Jogando: Hell Yeah! Wrath of the dead rabbit

Um grande amigo me apresentou  os vídeos de “Hell Yeah!” – o jogo parecia muito bem feito, colorido e absurdamente divertido. Infelizmente, não é nada disso! E nós vamos a fundo explicar porque!

Primeiramente a história do jogo é hilária e o ponto mais alto do game: Ash é um príncipe do inferno que destrói o rei atual, tomando o seu lugar e resolvendo celebrar com um banho de banheira e, bem, uma enorme quantidade de sexo com um patinho de borracha. Infelizmente um paparazzi tira várias fotos do momento, na falta de uma palavra melhor, íntimo, do príncipe e espalha por 100 monstros do inferno. Ash resolve usar o caminho mais fácil – destruir os 100 monstros e pegar as fotos de volta! Essa história se soma com um estilo de desenho mais do que vívido e extremamente exótico, deixando o jogo muito bonito.

 

Infelizmente é aí que acabam as boas notícias!

Os cenários estão cobertos de ameaças (espinhos, ácido, chamas – o que aliás leva a pergunta de por que chamas iriam ferir um príncipe do inferno?) e são imensos, mas só para terém becos cheios de coisas que causam danos e inimigos localizadas em posições que impedem você de prosseguir sem trombar com eles. Some a isso o fato que você vai se perder várias vezes por ele e que a câmera fica  tão perto do personagem que parece que estão se preparando para uma endoscopia (estranhamente você pode puxar a câmera para trás… mas isso paralisa o game. Qual a utilidade então?) e vai descobrir que é extremamente frustrante navegar pelos estágios.

A música até é aceitável, mas as vozes tem tons tão próximos que parecem que foram todas gravadas pelo mesmo ator! Nada no departamento sonoro vai te chamar muito atenção. Os controles, no entanto, são um pesadelo: escorregadios, extremamente delicados (qualquer toque arremessa Ash naquela direção), com um pequeno delay que irrita imensamente. O sistema de salto duplo é metade automático e metade demoníaco, funcionando de um jeito que só pode ter sido criado para aplacar a ira de demônios astecas. A serra giratória, que deveria servir para destruir partes do cenário raramente funciona e, o efeito geral da soma dos problemas de controle com o design horrível do game e a enorme dificuldade torna o jogo extremamente… na falta de uma palavra melhor…  chato.

“Hell Yeah! Wrath of the dead rabbit” é um jogo que era cheio de possibilidades, como um bolo de cenoura coberto de chocolate. Infelizmente esse bolo não só murchou, mas virou uma bomba de cianureto e explodiu, banhando a família inteira do criador. Se você gostava da chuva de side scrollers imprecisos que formava a base de games do Genesis/Mega Drive e Master System, vai provavelmente suportar “Hell Yeah!”… mas ainda não será divertdio!