Batata indica a coleção do Junião

Fala galera! Nesse último sábado recebemos a visita ilustre do Guilherme Carnicelli, do canal Batatube. Além de mostrar alguns itens da coleção do Junião, o Batata ainda gravou uns “takes” do “making off” do Sábado Retrô do jogo Street Racer, vídeo que vai ao ar dia 6 de agosto. Assistam, curtam e se inscrevam no canal do Batata.

Conker sem um bad fur day, sou eu assim sem um game: Conheça Marcos Castro e sua música gamer!

Muitas músicas, nacionais e internacionais, já ganharam versões alternativas – e seus clipes, versões literais. Mas nada se compara ao trabalho do comediante Marcos Castro que, com toda a sua astúcia, compôs duas versões “videogamísticas” para as populares músicas Aquarela (Toquinho) e Assim Sem Você (Claudinho e Buchecha).

Não dá pra falar muito. Na verdade, o ideal é que todo mundo assista aos vídeos dele. O Castro é um carioca, matemático e que fez ciências da computação, ou seja, um cara mais do que especialista em mundo nerd. Além disso, para achar rimas e traduções para certos cacoetes de games é difícil. Ele é um campeão! Dá só uma olhada nas duas canções citadas:

Se você quiser saber mais sobre o trabalho do Marcos Castro, visite o site dele: www.marcoscastro.com.br. Tem futuro. Espero ansiosamente pelas próximas músicas!

P.S.: Video Games Live SP 2011 com ingressos a venda. O Minicastle estará em número recorde de amigos reunidos para o evento – nada menos que 7 pessoas lindas e viciadas! Aguardem notícias ou leia mais em www.videogameslive.com.br

Jogos Difíceis, Jogos Pedreira, Jogos Impossíveis ! Eles te divertem?

Videogames, como todos sabem, nasceram como uma forma de diversão pública, e seus mais diretos ancestrais são as máquinas de leitura da sorte e pinball que se abarrotavam em parques e bares do começo do século 20. As primeiras apresentavam sua sorte por uma moeda… e eu imagino que o fator replay de uma máquina dessas fosse muito baixo (eu sei… péssima piada) mas o pinball era uma história completamente diferente; construído do início ao fim para levar suas economias em direção a derrocada a máquina era impiedosa, engolindo bolinha após bolinha em cada mínimo erro seu, pedindo sempre mais moedas para liberar mais um grama de diversão – por vezes o erro era verdadeiramente seu, por vezes era incompetência do desenhista da pista (o nome que os colecionadores dão as “áreas de jogo” das máquinas de pinball) e por vezes era um problema mecânico da máquina, mas isso não importava… ops! Lá se foi sua última bolinha… insira outra moeda.

Essa metodologia viajou para os arcades, quando eles surgiram na década de 60, fossem eles beat-up (como Double Dragon) ou Amusements (o nome que o David Wrick, do “History of Video Games” dá para games como Dig Dug e Pac Man) você era constantemente desafiado a vencer a máquina, colocar seu hi-score, e gastar partes expressivas do seus rendimentos em fichas. O Atari não mudou muito a história… poucos games possuíam final e com isso as brigas contra o sistema era para durar mais algum tempo e jogar mais e marcar um hi-score.

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Só que aí surgiu o Nes. Um faixo de luz no meio da inequidade que era a raça humana na década de 80 o Nes trouxe melhores controles, melhores gráficos, melhores sons e histórias imensamente adequadas ao videogames da época, mas uma coisa não mudou… em sua absoluta e completa maioria os jogos eram difíceis… as vezes insanamente difíceis. E eu não falo de um jogo “quebrado” – onde a dificuldade é criada por um glitch ou um problema de controle – e sim de jogos difíceis por serem assim desenhados. Jogos programados do início ao fim para não só te derrotar… mas chutar sua bunda no processo. Jogos como Mega Man (o 2 era um pesadelo), Ninja Gaiden (tente terminar o primeiro e verá quão excruciante é) e o famoso Contra (que era impossível mesmo com as trinta vidas do código Konami – imortalizado em cartazes, episódios dos Simpsons e camisetas) faziam o possível e o impossível para acabar com sua raça.

A questão é: Era divertido?

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A resposta: Sim!!! E não!

Sim, todos os jogos citados são games excelentes e eu tenho todos eles em algum formato (Megaman 2 no Megaman Collection, Ninja Gaiden no Virtual Console e Contra – bem eu tenho Super Contra, também chamado Contra III – também no Virtual Console) e eu tenho tenras lembranças de infância envolvendo todos eles (e definitivamente não quero que Michael Bay toque em nenhum deles).  Só que tenho mais lembranças de controles jogados através da sala e no sofá, de gritos, choros e soluços do que de momentos felizes envolvendo eles. E eu me considero um jogador moderadamente bom… não sou um ás, mas tenho mais de duas décadas de experiência com o D-Pad e isso aumenta a minha angústia… pois imagino que muitas pessoas (eu tenho um monte de exemplos) tem menos habilidade, paciência e traquejo do que eu. E estão jogando. Mas serão que estão curtindo… ou odiando.

As questão deste artigo nesse momento é o imenso revival, um momento retro, se me permite, que a indústria de videogame parece estar passando. Jogos como Ninja Gaiden (No XBOX, XBOX 360 e PS3), Megaman 9 (Wii, Xbox LA e PSN), Bit Trip (Wii), Bionic Commando (XBOX 360 e PS3) tem sido lançados contra um público que se acostumou com check points freqüentes, interface amigável, rotas simplificadas e níveis de dificuldades mais moderados. Recentemente em uma conversa com o Mahou e dois amigos mais novos ouvimos um deles dizer o quão difícil era Megaman X2 e eu e o Mahou explodimos em risos. Megaman X2? Difícil? Por Deus! Eu como Megaman X2 no café da manhã! Eu uso Megaman X2 de papel higiênico! Depois de terminar Megaman 2 (e Megaman 9 – que é difícil pacas) você encara qualquer Megaman! Só depois dos risos nos demos conta de como os jogos foram ficando mais fáceis e acessíveis com o tempo… e o advento do Wii e do DS (e seu público casual) acelerou essa curva. Os jogos passaram de chutadores de bundas que o desafiavam a parceiros de diversão que o convidam a explorar seus recursos e o carregam por mundos inesgotáveis de encanto e magia…. Eu já disse que não sou gay!

E com isso voltamos a pergunta inicial: Dificuldade diverte você? Você realmente se sente motivado em atravessar hordas de inimigos utilizando apenas uma pistola d´água e linguagem chula, lutando por arrancar cada vitória dos dentes da derrota, como o Mahou, ou você é como eu, que acredita que os games devem lhe dar um universo imersivo e tirar da sua frente todo o excesso de bagagem como chefões difíceis, hordas de inimigos que respawnam e seqüências intermináveis de abismos mortais (Sim Shinobi… eu estou olhando para você!)?  Por favor dê nos sua opinião!

Round 1! F I G H T!