Sony demite mais de 10.000 pessoas!

Há algum tempo nós colocamos uma matéria aqui no Mini falando da condição financeira precária que a Sony estava, e que ela deveria demitir uma quantidade massiva de empregados. Pois é… e vai ser em uma tacada só! A Sony vai demitir 6% da companhia, pouco mais de 10.000 pessoas espalhadas entre Japão, Europa e EUA. O objetivo da empresa é “recuperar competitividade global”.

O plano teve início em 10 de outubro e continuará até março de 2013. A Sony cortará um quinto dos funcionários do sua base japonesa (pouco mais de 2000 pessoas), e fechará fábricas japonesas de celulares e lentes de câmeras (cerca de 2000 trabalhadores). Além disso, 1800 funcionários serão perdidos em subsidiárias que estão sendo entregues pela Sony a bancos japoneses, e mais 2000 colaboradores devem ser demitidos com o fechamento das operações da Sony Erickson na Europa.

Antes desta reestruturação massiva, a companhia havia reportado uma perda de 2 bilhões de dólares – embora as coisas estejam um pouco melhores agora, visto que a companhia “sangrou” apenas 312 milhões de dólares em agosto, mostrando que talvez as coisas não estejam assim tão perdidas para a produtora. Segundo a assessoria financeira da Sony, a empresa deve economizar 378,6 milhões de dólares no próximo ano fiscal com as demissões realizadas, fazendo com que a companhia volte a ficar no positivo.

O Mini deseja a melhor sorte do mundo para os funcionários demitidos e espera que a transição entre empregos para estes profissionais seja a mais tranquila possível!

 

Disney leva você de volta para a Ilusão! A continuação de Castle of Illusion vem aí!

Como parte do pacotão Epic Mickey 2 a Disney/??? está trazendo Epic Mickey: Power of Illusion para o 3DS. O game promete ser uma continuação espiritual do clássico game de 16 bits Mickey Mouse Castle of Illusion, com direito a uma linda paleta aquarelada, os mesmos sons quando os inimigos são mortos ou quando Mickey é atingido e uma história ligada a malvada Mirzabel, a bruxa que queria roubar a beleza de Minnie no primeiro game.

Mas qual não foi a minha surpresa ao ir a duas lojas de games no centro de Campinas, duas lojas grandes, famosas e bem equipadas de games, e perguntar se eles já tinham pré venda da continuação de Castle of Illusion apenas para receber uma cara de lhama com ponto de interrogação! “Castelo do quê?”, “Vai ter um jogo novo do Mickey no 360. É esse!” e “Como assim continuação espiritual?” foram várias das frases que me foram devolvidas entre olhares de indignação e dúvida – Seus sacripantas! Respeitem seus ancestrais! E já que a nova geração, aparentemente, não conhece o clássico – o Mini vai lembrar todos vocês!

Castle of Illusion é um side scroller com o típico posicionamento de câmera lateral em que o personagem anda da esquerda para a direita, com a capacidade de voltar para trás e tentar novos caminhos. Os inimigos são dispostos pelo caminho com rotinas de movimentação sem variações nem surpresas: se um inimigo atacar pulando e mordendo, todas as suas cópias farão exatamente o mesmo movimento, no mesmo tempo, com o mesmo dano.

Os cenários eram lindos na época, e continuam encantadores mais de 20 anos depois! O mesmo pode ser dito da animação – soberba sobre todos os aspectos (levando em conta as limitações de Hardware): Mickey “rebola”, coça a cabeça e tem expressões extremamente comunicativas. Os inimigos tem sorrisos ou “olhinhos” e tudo que quer te destruir parece fofinho e inofensivo. Mesmo quando Mickey morre tudo que acontece com ele é que ele “caí” para fora da tela… acompanhado de uma musiquinha que essencialmente diz: “Vamos lá… você quase conseguiu!”.

Aliás… falando em música, as de Castle of Illusion são sensacionais! Considerando a fraca placa de som do Mega Drive/Genesis (em comparação coma fantástica SCPH 7000 do SNES) a Disney fez miséria com as músicas deste game. Algumas das melhores melodias do 16 bits da SEGA estão nesse jogo… e eu garanto para você que depois de uns 10 minutos jogando você vai estar cantarolando elas ^_^!!!

O jogo tem cinco “portas” que são os diferentes estágios, que tem dezenas de subestágios, todos temáticos (embora eu nunca entendi porque o mundo dos doces fica dentro da biblioteca!): doces, livros, floresta, torre do relógio e por aí vai! Quando você termina os 5 estágios vai para a luta final contra a terrível Mirzabel… que era bonitona…

No mais era um super jogo, 20 anos atrás. Ainda é bem divertido se você conseguir um Mega Drive e rodar o jogo (ele não está no virtual console), mas não use em emuladores: sem o controle do Mega nem a placa correta de som o jogo perde grande parte da magia. Bom divertimento!

Jogando: Dishonored – Sem Spoilers!

Quando eu vi o primeiro trailer de Dishonored eu fiquei extremamente excitado. Universo Steampunk: Check. Alta ciência estilo Tesla soltando faíscas por todo lugar: Check. Uma sociedade política e economicamente a beira da ruína: Check! Uma história sobre amizade, amor e vingança: Check! Parkour por todo lugar com direito a teletransporte: Pela santa querupita… check check check!!!

Sim, eu fiquei excitado por Dishonored. Muito! Fiquei ainda mais excitado quando descobri que diversos profissionais responsáveis pelo incrível Bioshock, que haviam deixado a “Irrational Games” na época da produção de Bioshock Infinite, estavam no estúdio Bethesda fazendo essa joia. Foram 6 meses entre o primeiro Teaser e finalmente ter o jogo em mãos. E eu fico feliz… puta… eu fico muito muito muito muito muito feliz em dizer que o jogo é ainda melhor do que eu imaginava. Dishonored é um retorno ao que fez Bioshock 1 extremamente legal mas com melhorias que tornaram a experiência ainda mais encantadora.

Se eu tivesse que colocar para vocês, de supetão, o que é Dishonored eu diria que é o filho bastardo de uma relação a 3: Bioshock + Mirror´s Edge + Assassins Creed. No game você controla Corvo, um cavalheiro responsável pela segurança da Imperatriz em um Império de Ilhas decadente que vive da extração de um super combustível presente nos cetáceos deste mundo. Seu personagem foi enviado pelo restante do Império por meses, buscando ajuda dos estados súditos em combater uma praga que está matando a capital – sem sucesso. Quando vocês está reportando sua posição para a Imperatriz e a filha dela, ambas são atacadas por inimigos com a capacidade de se teleportar livremente, empurrar e puxar objetos. A partir da aí uma trama de mistério, revolta, traições e assassinatos se inicia, com Corvo sendo o vórtice louco girando sem controle. E no processo de solucionar essa crise você conhecerá muitas partes da cidade a fundo, verá personagens coloridos e vívidos e participará de batalhas animais. A quantidade de detalhe colocada lá só por atmosfera é destruidor – de quadros a óleo a máquinas de combate tudo parece saído de um mundo real, que funcionaria com aquelas regras. E o fato que a cidade é tratada como um personagem, reagindo a suas escolhas e mudando, torna a situação ainda mais legal!

E se a atmosfera é um delicioso bombom a jogabilidade é a bola de sorvete que ficou logo embaixo dele! Os botões superiores foram muito bem utilizados: a esquerda temos usar itens (ou poderes) no gatilho, com a roda de escolhas no botão; a direita temos golpes de espada no gatilho, com defesa usando a espada no botão – Você aprende em poucos segundos e vai usar pelo jogo todo… com detalhe de funcionar muito bem. O X interage com objetos, o A pula (apertando duas vezes ele põe o pé na parede ou objeto e salta um pouco mais alto, apertando e segurando, escala o objeto) e os outros botões são contextuais, um controle simples, fácil e rápido de dominar. E você vai dominá-lo enquanto tenta achar combinações para abrir cofres, salta sobre inimigos do terceiro andar de uma casa ou procura caminhos alternativos para evitar guardas até o seu alvo. Os cenários permitem dezenas de maneira de chegar aos seus alvos e várias maneiras de eliminá-los, seja matando-os ou não! Tomando o cuidado de evitar Spoilers, em uma determinada missão eu fui apresentado a 4 maneiras de me livrar de meus alvos, 2 letais e 2 não letais, algumas delas extremamente inventivas! Acredite em mim, Dishonored não é tanto sobre a morte do inimigo em si… é mais sobre o caminho até lá!

Graficamente o jogo é bonito, não é excelente e não vale uma carta para o seu amigo que mora no Tibet. As texturas são simples, os gráficos tendem para uma espécie de suave Cell Shading e a paleta é pastel. No entanto os cenários remontam bem uma espécie de cruzamento da era vitoriana com a renascença e são tão imensos e imersivos que você acaba por se acostumar, rapidamente, com os gráficos. A direção de arte é fantástica e, assim como em Half Life 2 e suas continuações, vai manter os gráficos atuais e bem feitos por anos a fio. As animações, no entanto, é que chefiam o carro dos gráficos deste jogo; tudo, do mais simples aflito (jogue para entender) ao maléfico Regente, passando pelos TallBoys e pelas torres elétricas, tudo tem animações incríveis, com movimentação suave e trejeitos que realmente definem os personagens. É claro que os personagens principais, com os quais você tem mais contato, tem uma gama maior de movimentos, mas mesmo mais simples dos “pedaços de cenário” não se movimentam como autômatos.

É claro que para completar essa atmosfera fantástica o som era fundamental. E ele é tão bom! A cobertura do nosso sorvete! Dos gemidos dos aflitos, os resmungos dos guardas no frio, as músicas assoviadas (que você pode achar as letras em livros infantis pelo jogo!)… enfim… brilhante. Os efeitos sonoros são animais, chegando até a assustar em alguns momentos, e as músicas são fantásticas – com especial atenção aos momentos onde você é descoberto e tem que sobreviver, utilizando mais movimentos do que um calango que recebeu anfetaminas!

Dishonored é uma obra de arte. E um jogo que provavelmente não vai vender muito. É ousado demais, irreverente demais e exige que o jogador pense – o que é complicado numa era de jogadores simplistas que estão esperando o próximo triplo A com um número na frente (Sim Black Ops 2 e Fifa 13 – EU ESTOU OLHANDO PARA VOCÊS… COM ÓDIO!). Eu realmente espero estar errado e que esse jogo faça todo o sucesso que merece, mas considerando que Mirror´s Edge e Bioshock foram sucessos de crítica, não exatamente de vendas, acho difícil. De qualquer forma é um dos meus jogos do ano de 2012, é muito muito muito bom e eu recomendo a todos que possam querer tentar algo diferente.

Porque Vingança soluciona tudo! Bom divertimento!