas, em uma tentativa muito mequetrefe de modernizar a obra. É ruim, fraco e nem merece ser considerado Castle of Illusion.

Castle of Illusion Remake é um jogo feito para quem, obviamente, nunca relou no game original. É simples, MUITO mais fácil que na era 8/16 bits e não tem 1/25 da personalidade. Jogue… mas esteja preparado para um game apenas mediano. Se estiver atrás de um retorno, de verdade, ao castelo da terrível Mirzabel, fique com a versão do 3DS – ou, melhor ainda, arranje um Mega Drive, um cartucho e volte ao começo dos anos 90. Acredite – você vai se divertir muito mais.