Você gosta de Zumbis? Não… ótimo! Seria estranho se gostasse. Mas você gosta de jogos com Zumbis? E de Flashback e Out of this World (dois adventures animais da década de 90), você gosta? Que tal a soma de duas partes que se tornam uma coisa ainda melhor do que as duas coisas separadas. Isso é DeadLight.
Em DeadLight você é o grosseiro, inconformado e turrão Randall Wayne (não… ele não tem acesso a Bat Caverna) que, com seu super vozeirão mega grosso no estilo Mulheres-que-gostam-de-Vin-Diesel-estão-completamente-ensopadas-agora, está em busca de sua família, perdida em Seatlle – é 1986 e não existe internet, celulares e comunicação era bem mais difícil do que é hoje. E isso tudo que eu posso dizer sem estragar as reviravoltas do jogo, que são fantásticas e muito bem feitas. Se você prestar atenção na história, que é contada pelo próprio Randall, pessoas e textos que ele encontra, cenas animadas no estilo quadrinho digital e em pistas do próprio cenários vai descobrir vários detalhes fantásticos da trama. A história é realmente boa.
Tão boa quanto os gráficos, que provam mais uma vez que jogo por download não significa jogo de pior qualidade. Eles são lindos! Bons mesmo! O fundo é bem claro, quase como se um holofote explodisse cada detalhe sujo e descuidado do cenário no seu rosto, enquanto Randall, os Zumbis e a maior parte dos outros personagens (como helicópteros, policiais, etc…) aparecem com um contraste muito baixo, formando quase que silhuetas. Se você aumentar o brilho da sua TV vai ver que Randall é muito bem feito, com detalhes em todos os cantos do personagem e texturas de boa qualidade. Fazê-lo uma silhueta foi uma escolha de design, não um tapa buraco. As animações são primorosas e o grafismo das HQs digitais que contam a história é excelente.
O som é muito muito bom! Sério mesmo… ligue seu videogame, download o jogo, inicie-o e deixe a tela lá… sem apertar o start. Vá fazer outra coisa. Eu fui fazer feijão. Sério. A música é boa assim! Os sons do jogo são competentes, nada incrível, mas a música vai destruir e massacrar suas expectativas. E você pedir por mais. O controle é bom. Funciona bem, embora Randall tem um pouco de “deslizamento” e os movimentos dele demorem um tempo para começar – como em Flashback – o que leva um tempo para se acostumar. Nada que desabone o jogo, no entanto.
A jogabilidade é que é o ponto alto do game. Pegue um terço de Metroid Fusion (um sistema um pouco mais guiado e menos aberto que o Metroid Normal), um terço de Shadow Complex (que inclusive é da mesma produtora) e um terço de Flashback/Out of this World. Misture bem. Sirva gelado. Isso é DeadLight. A visão é lateral e você teve explorar o cenário para conseguir informações, suprimentos e maneiras de escapar das terríveis hordas de mortos vivos. E isso é survival mesmo! Você até pega algumas pistolas, chega a pegar uma ou duas shotguns, mas tente atravessar uma sala que seja Rambo style e.. bem… teria sido mais fácil passar tempero de bife na testa. O combate aliás só ajuda na sensação de que você está sobrevivendo ao apocalipse Zumbi: seu machado vai funcionar contra o primeiro Zumbi… os outros 3 amigos dele vão te fazer em pedaços!
Com uma atmosfera fantástica, um sistema de jogo incrível e passando, assim como Alan Wake e poucos outros conseguiram, sensação real de medo, não há como não falar bem de DeadLight. É curto sim (cerca de 5 horas)… mas vale muito a pena! Bom divertimento!