Sábado Retrô – After Burner

Primeiro foi uma moto!

Depois foi um carro!

E por fim foi um avião!

Todos eles mudaram as faces do Arcade e todos eles são criação de Yui Susuki, um dos mestres da SEGA. E como nós já falamos de Out Run, e estamos preparando algo ainda mais especial para Hang-On, está na hora de falar de After after-burner-ii-u-034Burner – O arcade de caças da SEGA.

Na esteira do sucesso de Top Gun (com Tom Cruise mocinho mocinho) o estúdio interno AM2 da SEGA, sob a direção de Yui Susuki, colocou no mercado em 87, um Arcade fantástico de combate aéreo. Diferente do que existia até então After Burner jogava pela janela qualquer semelhança ou tentativa de realismo e não se importava nem um pouco em tentar usar poder de processamento para tentar simular qualquer característica – Era direcional para frente e dedo no gatilho! Se algo esta se mexendo na tela e não é seu avião obrigatoriamente é o inimigo. E eles são muitos, são rápidos e enchem a tela de mísseis que você tem que desviar fazendo Aileron Roll (que todo mundo no mundo insiste em chamar, erroneamente, de Barrel Roll).

Não só os gráficos do Arcade eram rápidos, mas eram lindos, usando o system 16 da Sega (o mesmo processador que mais tarde equiparia o Mega Drive) e servidos com um som que até hoje figura entre os mais ouvidos dos games.

Não só isso mais a cabine onde o jogo era “servido” era lindíssima, com force feedback e peças de controle de F14 Tomcats (O jato mostrado no game e utilizado no filme Top Gun) originais!  Era um sonho para qualquer fã de aviação!

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No entanto a maior parte de nós jogou poucas vezes esse game no Arcade. As máquinas eram caras, poucas e dificeis de importar e poucos lugares no Brasil tiveram delas (eu joguei, com nove anos, no shopping center norte em São Paulo – em 1989) mas quase todo mundo teve acesso ao game na forma de After Burner 2 para Mega Drive… em 1989.

After Burner 2, é claro, não era o Arcade. O Scrolling era bem mais lento e com menos camada, havia menos inimigos na tela, seu avião era mais lento e a diversidade de cenários era bem menor. Mas para nós não havia problemas. Era After Burner, ali, na sala, e a gente queria jogar!

Infelizmente After Burner 2 no Mega Drive carregava sua própria leva de problemas, e eu não estou falando das perdas gráficas – o controle não funcionava tão bem quanto no Arcade, com o direcional digital deixando muito a desejar na hora de fazer movimentos bruscos e rápidos, ou girar, para escapar de mísseis. Além disso, devido a limitação de números de objetos na tela, por vezes você era atingido por um míssil  que, segundos atrás, estava invisível. São problemas frustrantes, mas que não tiram o brilho de um dos melhores jogos da leva inicial do Mega Drive.

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Pegue para jogar no Mega Drive, ou no seu Virtual Console, sem medo – você vai curtir, principalmente com os novos direcionais muito mais precisos e macios do Wii e Wii U. Agora, se o gráfico estiver te espantando, tente a revitalização da série, na forma de After Burner Climax, para PS3, 360 e Wii… é a mesma coisa mas HD! Bom divertimento!

Jogando: Nicklodeon TMNT: The Game – Para 3DS e Wii

Eu sou um fã das tartarugas… isso já deve ter ficado bem divulgado aqui e aqui… e tenho fritado no novo show da Nick:

E, portanto, estava esperando com uma certa ansiedade, a chegada do novo Beat`en up dos répteis assassinos em puberdade mais incríveis do planeta. Eu esperava por toda a carga humorística e cheio de estilo do desenho combinado com um sistema de combos tão bem feitos como os eternos Arcades da Konami.

E isso só torna muito mais difícil o que eu estou fazendo aqui. O jogo do novo show das tartarugas não é ruim… per si, mas é tão padrão e blaze que não tem muita coisa que pode realmente ser dita sobre o jogo que não soe como um crítica destrutiva do mesmo. Começando pelos gráficos, que são extremamente simplórios e lavados, sem absolutamente nenhum efeito mais caprichado, como partículas ou luzes e sombras nas armas, texturas extremamente simples e movimentação e animação apenas funcional.  A música é completamente retirada da série e é divertida, mas não vai te fazer assoviar ou cantar nada que você já não conheça, enquanto o departamento sonoro é excelente, com as vozes do show completamente colocadas aqui do jeitinho que você esperava por elas: Michelangelo ainda é o piadista, Donatello continua se derretendo pela April, Leonardo tenta liderar, etc… Realmente o ponto alto do jogo.

Por que daí para frente Nicklodeon’s TMNT: The Game vai ladeira abaixo, explode a parede no fim da ladeira, e invade, como um rolo compressor, a casa de uma velhinha inocente. O controle é imensamente simples (um botão ataca, outro pula e outra dispara o golpe especial) e nem pense em um sistema de golpes diferenciados por tempo de pressão ou estágio do salto, como em TMNT:Turtles in Time ou TMNT: The Arcade Game – cada tartaruga tem uma sequência de 4 ou 5 golpes no chão, uma voadora (igual em qualquer altura) e um arremesso. E é isso! Acabou! Finito! Caput! Esperamos realmente que você goste desses golpes (e acredite, a sequência é estilosa) porque você vai vê-los do começo até o final do jogo – o que não é muito distante, porque o game só tem 3 horas de duração. Some a isso uma inteligência artificial cavalarmente ruim por parte dos inimigos, que ficam em volta esperando para apanhar e raramente iniciam o ataque, e das outras tartarugas, que raramente atacam alguma coisa a menos que aquilo as ataque antes e você verá que os jogos da Konami do final da década de 80 e começo/meio da década de 90 eram bem melhores que essa coisa!

E aí reside o problema: A Ubisoft até tenta modernizar uma fórmula antiga, com distribuição de pontos que podem ser gastos para deixar sua tartaruga mais rápida ou mais forte, mas falha em entender o coração do que tornava divertido esse tipo de jogo para as gerações anteriores. Nicklodeon’s TMNT: The Game visa, claramente, um público bem jovem e casual, que não tem o menor problema (ou nem mesmo vai perceber) com a repetição descerebrada onde a mesma tartaruga usa a mesma sequência de golpes nos mesmos inimigos de novo e de novo e de novo e de novo. É como jogar algum beat’en up da Capcom ou da Konami do começo da década de 80, como Renegade, e seu extremamente simples sistema de combate e seus inimigos sempre iguais e tentar encontrar uma razão para um jogo feito em 2013, em duas plataformas de ponta, ter tanta coisa em comum com um nostálgico jogo de quase 30 anos atrás mas ainda falhar em entregar algo mais do que a soma das partes.

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Como eu disse lá no começo do review: Nicklodeon’s TMNT: The Game não é ruim. É imensamente simples e repetitivo, e vai te enjoar muito antes de você chegar na metade das suas parcas 3 horas, mas esse jogo vai te servir super bem se você se encaixa em uma dessas 3 condições: 1) Você é um fã ardoroso das tartarugas e joga/precisa ter tudo que sai com elas; OU 2) Você tem mais de 30 anos e quer receber uns amigos que não jogam videogame a 15 ou 20 anos e quer jogar algo com eles que não os deixe completamente loucos e alienados; OU 3) Você tem filhos pequenos (menos de 13 anos) que gostam de TMNT ou quer jogar algo em companhia deles;

Caso nenhuma dessas condições te englobem, melhor tentar outro game. Bom divertimento!

PS: A versão do Wii é exatamente igual a do 3DS … EXATAMENTE Igual!!!

Diante da Crise Iwata solta: A Nintendo faz games, não arte.

Diferente do que os especialistas em crise vem dizendo, a Nintendo não está falindo. Não está nem mal das pernas.  O Wii U está vendendo mal, ainda está vendendo melhor do que o PS3 estava quando tinha a “idade” dele. O Wii continua vendendo bem (na verdade… bem melhor que o Wii U) e o 3DS está destruindo o número do mercado de portáteis – com números, essencialmente, inacreditáveis.

Mas a Nintendo sente que é falta dela. “Nós faltamos para com os clientes, os jogadores e o mercado. Os números do Wii U são falha nossa.” disse o presidente da companhia, Satoru Iwata.

O executivo, em sua entrevista no Tokyo Hotel, se mostrou bastante agressivo quando consultado sobre a posição, de muitos usuários, de que a Nintendo não liga para o consumidor, porque faz arte: “Somos uma empresa de entretenimento, não uma companhia de artistas. Nossa missão é para com nossos clientes e acionistas. A Nintendo faz games. Através de seu foco no desenvolvimento dos melhores jogos possíveis atingimos, algumas vezes, o status dado, nunca requisitado, de arte. E somos muito orgulhosos disso. Mas nosso foco é a criação de jogos e consoles divertidos. Nosso foco é o entretenimento. Não a arte.” .

“Não pode ser bom só para a empresa, criando algo que só dê lucro. Tem que ter valor para o consumidor, para o vendedor, para o colecionador. Essa tem sido a política da Nintendo e tem nos servido muito bem. É a razão pela qual nossos jogos conservam o valor, mesmo quando disponíveis em outros plataformas, em seus formatos originais. Sabemos que há uma falta de títulos para o Wii U, mas essa situação será resolvida nos próximos meses. Pedimos um voto de confiança e um pouco de paciência!”

E então: Você daria a Nintendo esse voto de confiança? Ou chega dessa empresa para você? Deixe a sua opinião aí embaixo!

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Ps: Eu acho que vários games da Nintendo são arte! Mas isso sou eu!

Wii Mini confirmado! Mas só no Canadá mesmo!

A Nintendo vai mesmo lançar uma versão mini do Wii (não o Wii U, só o Wii) neste natal, mas com duas condições: será limitado e só será vendido no Canadá. O novo Wii é mais leve, menor e mais fino (pouco maior do que duas caixas de DVD grudadas uma em cima da outra e pesa o mesmo que um pacote de bolacha – 180g) e só funciona com jogos do Wii (não tem retrocompatibilidade com o Gamecube). Vem com os mesmo 512 Mb de memória interna, com um Wii Mote Plus (Wii mote com Motion Plus embutido) e um Nunchuck vermelhos e sem nenhum jogo.

Tem só um detalhe… o aparelho não tem placa de rede – não tem Wi Fi e não consegue se conectar a rede de jeito nenhum. É só para rodar jogos do Wii mesmo!

O aparelho sairá no Canadá pelo baixissimo preço de US$ 99,99. Acho que vai ficar confuso para os compradores Canadenses… mas a Nintendo é sempre assim!

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As dúvidas acabaram! Eis como funciona a transferência de dados entre o Wii e o Wii U!

Então você comprou seu Wii U, levou ele para a casa, conectou ele na entrada HDMI da sua TV, configurou ele na sua Wi FI e downloadou o patch inicial do aparelho. Fantástico! Agora é hora de transferir tudo aquilo que está no seu Wii para o seu Wii U, certo?

Eh… quase isso…

O processo de transferência exige um cartão SD com pelo menos 512 Mb livres. O cartão que você JÁ usa no seu Wii serve (mesmo que já esteja com um monte de coisas lá) desde de que tenha os 512 Mb livres. Coloque o cartão SD na entrada correspondente do seu Wii U. Entre no Nintendo E-Shop e download a ferramenta Wii U Transfer Tool – aguarde o final do download e abra o app. Ele irá criar uma espécie de arquivo vazio que irá separar 512 Mb do seu SD – espere o processo terminar e retire o cartão. Vá para o seu Wii, entre no Wii Shop Channel e vá para Wii Channels. Lá download o arquivo Wii U Transfer Tool. Saia para sua tela inicial e clique no novo canal, nomeado “Wii to Wii U transfer”.

Se você fez o processo certinho uma animação mostrando Pikmins carregando seus itens para o dentro de um foguete se iniciará. Na parte de cima da tela você verá o nome do que está sendo transferido naquele momento. Quando eles terminarem tudo e voarem em direção ao logo do Wii U seu Wii estará, para todos os fins, paralisado no ar. Como ambos os aparelhos TEM QUE ESTAR conectados a Internet durante o processo todo é só colocar o SD com seus arquivos no Wii U e uma nova animação se iniciará, mostrando os Pikmins retirando as coisas de dentro do foguete e levando para para a memória do seu Wii U. Aqui colocamos um vídeo mostrando as duas animações – a do Wii vai de 0:00 até 5:30 e a do Wii U vai de 5:30 até o final.

Serão transferidos os saves de Wii, Wii Ware e Virtual Consoles, os jogos de Wii Ware e Virtual Console, qualquer Add-on downloadado, seu logs de atividade do Wii Shop Channel, seus Nintendo Points e seus Miis. NADA ENVOLVENDO O CUBE SERÁ TRANSFERIDO – absolutamente nada! Ao final desse processo seu Wii estará restaurado aos padrões de fábrica e seus dados estarão, em definitivo, no Wii U.

Algumas coisas tem que ficar bem certas agora: OS JOGOS SÃO TRANSFERIDOS DE UMA VEZ E SEM RETORNO PARA O WII U – ou seja você não vai mais conseguir usar seus jogos, sejam do virtual console ou de Wii Ware, naquele Wii. APENAS O DIREITO SOBRE OS JOGOS É TRANSFERIDO PARA O WII U – a Nintendo ainda não esclareceu se, os jogos que estão downloadados no seu SD vão ser lidos normalmente pelo Wii U ou se terão que ser redownloadados… mas, pelo andar da carruagem, a segunda opção é mais provável. A NINTENDO LIMITA A TRANSFERÊNCIA DE NINTENDO POINTS A 10.000 pontos – não que você tenha mais que isso. VOCÊ NÃO CONSEGUE ESCOLHER O QUE SERÁ OU NÃO TRANSFERIDO PARA O WII U – VAI TUDO E DE UMA VEZ!

Agora eu acho que todos podemos dormir em paz. Qualquer dúvida pode ser enviada aqui para o Mini… faremos o possível para responder!