Jogando: Call of Duty: Ghosts – STEAM

1 bilhão de dólares em um dia!

Caralho!

Eu normalmente não dou muita atenção a COD, nem Battlefield – em termos de FPS sou um fã de Halo e Half Life, mas eu precisava saber se a base de fãs havia engolido mais um clone sem talento de Black Ops ou se havia algo por trás do novo jogo da Activision. Mais do que isso eu queria ver como fica um jogo desenvolvido paras as “novas” plataformas.

Então, downloadei o jogo no meu modesto PCzinho e consegui rodá-lo com tudo no EXTRA – mordam-se donos de PS4 e XBONE, estou rodando Call of Duty: Ghosts em 1080p e quase 92 FPS constantes. Para vocês verem o que vem no pacote ^_^!!!

Então vamos ao primeiro ponto que todo mundo está esperando: gráficos. Sim… programar sem se preocupar com recurso de hardware é outra história. Mesmo utilizando um motor gráfico que já tem seus 6 anos nas costas, COD: Ghosts é lindo… muito muito muito bonito. Não tem um horizonte tão distante quanto Far Cry 3 nem a mesma qualidade de texturas que Crysis 3 ou Battlefield 4 (com um detalhe triste que o chão de terra é um bitmap meio tosco) mas é tão suave, roda tão liso e tão tantas partículas (folhas de papel, folhas de árvore, munição voando, etc…) e artigos gráficos (poeira em suspensão, fumaça, espelhos funcionais, etc…) que você vai perceber a diferença na hora. Tudo é mais limpo, funciona mais rápido e é mais bonito – há mais pássaros no céu, todos os equipamentos pendurados nos seus aliados ou inimigos tem geometria e física próprios (ou seja, se mexem entre eles, se colidem, fazem sons, não entram um dentro do outro, etc…). E tudo isso sem falar no Riley… o cachorro dos dois irmãos que você controla no jogo: Riley é soberbo! Se comporta como um cão, tem detalhes nos pelos e nos focinhos que fariam a tampa do 360 sair voando do topo do aparelho e interage, randomicamente, com objetos do cenário. Fantástico.

O controle é exatamente o mesmo de Black Ops/Modern Warfare/World at War – Sem tirar nem por. Continua funcionando bem e continua servindo, sem grandes diferenças aqui. A jogabilidade também não teve muitas mudanças. Você vai atirar, usar drones, atirar mais um pouco, usar veículos, atirar mais um pouco, usar seu cachorro, atirar mais um pouco, pular de paraquedas, atirar mais um pouco e, se der tempo, atirar mais um pouco. As músicas do jogo nunca foram o ponto alto e continuam sem impressionar aqui, com efeitos sonoros apenas medianos. As vozes escolhidas, com especial atenção a de George Clooney, realçam bem os personagens, e trazem qualidade para a franquia, mas não são assim tão impressionantes.

Por mais estranho que isso possa parecer, foi a história que mais me chamou a atenção nesse jogo! Como parece a nova direção da franquia, desde de Black Ops 2, COD dá um pé na boca do estilo mais histórico de construção de narrativa que vinha utilizando até então e enterra o outro pé na jaca com uma história completamente original. No novo game a América do Sul se uniu sob o governo da Bolívia, Venezuela e Brasil, na Federação, que subiu dominando a América Central inteira e batendo na porta dos EUA. Para se defender os EUA constroem o projeto Odin, armas de destruição em massa, em órbita da Terra, apontadas para os territórios da Federação. O problema é que a Federação “rapta” a estação de controle das armas e utiliza-as contra o território americano! E sua primeira missão é no espaço, tentando impedi-los e tendo que lidar com disparos de armas em Zero-G (bem divertido, por sinal)! Sem dar spoilers o sul dos EUA são destruídos e se tornam uma terra de ninguém que separa as forças da Federação do que sobrou dos EUA, a norte – os americanos passam a chamar essa área devastada de “The Wall” – a muralha/a parede. Com a federação formando um novo plano final para conquistar os EUA, sobram para os Ghosts, a elite da elite da elite, parar essa ameaça antes que seja tarde demais. Já aviso que estou mega simplificando a história para evitar maiores spoilers… mas vá por mim… está excelente para o padrão de COD. Ainda não é um Tom Clancy ou um jogo da BioWare – mas está milhas melhor do que eu esperava.

Eu gastei muito pouco tempo no multiplayer mas é essencialmente mais do mesmo do que em Black Ops/Modern Warfare. Você tem vários modos, com especial atenção dada ao Kill Confirmed mode (onde você tem que matar e coletar a Dog Tag para pontuar), e tem que matar todo mundo no outro time. Perdão se eu não pareço muito entusiasmado… mas sou mais um jogador de multiplayer cooperativo (mesmo na live eu prefiro conversar com os meus amigos enquanto jogo algo single player ou jogar campanhas cooperativas, algo assim).  É bom… mas para mim, que não sou um especialista, parece demais com as outras versões.

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COD: Ghosts é, e eu estou bem surpreso em falar isso, um bom jogo. Não é o jogo que vai convencer alguém a gastar R$ 2500,00 em um novo videogame, mas se você já fez esse gasto, é um jogo para passar muitas e muitas horas. A questão sobre comprá-lo vai mais da resposta a uma pergunta: Você se divertiu com algum COD nos últimos 3 anos? Se sim… pode comprar! O que você gostava vai estar lá, melhorado. Se não… prefira dar prioridade a outros jogos!

Um ótimo dia e bom divertimento!

 

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Sobre Marcel Bonatelli

Historiador de games e jogador inveterado eu respondo todas as suas dúvidas sobre games e o mercado de games no site minicastle.org ou no email marcelbonatelli@minicastle.org

Um pensamento sobre “Jogando: Call of Duty: Ghosts – STEAM

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