Demorei alguns dias para ter certeza absoluta do que eu iá escrever sobre Nes Remix. E a razão disso é que eu queria ter certeza que a nostalgia de todos os jogos que compuseram minha infância não estava influenciando meu julgamento. E, depois de colocar umas 40 horas nos mais de 200 desafios presentes no game, estou mais do que satisfeito com o resultado final dessa viagem de nostalgia da Nintendo.
E sim… depois de diversos testes… o jogo é muito divertido até para quem nunca teve contato com Nintendo 8 bits na vida.

Nes Remix é, essencialmente, Wario Ware com jogos de 8 bits – o que, se você não faz a menor ideia do que é Wario Ware (e sua vida é muito muito muito muito menos divertida que a minha por isso), significa que é uma coleção enorme de mini games que tem ser terminados em períodos que vão de 10 a 120 segundos. A pegadinha? Todos, todos mesmo, os desafios são baseados em trechos ou conceitos de jogos da Nintendo, no NES/Famicom, incluindo, mas não limitados a Zelda, Mario Bros, Super Mario Bros, Super Mario Bros 3, Tênis, Metroid e Kid Icarus.
Os controles são sempre simples e limitados, mudando a cada novo desafio, mas nunca utilizando mais do que dois botões e um direcional (como era na época do NES). Não há qualquer uso da tela sensível ao toque fora dos menus e não há qualquer razão para que esse jogo não pudesse ter aparecido em um GameCube, Nintendo 64, GBA ou Nintendo DS (ou mesmo no iOS ou Android) muito tempo atrás. Os gráficos são exatamente iguais ao que você conseguiria em um Nintendo modificado para saída RGB ou S-Vídeo e o som é límpido e utiliza versões idênticas ou modernizadas das músicas clássicas dos games em si. Nes Remix definitivamente não vai te ganhar no departamento gráfico.
E nem quer! Porque esse jogo é totalmente sobre diversão! E aquela diversão bizarra que vem de conseguir fazer coisas simples em condições adversas. Os desafios começam muito simples, pequenos exercícios de nostalgia, como retirar a espada mestra da pedra em A Lenda de Zelda ou colocar a bola no buraco em Golf em 5 tacadas. Depois passam por coisas mais complexas, mas ainda dentro do esperado, como fazer a primeira fase do Super Mario em menos de 90 segundos ou matar 10 Metroids em menos de 60 segundos utilizando o Ice Beam. Aí o jogo passa para os pedidos insanos, como conseguir 10 vidas em Super Mario, em 60 segundos, apenas pulando em cima de um casco de tartaruga preso no piso ou colocar a mesma bola no mesmo buraco de Golf citado aí em cima – EM UMA TACADA. E, por fim, o jogo modifica o esperado dos games, apresentando fases completamente no escuro (onde você tem que saber o layout de cor) ou colocando Link (de A Lenda de Zelda) no lugar de Mario em Donkey Kong, e forçando você a salvar Zelda do DK SEM PULAR (Link não pula) apenas temporizando a passagem dos barris e usando as escadas. Acredite em mim: se os primeiros desafios parecerem muito fáceis, a cada onda, não desanime. Eu alguns minutos você vai estar implorando por desafios mais fáceis de volta.
Todo o desafio completado abre novos desafios e ganha uma nota, indo de estrela bronze para prata para ouro, sendo agrupados em ondas de 3 desafios – se você conseguir ouro nos três suas estrelas ganham a classificação Golden Rainbow (literalmente Arco Íris Dourado), onde elas ficam rodeadas por diversas cores. E daí vem parte do vício do jogo. Depois de algumas ondas completadas em Golden Rainbow, você vai querer todas elas nessa condição, o que permite destravar mais extras dentro do jogo e ganhar mais medalhas (algo próximo de conquistas internas do Nes Remix) que acompanham a liberação de músicas, art works e outros itens.
Algumas ondas de Mario Bros
Nes Remix é bem divertido – principalmente se você considerar o preço dele que é de menos de 50 dilmas. Mas não vá jogá-lo pensando que será um revival de sua época de Nintendinho, ou que ele dará a seus filhos(as) a experiência que você e eu tivemos na infância. A ideia básica do game é outra completamente diferente: divertir, de forma simples e rápida, enquanto explora, com eficiência e de forma charmosa, o imenso e maravilhosamente carismático, catálogo de jogos que a Nintendo construiu. Não é perfeito sob nenhum ângulo e consigo imaginar que venderia MUITO MUITO MUITO MUITO mais se estivesse em uma play store/iOS store da vida do que como exclusivo do Wii U, mas é um senhor jogo sob todos os aspectos. E, numa época em que um jogo tem que ter zilhões de polígonos por segundo e música feita pela orquestra filarmônica de whatever, é um lembrete fantástico de que essa indústria já viveu, e muito bem, de coisas muito mais simples. Bom divertimento.


limpar suas casas enquanto agradecíamos por isso. Era Contra do NES e nós nunca mais fomos os mesmo: Gráficos fantásticos, check – Som animal, check – controle perfeito, check. Mas foi a dificuldade que te pegou… e te pegou porque a desgraçada chutava a sua bunda e ainda fazia cara de santinha.
brotar do nada, respawnado por uma diabólica IA que não tinha o menor respeito por sua infância ou sanidade. Você podia sofrer uma morte horrível nas mãos, unicamente, da UCP, sem ser culpa sua. Mas não em Contra. Como muito bem colocado pelo Mahou em seu review de Tetris “Tudo estava lá. Se você não conseguia encaixar a peça, a culpa era sua.” – TUDO ESTAVA LÁ!!! A tela estava forrada de tiros, dominado por inimigos correndo na sua direção e polvilhada por pedaços do teto caindo e bombas que viam de fora da tela. Mas nada botava do nada. Tudo vinha de algum lugar e estava visível o tempo todo… o que era formidável considerando quantos problemas de Pop Up a UCP do Nes causava.
minhas aspas em volta de remake, Rebirth tenha uma história nova e bem mais complexa que a de Contra do NES, sendo uma continuação de Contra 4, mas acontecendo antes de Contra III do SNES. O Império foi vencido umas duas vezes já, e partem para um tudo ou nada seqüestrando um dos heróis da terra (um dos “Contra”), Lance Beam, e soltando sua legião de soldados e robôs sobre o planeta “indefeso”. Aí Bill Rizer , o outro “Contra” (Por que Contra? Contra o quê? Parece que o nome está incompleto. Até remédio tem contra alguma coisa!) se junta ao Novato, que o game diz ser um samurai (embora ele use calças e armas iguais aos de Bill) Genbei Yagyu. A história é contada em ótimas cenas que misturam anime, animação stop motion e fotos estilizadas e é surpreendentemente profunda para um game que usa só três botões e que o objetivo é varrer o chão com qualquer coisa que te olhe engraçado.
pena, pois os inimigos surgem de todos os lados, de forma variado e com ótima movimentação. Além disso os chefes são um show a parte…
game, incluindo alguns chefes, são cameos e homenagens bacanas aos games do passado. Falando em passado algumas mamatas que tínhamos ganhado com o tempo nos foram arrancadas, como a Smart Bomb (que destruía todos os inimigos na tela) e a capacidade de segurar duas armas ao mesmo tempo – mas isso não diminui o impacto do game (ou de suas armas, que estão todas lá: Homing, Flamer, Spazer, Missile e Laser).
