Hoje é hora de falarmos MUITO sobre portatéis!
E como o Switch se tornou meu videogame favorito!
Vamos nessa!
Em primeiro lugar eu devo desculpas…
Eu realmente achei que esse jogo iá ser bom. Eu recomendei para várias pessoas que participassem do Kick Starter. Eu tinha certeza que um novo Megaman do mestre criador do jogo original, Keiji Inafune, seria fantástico.
Eu estava errado. Muito, muito errado. Mas eu culpo Inafune e sua equipe por isso. Porque os principais problemas de Mighty Number 9 (que vou passar a chamar de MN9) são técnicos – e muito, muito mesmo, imbecis.
Parece legal pelo trailer né?
Por onde eu começo? Vamos pelas partes boas primeiro? A história do jogo, embora simples, é bem legalzinha: A Terra se unificou sob um só governo que era uma utopia socialista com robôs trabalhando e humanos vivendo apenas para se divertir. Todos os recursos da sociedade, que envolvia vários planetas, voltados para a felicidade de todos. No entanto, como escritores de ficção pensam que somos uma coleção de imbecis com deficit de atenção, a humanidade logo enjoou do estado de paz que vivia e começou a procurar maneiras destrutivas de se divertir. De forma a evitar que o Caos tomasse o planeta, nossos mais inteligentes cientistas criaram a liga de luta de robôs, cujos os 9 robôs mais poderosos ficaram conhecidos como Mighty seguido de um número. Beck, o heroí da história é o mais fraco dos Mighty, o número 9, e, depois que um vírus de computador afeta todos os outros Mighty menos ele, deve destruir cada um deles para trazer a paz de volta a essa idílica sociedade socialista.
Ok! Foi uma boa explicação para o porque de 8 chefes e o porque de mais ninguém no mundo mover um dedo para parar esses robôs além de Beck/Mighty Number 9. Que pena que o resto do jogo não é nem de perto pensado nesse nível. Para começar pelas músicas: Nenhuma delas está no nível de nada feito para os Megaman originais de NES. NENHUMA! Nada, niente, Zero… É como se Inafune e equipe tivessem simplesmente esquecido o que era boa música no portão de sua produtora. Nada é inspirado, nada é incrível e nada vai deixá-lo assoviando quando você desligar seu console. As músicas são simples e sem graça, e eu não acredito que um jogo, que levou o tempo que esse levou para ficar pronto, tem um score assim tão ruim.
E tudo isso porque não falamos de gráficos. Meu Deus! Os gráficos! Não que eu tenha qualquer problema com a direção de arte do jogo, o que não tenho (acho ela muito bacana), mas para um jogo rodando em Hardware poderoso como o Ps4, Xbox One e o Wii U com um estilo de arte mega simples, quase nenhuma atividade de background (sério… Megaman X no Super NES tinha mais coisas acontecendo no fundo de tela que MN9) e poucos inimigos de cada vez, com tudo composto por polígonos texturizados simples, é simplesmente INACEITÁVEL uma queda de framerate. INACEITÁVEL! E MN9 tem tantas quedas de Framerate que o marco dos 60 Frames por segundo deve instalar uma porta giratória para facilitar a saída. Toda hora que você tem alguns inimigos a mais, lá vamos nós para os 45 ou 30 fps – quer usar uma arma que tenha algum efeito mais sofisticado de partículas (como eu fiz por quase todo o jogo com a arma de congelamento de Mighty Number 2) e lá vem uma nova queda. De fato o jogo nunca se torna injogável e nunca cai abaixo dos 30 fps – mas hoje em dia, com esses gráficos simplórios, não existe desculpa nenhuma para isso além de FALTA DE OTIMIZAÇÃO.
E, infelizmente, como a peste negra a falta de otimização está por todo o lugar do jogo. Objetos enormes não projetam sombras, objetos vindo do fundo acertam beck mas não os inimigos, você pode ficar preso em portas ou pode ser enviado para fora da arena dos chefes por bugs e a versão o Wii U, quando foi lançada, chegava a travar o videogame (de eu ter que tirar a porra do console da tomada porque não dava para resetar). Isso não é o resultado aceitável de um jogo feito num Kick Starter que quebrou recordes e muito menos de um jogo que sofreu 4 atrasos. QUATRO MALDITOS ATRASOS!!! E isso foi o que recebemos. Inafune fez uma piada com o mundo e nós todos vamos ter que engolir a Punch Line.
Vídeo do Beta – mas os gráficos da versão final são iguaizinhos! Inaceitável!
“Poxa Marcel… então você não gostou de nada no jogo?”. De forma nenhuma! Eu gostei sim! O controle funciona bem mesmo e o sistema de ter que dar um encontrão nos inimigos para destruí-los rapidamente (e sugar suas armas e energia) é bem legal e uma ideia bacana – mas acaba gerando um problema quando esse sistema tão bacana e bem feito, que permite que você leve Beck saltando e dasheando (fazendo dashs… posso verbalizar?) pelo level inteiro acaba trombando de frente com a mediocridade do restante do jogo: Os estágios são tão curtos e tão pouco inspirados que, se você realmente souber o que está fazendo, irá terminá-los em poucos minutos… se não conseguir em segundos. De novo… Inaceitável!
Eu sei que esse review soou negativo e entendo que muita gente que não jogou os Megamans originais do NES, ou tenha começado pela série X, principalmente do Megaman X 5 para frente, tenha dificuldade em entender porque eu não gostei do jogo. Trata-se de uma questão de expectativa: MN9 era a promessa de Inafune de um retorno as raízes. Uma volta ao que fazia Megaman Megaman. O que ele nos entregou, depois de 4 atrasos e mais de 4 milhões de doláres, foi uma versão lamentável e xexelenta do que poderia ter sido a visão dele de uma continuação para a série X. O Hype do jogo nos traiu. E Inafune nos traiu 9 vezes.
9 poderosas vezes! Passe longe do game… não vale a pena…
É fácil fazer um review de Hyrule Warriors – é só dizer “É Dinasty Warriors mas com personagens de Zelda em vez de personagens clássicos da literatura chinesa.”.
Até o momento onde a pessoa, provavelmente um usuário Nintendo que NUNCA jogou Dinasty Warriors, Samurai Warriors ou Gundam Warriors, vira para você e diz: Putz…. nunca joguei um desses!
O…. K….
(Respira. Pensa. Respira de novo)
É como um beat’en up, tipo street of rage, mas com um mundo bem maior e UM MONTE de inimigos! Mas põe um monte mesmo!!! Mesmo!
Inimigos… inimigos por todos os lados!
O Wii U ganhou uma versão HD (1080p – 60fps) no ano passado e agora o 3DS vai ganhar a versão dele… que embora não esteja nem nos 480p e não descole dos 30 FPS é MUITO LEGAL.
Realmente bem legal
Em Hyrule Warriors você escolhe um dos personagens disponíveis e atravessa um campo, cumprindo pequenos objetivos espalhados (domine essa área do mapa, destrua essa criatura, etc…) enquanto faz purê com hordas de inimigos pelo caminho. Hordas! Mesmo! Não raro seu contador de mortes vai passar das centenas – algumas vezes, em batalhas colossais, vai bater nos milhares. Se as sequências em si não fossem tão curtas, a pequena variação de golpes somada a pequena variação de inimigos e ao ato repetitivo de massacrar hordas após hordas, provavelmente tornariam o jogo chato. Não é o caso aqui: Hyrule Warriors: Legends tem mapas menores, objetivos em menor número e mais bem dispostos e foi feito para ser jogado em pequenas partidinhas de 10 as 20 minutos – nunca será exatamente cerebral, mas não é cansativo.
Não é exatamente um Professor Layton, mas diverte legal
Os gráficos não são um desbunde, como no Wii U, mas seguram a onda legal, principalmente porque a tela do seu 3DS vai ser bem menor do que a TV que você joga Wii U (nós esperamos). O som é bem legal, com vozes bem escolhidas, efeitos sonoros bacanas e versões elétricas e mais agitadas dos temas clássicos de Zelda. Para uma versão de bolso de um jogo raro de ver em um portátil Nintendo, e considerando o número de coisas se mexendo e tentando te matar na tela, a apresentação é muito boa.
O jogo é bem legal, mas não é bem um Zelda. É um beat’en up relativamente repetitivo que diverte mas não encanta. Se você gosta de Dinasty Warriors, ou seus equivalentes japoneses ou de robôs vale uma compra, caso contrário, espere por uma promoção para pegar ou tente sua sorte em um dos outros 4 Zeldas de 3DS.
Bom divertimento.
Um…
Famicom…
Eu quero! Eu quero muito! Só que, infelizmente, como todos os outros 3DS e new 3DS, ele é region lock. Então, só jogos japoneses.
Mas é lindo!
Você comprou um Wii U ou um 3DS recentemente?
Primeiro… Parabéns! Você fez uma ótima compra!
Segundo… Prepare-se para ficar pobre! Porque aí vem uma superpromoção da Nintendo.
A partir de 11 de Março todos os jogos abaixo estarão a venda na Nintendo e-shop por US$ 19,99 cada um.
Wii U
3DS
Wii
Triforce Heroes ocupa, em relação aos outros Zeldas, na minha modesta opinião, o mesmo lugar que Halo 5 em relação aos outros Halos: é lindo, é bem feito… e não é Halo. Ou seja: É lindo, é fofo, é uma delícia de jogar a três, e NÃO É ZELDA.
Não verdade ele é tão pouco Zelda que me faz pensar porque diabos a Nintendo simplesmente não estampou um nome novo na capa. Ele é tão pouco Zelda que faz Four Swords Adventure, no Cube, parecer Twilight Princess. Ele é tão Zelda como o mini game Tetra Crackers ou o mini game Four Swords.
“Ou seja… ele é um Zelda que você detestou!” pensa um leitor desatento. Não! Ele não é um Zelda que eu detestei. Ele não é um Zelda. E, a partir do momento que todo mundo colocar isso na cabeça, todo mundo vai se divertir de montão.
Porque Triforce Heroes é um jogo muito divertido. Muito divertido mesmo! Mas só se você tiver 3 jogadores, 3 3DS e estiver na mesma sala.
Triforce Heroes foi um jogo integralmente concebido para ser usado no multiplayer e isso ficará claro assim que você ligar seu 3DS. Não existe um enorme mundo a ser atravessado, pontuado aqui ou ali por dungeons diversas – não… o jogo nem mesmo se passa em Hyrule. Nem mesmo envolve a princesa Zelda. E não tem a Master Sword, Tingle, as deusas ou qualquer outra coisa desse tipo. Você tem uma série de desafios em estágios rápidos, que normalmente levam menos de 10 minutos para serem cumpridos, que levam para um chefe no último deles, bem ao estilo de Mario (e com a mesma numeração, 1-1, 1-2, 1-3, 2-1… vocês entenderam…). Os mais legais desses estágios colocam um item diferente na mão de cada um dos três heróis e mandam você atravessar a sala/matar todos os inimigos/ativar X número de orbes/puxar X número de alavancas – e lá vão vocês , trabalhando juntos: Como exemplo posso citar uma sala que dá um Hookshoot, um bastão que levanta águas e um bastão de congelamento. A sala tem poucas plataformas físicas e está quase que completamente cheia de água. Você tem que levantar a água, de forma a criar plataformas, congelá-la na posição correta, para que ela não desapareça depois de poucos segundos, e, por fim, utilizar o hookshoot para puxar certas alavancas. Tudo isso enquanto se protege de inimigos espalhados pela sala e tudo mais.
Estágios menos inspirados dão o mesmo item para os três heróis e mandam eles quebrarem a cabeça na tentativa de solucionar a sala. As vezes isso envolve empilhar os três e fazer cada um atirar uma flecha para um lado diferente ao mesmo tempo, enquanto outras situações envolvem todo mundo ter que colocar fogo em partes diferentes do cenário em uma ordem específica, de forma a gerar vapor que vai empurrar uma esfera por dentro de um mecanismo. Se todo mundo conseguir se comunicar, estiver de bom humor e for minimamente inteligente para curtir um bom puzzle, o jogo vai ser bem divertido.
Agora… se você estiver sozinho. Ou jogando online.
Aí a coisa complica.
Se você estiver jogando sozinho você não tem uma inteligência artificial controlando os outros 2 links. Você tem dois links com horríveis caras vazias…
Isso. É. Medonho.
… que você vai controlar um a um. É horrivelmente difícil e chato. Online a coisa fica um pouco mais fácil, mas tente jogar com gente que você tem no skype ou na xbox live/psn – PORQUE NÃO HÁ COMUNICAÇÃO DE NENHUMA ESPÉCIE NO GAME. Você pode usar um grupo imensamente imbecil de emoticones, que dizem coisas como “Fique aí!”, “Volte!”, “Não” entre outros – mas é incrivelmente ineficaz e demorado transmitir ideias dessa forma. Nintendo, Phantasy Star Online tinha um teclado virtual em 2000! Quinze! Anos! Atrás! Quinze malditos anos atrás!
Você pode jogar localmente com mais dois amigos usando um só cartucho (por download play) ou online com dois desconhecidos ou dois amigos da sua lista. Você só não pode misturar os dois tipos. Ou você joga com duas pessoas online ou com duas pessoas localmente – e não dá para jogar só com uma pessoa junto, deixando um terceiro com cara vazia. Ou você joga com três jogadores ou joga single player.
Nem de perto tão divertido sozinho!
A história se passa em Hytopia, um reino obcecado com moda e reinado pela Princesa Styla, que tem um senso de moda impecável. A princesa é amaldiçoada por uma monstruosa bruxa chamada “A senhora” (The Lady) que a coloca num moletom marrom de corpo todo que ela não consegue tirar. Aterrorizado com isso o rei chama pelos três heróis da lenda local que poderão desfazer a maldição e devolver a Hytopia sua princesa com seu senso de moda impecável.
Eu gostaria de estar zuando mas não estou… essa é a “História” do novo “Zelda”. Confesso que o game é bem engraçado por causa disso – a Nintendo encheu o game de personagens engraçados e fofinhos e o humor é bem mais carregado do que normalmente. Mas é difícil levar a sério um game cuja a história é “Salve nossa princesa que foi enfiada num saco de estopa!”.
E o fato que o game roda em volta de roupas torna os power ups extremamente temáticos. Link veste roupas para usar habilidades especiais – como o vestido da Zelda que permite ter mais corações ou a parca confortável, que permite não deslizar no gelo. Sim… Link troca de roupa pacas nesse jogo. E sim… você leu certo… Link pode vestir o vestido da princesa Zelda.
Roupinhas fofas e com poderes específicos!
O gráfico usa o mesmo engine de “A Link between worlds” e é basicamente igual, com pequenas melhorias em iluminação e algumas texturas mais caprichadas. As músicas são bem animadas e bem mais curtas que em um Zelda, visto que os estágios em que elas tocam são feitos para serem completados em menos de 20 minutos, contra os templos gigantes e complexos de um Zelda de verdade. Há poucas vozes e elas funcionam bem. A apresentação do jogo não é seu problema e o controle é um desbunde – realmente muito muito bom.
Se você tem mais dois 3DS por perto e dois amigos(as)/irmãos(ãs)/namorados(as)/esposos(as) dispostos a encarar essa aventura fashion com você o jogo até vale os R$ 150,00 que a Nintendo está pedindo nele. Mas não jogue sozinho e definitivamente não vá para o game esperando um Zelda de verdade. Você vai sair desapontado.
Algumas das coisas que os Links podem vestir!
Bom divertimento!
Porque aí vem um RPG para quebrar as convenções Nintendo: Mario & Luigi: Paper Jam!
No novo game os irmãos mais legais do Videogame unem forças com… bem… com eles mesmo… mas em suas versões de papel. Eu explico aos Não Nintendistas: Há muitos anos a Nintendo publica duas franquias de RPG com o Mario, a Mario & Luigi, que usa os personagens tradicionais, e a Paper Mario, que usa personagens e cenários feitos de papel. E agora os dois mundos vão colidir em mais um super RPG com a qualidade Nintendo!
Mal posso esperar!
Eu conheço muita gente que simplesmente desmaiaria se a Level Five, uma das melhoras produtoras japonesas de conteúdo original, fizesse um Pokemon. Eu acho que vou ter que comprar várias almofadas para segurar as cabeças!
Yo-kai Watch é uma mistura de Arg, caça aos monstros e Pokemon, onde você localiza diversos Yo Kai (demônios não necessariamente maléficos da cultura japonesa) e os prende e treina, utilizando seu relógio, para usá-los para combater outros Yo Kai. Sim… soa como Pokemon… porque é… mas ainda assim é lindo e muito muito legal!
E muito muito muito muito muito japonês! Eu realmente fico feliz que esse jogo vá chegar ao Ocidente!