Originalmente publicado no blog http://www.telometro.wordpress.com no dia 14/09/2010
No dia 15 de Novembro de 2001, sem muito alarde, a Microsoft, que de agora em diante vamos chamar de M$, colocou nas prateleiras dos EUA um game que imaginava que poderia trazer alguns dos fãs de FPS para seu console, o XBOX, que amargava um terceiro lugar xexelento na corrida de 3 consoles de 128 bits. Halo trazia uma história interessantíssima, ambientes vastos e abertos e um carinho especial com a música e com o Gameplay, um jogo excelente. A história single player estendia-se por umas 12 a 18 horas e o multiplayer era incansável… encantador…. e completamente viciante. Halo 1, ou só Halo, sozinho, colocou o XBOX no mapa e tornou a Live uma coisa legal.
Agora, no dia 09 de Setembro de 2010, quase 09 anos depois do fevereiro de 2002 quando eu, pela primeira vez, joguei Halo, pelo poder de escrever sobre videogame pude colocar as mãos em Halo: Reach, o prequel do Halo 1, e o último game da franquia a ser criado pelos originais idealizadores, a britânica Bungie. O lançamento oficial é dia 14 de Setembro e todo mundo está esperando por ele. Eu estava… você está… a Live tem um maldito cronometro para o lançamento a meia noite de hoje. Mas a pergunta que não quer calar é: É bom?
Porra… é bom pra !@#$%&*%$#@. É um dos melhores jogos de tiro já criados… e o multiplayer está de igual para igual com Modern Warfare 2 e Bad Company 2.
É improvável que você tenha conseguido se esconder tão bem que não tenha visto fotos e vídeos de Reach por aí, ainda mais com a mega-power-uber-nega campanha que a M$ está fazendo, mas acredite, controlar aqueles gráficos fazem eles ficarem ainda melhores. Não espere coisas de outro mundo, no entanto, os cenários ficaram líndissimos, os horizontes imensos, mas os personagens em si, embora tenham recebido um estilo de arte que demorará muito, muito mesmo, para envelhecer, é pouca coisa melhor do que em ODST, o último Halo, e os veículos antigos só receberam uma “demão” de novas texturas para torná-los mais belos e interessantes, nada muito novo. Impressionante… com alguns momentos pentelhados por quedas no frame rate… mas nada para se escrever para a mãe.
O som é fantástico e as explosões e conversas o trazem diretamente para dentro do game. Originalmente achei que só o Master Chief, por ser Spartan fodão e coisa e tal, tratava os assuntos com a frieza que sua voz relaxada demonstrava. Agora que andei com os Noble posso dizer… se você é um Spartan pouca coisa… muito pouca coisa… pode te meter medo. E ao contrário de ODST, onde você jogava com um bando de humanos que precisavam das duas mãos e esforço para segurar uma submetralhadora que o Master Chief carregava com a mão e bocejando, em Reach você terá um time inteiro de Spartans, com metralhadoras Vulcan sendo carregadas por aí que nem confete e pingue e pongue com lança foguetes. As vozes dos membros da equipe sugerem… até cerca de 60% do game, que eles estão se divertindo com tudo aquilo. A música é digna da série Halo e traz uma aura de misticismo e coragem, meio… nenhum homem, mulher, criança, peixinho dourado ou filhotinho de cachorro extra fofo fica para trás.
O controle é excepcional e deixou para trás algumas particularidades que Halo teimava em manter. Lembra aquela recarga de arma em RT, pois é, ela fez um supletivo, entrou para uma igreja, casou, tomou jeito e se mudou para o X onde toda a recarga de arma tem que ficar. O RT agora golpeia… no lugar do B, o que faz muito mais sentido, pois todo o uso de armas fica só num ponto do controle. A continua pulando o “salto lunar”… porque seu Spartan meio que flutua um pouco quando pula e clicar o direcional esquerdo continua agachando… o chato é ficar segurando o direcional clicado…. puta esquema bizarro. O mais legal é o LT: Quando a aventura começa você apenas corre com o LT, mas conforme a aventura prossegue pode trocar o Sprint (a habilidade de correr) por outras habilidades, como ficar invencível e completamente irremovível, ficar invísivel (ótimo para Snipers e Campers, suas balas também não fazem barulho) ou enviar uma holografia sua para a frente uns dez passos enquanto você corre em outro direção. O covenant mete fogo na holografia e você sai fora e recupera o escudo.
Mas o que realmente vai ganhar você, porque foi o que me ganhou e também a minha linda esposa, é a história. Ela começa devagar, com um exercício de rotina, seguido de um conserto de uma antena… tudo vai ficando quieto… os lugares vão ficando sombrios… tensos… MEU DEUS O COVENANT… DEUS OH DEUS… FOGO… FOGO NELES!!!! É como Aliens, de James Cameron, quando você finalmente vê os aliens você já está com medo de toda a maldita-base-abandonada-cheia-de-coisas-que-fazem-barulho-e-parecem-inimigos-chegando-pelas-suas-costas. E quando o covenant aparece, eles não são o Covenant cansado de guerra de Halo 3, ou o covenant limitado pela capacidade do processador de Halo 1. Não senhor! Esse é o covenant no auge… preparado para batalhar… preparado para vencer. Seus líderes estão vivos… suas tropas motivadas… suas equipes preparadas. E os elites estão de volta. Melhor armados que os brutes e centenas de vezes mais rápidos e inteligentes, os Elites mostram porque nós tínhamos achado Halo 3 fácil demais. O Gameplay é rápido, decisivo, enorme, cheio de veículos, bases, estradinhas, entradas, batalhas maiores que a vida e veículos. E os veículos variam muito mais… dos já conhecidos Mongose e Warthog até os novos como as naves Sabre e Longsword, cada uma mais legal que a outra.
Em suma, se você já gostava de Halo, esse é o jogo que o fará encontrar sua cara metade, destruir o universo com ele e partir para o abraço. Se você, no entanto, não gostava de Halo, esse game fará um trabalho excelente de convertê-lo ou, pelo menos, diverti-lo. Super mega recomendado.



























