É hora de refazer o review de Stranglehold, falar sobre John Woo, Chon Yun Fat e toda a importância de fervura máxima para o mercado de cinema de ação americano.
Mas principalmente é hora de falar bobagem e dar risada.
Vamos nessa!
O cachê do Pierce Brosnan tava muito caro…
… então Daniel Craig tomou o lugar dele mesmo nas história que ele fez no cinema.
É hora de rirmos muito falando de Austin Powers, as discrepâncias e as loucuras de 007 e o universo do espião menos discreto de todos os tempos.
E… se der tempo… fazer o review do jogo.
Vamos nessa!
Mas… pera…
Nós já fomos de Flashback!
Mas agora é HD!!!
Ou quase!
Vamos nessa!
Eu. Amo. O. Morcego.
Na minha modesta opinião (e eu sei que muita gente não concorda com isso… tranquilo… de boa… todos nós temos direito de escolher nosso herói favorito) o cavaleiro das trevas é o mais legal dos heróis de todos os tempos: Ele é um humano, sem poderes, que se utiliza de inteligência, uma montanha de dinheiro e o melhor preparo físico que um corpo humano pode aguentar para lutar contra chefões do crime, estrategistas loucos, seres imortais (será mesmo?) e a própria insanidade de uma cidade consumida pelo consumismo e pelo crime. Acredite em mim: Ninguém deveria morar em Gotham.
Some a isso o fato que eu cresci com os adventures da Lucas Arts; sendo uma das poucas coisas que eu jogava num PC (somado a Wing Commander e Strike Commander) e você perceberá quão excitado eu fiquei quando os responsáveis por refazer Sam and Max e Ilha dos Macacos disseram que iam lançar um jogo do Batman.
É! Mais ou menos assim!
E agora que eu coloquei a mão nele e o terminei é hora de falarmos sobre Batman: The Telltale Series. Ou pelo menos da parte lançada até agora.
E vamos começar tirando o elefante branco dançante da sala: Se você está esperando um jogo na mesma linha dos Arkhams acho melhor você fazer outra coisa menos frustante. Tipo lavar a louça. Ou tentar aprender um idioma indu-arábico. O novo jogo do Morcego não poderia estar mais distante da Quadriologia da Warner Games.
É bem mais lento. Bem mais metódico. Chega a ser até taciturno, dependendo das escolhas que você fizer. Na maior parte das vezes você controlará o Batman (ou Bruce Wayne) apenas para modificar a parte da tela sobre a qual um cursor, controlado com seu segundo analógico, será usado para clicar em coisas. Eu sei que minha descrição aqui parece chata.
Mas acredite em mim… Não é. Você passará a maior parte do primeiro capítulo como Bruce Wayne, em parte auxiliando a polícia de Gotham, em parte auxiliando Harvey Dent em sua candidatura – tudo isso enquanto circula em meio a alta sociedade da cidade e tenta não cometer nenhuma gafe (ou cometer várias, dependendo de como você quer que sua história ande… de como você vê seu Bruce Wayne.). Além disso você examinará arquivos na caverna, determinará cenas de crime e muito mais. E nas cenas de crimes, depois de uma cena awesome completamente cimentada nos quadrinhos onde você verá o uniforme mais legal da Terra sendo vestido, você procurará por provas, montará teorias e utilizará todo o poder de processamento de um computador gigantesco para criar holografias em realidade aumentada para estudar crimes. O jogo já teria me ganhado aí – mas concordo que seria hiper parado se ele “parasse” por aqui (que piadinha tosca).
É aí que entra a segunda parte de Batman: The Telltale Series: a “ação”. Sim…. entre aspas mesmo. Porque os trechos de ação do jogo seguem bem mais o estilo do quadrinho do que dos jogos de videogame anteriores. Por exemplo: Para invadir um apartamento e conseguir informações Batman usa um drone espião, “memoriza” e se “prepara” para a invasão e aí segue o plano. Quando o plano é finalmente executado tudo que você tem que fazer é acertar direções e botões em sequência para que Batman não morra (lembrem-se… ele ainda é humano). Parece difícil de imaginar, mas olhem aqui:
Além disso a ação se restringe a poucos pressionares de botões inesperados, muitas vezes no meio de longas cenas de conversa (cheias de informações uteis… então parem de caçar Pokemons durante o jogo e olho e ouvidos na tela), as vezes sequenciadas. E só. Eu achei super mega legal – mas eu sou um fã do Morcego, de quadrinhos e desse estilo de jogo mais cadenciado, remanescente de “Snatcher” ou “Curse of The Monkey Island”. Entendo que nem todo mundo vai apreciar.
Gráficos são legais, mais simplórios – principalmente se você levar em consideração que é igualzinho independente de onde você jogar (consoles da geração passada, dessa geração ou PC). A animação é bem legal e bastante fluída e Troy Baker é um show de bola como a voz de Batman/Bruce Wayner – dando um tom mais carismático a um herói normalmente considerado soturno demais. A música é esquecível, mas não é ruim, enquanto o controle é meramente servil (responde na hora mas não tem muito o que você fazer lá).
“Então Marcel? Você recomenda esse jogo a todo mundo?”. Não. Definitivamente não. Se você não leu quadrinhos do Batman e não gosta de jogos da Telltale OU se tudo que você fez envolvendo o morcego foi jogar a quadriologia Arkham – passe longe. Só vai te irritar e te exasperar. Agora se você OU gosta do (e lê o) Batman OU gosta dos jogos da Telltale, em geral – vale pegar pelo menos o primeiro capítulo (que está saindo por 5 obamas). Se você não gostar, ou achar muito truncado, o investimento foi de pouco mais de R$ 20,00. No entanto, se você for um fã TANTO do Morcego QUANTO de jogos da Telltale, é um game obrigatório – ele tem bem menos momentos travados do que “The Walking Dead”, a história é excelente e os próximos capítulos prometem muito. Vá direto para o pacote completo (aproximadamente 71 pratas na PSN/Live) e seja muito feliz.
“Let’s save this city!”
C-Sync, Turbo Sync, Sync Striper, Sync on Luma… O que diabos significa tudo isso?
Aqui no Mini não vamos deixar você na mão! Hora de explicar tudinho que você precisa saber sobre Scarts!
Aproveitando a semana de lançamento de Batman V Superman…
Trailer bem aqui
… que é um filme 7/10 com alguns problemas, mas muito muito divertido, é hora de falar do que poderia ter sido o ÚNICO realmente bom jogo do Superman.
A Factor 5 é uma pequena companhia americana que trabalhou muito perto com a LucasArts por muitos anos, principalmente criando os simuladores X-Wing, Tie Fighter, Rogue Squadron, entre outros, além de ferramentas para adaptações de jogos de PC, com as propriedades de George Lucas, como a incrível versão de Indiana Jones do Nintendo 64.
Depois de criar uma pérola no Nintendo 64 e duas no Gamecube a empresa assinou um contrato de exclusividade para criar 3 jogos no, ainda para ser lançado, PS3. Por razões negociais e financeiras, ao final do processo todo, apenas um dos jogos planejados foi lançado, o criticamente aclamado, mas muito pouco vendido, LAIR, sobre voar em dragões e cuspir fogos em tropas inteiras. Um jogo bom – mas nem de perto tão incrível quanto Rogue Squadron 2 ou Rogue Leader.
Sem um grande contrato por trás e sem perspectivas de produzir nada no momento para o Wii a empresa foi procurada pela Crash Entertainment, uma pequena empresa da Califórnia que pegava patentes comerciais de Hollywood e fazia a ponte entre estúdios de cinema e estúdios de games – com o objetivo de criar games que acompanhassem lançamentos cinematográficos. A Crash queria a experiência da Factor 5 com jogos envolvendo vôo para um novo jogo a ser lançado junto com a continuação de Superman Returns, de Brian Singer (que, GRAÇAS AOS DEUSES DO CINEMA, nunca aconteceu). Sem ter um script, uma data de lançamento ou qualquer ideia além de “Metallo, Darkseid e Doomsday aparecem no filme” a empresa começou a criar assets que permitissem a aceleração da criação de um jogo posteriormente. Por mais de 2 anos a Crash injetou dinheiro no projeto, e na Factor 5, enquanto a Warner dançava em volta da cadeira do que seria feito com a propriedade intelectual Superman.
O final da história… todo mundo sabe: Brian Singer desiste de continuar seu horrívelmente recebido Superman: Returns. A Warner reboota a franquia com Man of Steel em 2013 (curiosamente, o nome do jogo da Factor 5), a Crash entertainment nunca vê a cor do dinheiro que investiu e vai a falência, levando, em sua queda, a Factor 5. Os criadores de algumas das melhores adaptações de PC para consoles – mortos por um jogo do Superman.
Mas seria Superman: Man of Steel bom?
Porra! Pior que seria sim!
O jogo tinha diversas ideias competentes e estava em cerca de 60% de desenvolvimento quando foi cancelado. Existiam grandes chances desse ser O jogo do Azulão. Uma pena que nunca colocamos a mão nele!
Será que agora podemos parar um pouquinho? E respirar? E quem sabe parar de ter chiliques conjuntos internet?
Não… não é um jogo… É simples Trademark.
“Estamos simplesmente nos resgardando. Podemos vir a usar esse nome no futuro. Ou utilizar para alguma série de vídeos. Nos fizemos trademark de nomes como Brightfalls the series e Brightfalls returns também. Apenas para nós garantirmos. Não há nenhum produto sendo desenvolvido no universo de Alan Wake no momento.” disse Sam Lake, diretor de conteúdo da Remedy.
Ou seja… não vamos ganhar um novo jogo mesmo…
Hoje eu continuo três semanas de matérias sobre incríveis jogos de Star Wars que deveriam ter sido lançados, mas nunca viram a luz do dia. E para comemorar o lançamento do ano no cinema, vamos atrás de um game pronto que nunca colocamos a mão!
First Assault não estava em Alpha, Beta ou qualquer outro estágio de produção quando foi cancelado.
Aliás nós não podemos nem mesmo usar o termo cancelado para ele. Não lançado. Esquecido no fundo da gaveta. Abandonado. São todos termos mais corretos para um jogo que estava, para todos os fins e propósitos, pronto, mas não chegou a mão dos jogadores.
Star Wars: First Assault era Battlefront III antes da Eletronic Arts cagar como um pavão raivoso em cima da franquia toda e sair abrindo o rabo lustroso por aí. Era um jogo voltado para a XBOX Live Arcade, com times de até 8 jogadores, com cada jogador usando uma classe de personagem dentro dos rebeldes/império e metendo fogo no inimigo por mapas imensos.
Claro que o jogo não contava com veículos (até aí Battlefront III também quase não tem…), tinha um número muito limitado de armas (Battlefront III também não tem muitas delas…), apenas 8 arenas (o dobro de Battlefront III…) mas… ei… com certeza não custava R$ 380,00 com o season pass.
Mas… se já estava pronto, por que não foi lançado? Porque a LucasArts foi vendida para a Disney, junto com todo mais que compunha o império de George Lucas, e o jogo ficou esperando uma janela de lançamento, assim como um orçamento de marketing, que nunca vieram.
Teria o jogo sido bom? Sim… o jogo provavelmente teria sido awesome. E feito muito sucesso. E feito muito muito dinheiro. Mas com novos donos vieram novas ideias. E um jogo perfeitamente bom foi esquecido em favor de uma monstruosidade meia boca como Battlefront III A.K.A. Star Wars Battlefront.
Vejo vocês semana que vem para acabarmos nossos O que nós perdemos – Especial lançamento de Episódio VII, com a parte 3.
Les Infant terribles, The La Le Li Lo Lu, o status da Big Boss, a razão do Outer Heaven… enfim… todas as grandes perguntas que sempre rodaram na cabeça dos fãs da epopeia de Kojima estão a meses de serem respondidas!
1 de Setembro está demorando para chegar!
Embora o Super Nintendo seja o melhor videogame de todos os tempos o Game Cube tem um lugar todo especial no meu coração: Foi meu primeiro videogame de adulto… por assim dizer. Um videogame comprado fora da casa dos pais, quando eu estava morando “sozinho” (na verdade eu dividia tanto o apartamento, quanto os custos do Game Cube, com uma namorada, à época) e mantido pela minha labuta no universo adulto. Videogames anteriores até tinham dinheiro meu investido… mas quando você acabou de sair da casa dos seus pais e a coisa mais cara que você já adquiriu sem ajuda externa foi um Game Boy Advance, quando você entrou na recebeu seu segundo salário, um Game Cube é coisa para caralho.
Mas voltando ao foco do Cube – eu adoro o Game Cube! Eu realmente gosto dele! Embora não tenha sido necessário eu teria atravessado a geração 128 bits somente com ele sem problemas. Claro que eu não teria tido Final Fantasy (Aquela coisinha chamada Crystal-sei-lá-o-que não conta como FF) ou MGS 3 (Embora tive a melhor versão, Hands down, de MGS 1 – Twin Snakes), mas as versões extremamente mais rápidas (os carregamentos eram extremamente mais rápidos devido ao disco menor combinado com um leitor muito melhor de discos) e melhor acabadas (a GPU do Cube conseguia lidar com textura 6 vezes comprimidas, ou seja, uma textura podia ser comprimida 6 vezes no seu tamanho sem perder qualidade – o que levou muitas produtoras a utilizar texturas incrivelmente mais bonitas nas versõrs do Cube do que das outras plataformas, vide os Splinter Cell de GC) de jogos Third Parties somada a uma quantidade inimaginável de exclusivos de excelente calibre mais do que me manteria tranquilo no Cube. E um desses exclusivos era Resident Evil.
Resident Evil no Game Cube
Veja bem… o jogo não chamava Resident Evil Remake, Resident Evil Reboot ou o que o valha. Ele chamava Resident Evil e deveria ser a versão definitiva do primeiro game da franquia. Graças a GPU do Cube (e a capacidade absurda dela de lidar com texturas), imagens pré renderizadas e algumas novidades de controle e história, RE foi um dos melhores games da plataforma e um jogo sensacional. Tão bom que foi relançado para o Wii quase que sem mudanças e, agora, está chegando as novas plataformas em um remake HD – o que é bom porque comprar esses jogos hoje, seja na versão para GC seja na versão para Wii é CARO!
Resident Evil HD Remake é exatamente igual a versão do GC em termos de conteúdo. A mesma história, as mesmas novas áreas da mansão, as mesmas recompensas destravadas, tudo exatamente igual. Então, se você destruiu a versão do GC e defenestrou a versão do Wii, a mansão não tera segredos novos para você. Dito isso o jogo ainda é muito muito muito bonito, mesmo rodando no modo Original (4:3 480p Progressive Scan) mas fica ainda mais legal no novo modo visual (720 ou 1080p 16:9)…
Sim… bonito assim!
O som também é igualzinho a versão do Cube – o que não é nem um pouco ruim, porque o som da versão do Cube era estelar! As vozes são muito bem escolhidas, os barulhos te enchem de medo e as músicas são bem legais, servindo para melhorar ainda mais o clima. O controle também tem uma novidade: Você pode escolher entre jogar no modo clássico de controle, onde seu personagem se move como um tanque, ou pode escolher o novo modelo de controle, onde seu personagem se move na direção que o analógico aponta e não é necessário botão de corrida para ele disparar. O novo modo de controle, principalmente para um jogo em que a câmera é fixa, me pareceu um pouco menos metódico do que o necessário – eu explico… considerando que você ainda tem que ficar parado para ser capaz de atirar e que a câmera não pode ser controlada, ficando fixa em um ponto, o novo controle não terá muito efeito em termos de tornar o processo de jogar mais fácil. Talvez torne mais simples para novatos, que nunca enfrentaram o controle “tanque” de RE 0,1,2,3 e Code Veronica, mas não vai tornar esse passeio menos brutal.
Porque Brutal ele era e continua sendo. Meu Deus como esse jogo é difícil! Não só você tem pouquíssima munição, contada e difícil de achar, mas você ainda tem que pensar se realmente vale a pena matar cada Zumbi ou simplesmente desviar deles – porque se você matar um deles sem explodir a cabeça ou queimar o corpo (uma nova mecânica do remake) ele se levantará novamente como um Zumbi Zumbi(?) chamado Redead, com a pele vermelha (RED EAD – eu vi o que você fez aí Capcom… engraçadinha) muito mais rápido, mais mortal e com uma resistência muito maior as balas. Junte a isso centenas de puzzles, nem sempre muito bem montados, e o pequeno inventário que você tem como carregar consigo (tendo que parar de tempo em tempo nas salas de save de forma a trocar de arma ou estocar mais munição) e o jogo fica imensamente desafiador. Armas de auto defesa, como facas e teasers permitem liquidar Zumbis de uma vez só, mas são ainda mais contadas que a munição padrão e a mansão é imensa, com uma área inteiramente nova que não estava no game original de PS1 (e que me fez quase me borrar de medo no GC).
Resident Evil HD Remake é um bom jogo. Nada disso é mérito do HD, no entanto, e esse jogo continua o mesmo que você teria acesso num GC (ou Wii). Se você gosta de jogos de terror pedreira, com um ótimo clima, longa duração e muitos, mas muitos mesmo, clichês, esse jogo é para você. Só não vá para cima esperando por RE 4 – esse é um ancião mais velho, mais sábio e bem mais vagaroso do que o jovem, rápido e vigoroso RE4.
Hora de matar Zumbis! Com uma bazuca!