Sonic 4, excelente. Sonic Colors, muito bom. Agora Sonic Generations chega e é muito muito legal. Será que podemos dizer que Sonic.. não… eu não me atrevo… mas… será que é possível dizer que Sonic voltou a ser bom?!
Seguindo a risca o nosso manual de instruções para socorro de ouriços super sônicos (clique aqui) a SEGA dá um sumiço no panteão de amiguinhos imbecis (com uma ótima desculpa, eles foram capturados em uma diferença no quantum-espaço-tempo), reforma e desimbeciliza Tails tornando menos inconveniente e muito mais fofinho, diminuí um pouco a velocidade das partes “3D” onde você está livre para controlar Sonic e faz com que a maior parte do game se passe em “2D” com visão side-scrolling e excelente música – nada mais de bandinhas pop com músicas motivacionais.
A estória é… bem… Sonic…uma força maior quer destruir o tempo-espaço-continuidade (que eu nem vou tentar explicar o que é porque eu não saberia direito como fazer isso sem gastar umas 16 horas, mas basicamente é a realidade fotografada de fora sob ações de todas as suas forças contabilizadas em dado momento do tempo) e rapta os inimigos do Sonic clássico (baixinho, gordinho, fofinho e com voz de Mickey) e do Sonic moderno (estiloso, posudo, magérrimo e com voz de cantor pop de segunda) e os Sonics (Esse plural está certo?) devem juntar forças para libertar seus amigos e destruir esse novo mal, correndo muito muito depressa (porque aparentemente isso corrige o tempo) e repassando por diversos estágios e inimigos de seus jogos mais antigos. Você vai revisitar Green Hill Zone de Sonic 1, a praia do primeiro estágio de Sonic Adventure (com direito a ser perseguido por uma baleia), além de fases de Sonic Rivals, 2, 3, Adventure 2, Advance, Advance 3, entre outros. Os chefões também são advindos do passado de Sonic, como Perfect Chaos e Metal Sonic, com vários pequenos mimos aos fãs na maneira como os chefes e o cenário são apresentados.
Graficamente o jogo é uma mescla entre Sonic 4, mas com um Sonic mais gordinho e sorridente, e Sonic Colors, só que um pouco mais devagar (agora você consegue ver o que está acontecendo) – é bonito, estilizado, colorido e cartunesco, com um “q” de videogame retro, principalmente nas fases do Sonic clássico. O jogo apresenta design e animação diferenciados para os inimigos de ambos os Sonics assim como um completo set de animação diferenciado para os personagens principais – Nada mais justo visto que o Sonic clássico e o Sonic moderno são tão parecidos quanto água e fogo. O som não é tão bom
quanto o esperado, as músicas clássicas da franquia receberão um tratamento eletrônico meio esquisito e não convencem – você ainda tem acesso as versões originais delas mas não importa o quanto você gosta delas, este não é um jogo de 2 horas de duração… é um jogo de 8 horas, o que na prática significa que você vai ficar ouvindo as mesmas músicas que gosta durante um período longo o suficiente para criar ódio mortal delas… ou começar a ouvir ordens satânicas ocultas na trilha sonora.
O controle é excelente e responde no talo, seja com o Sonic clássico, em que todos os botões pulam e apertar para baixo seguido de algum botão faz com que Sonic guarde momentum rodando no mesmo lugar, seja como o Sonic Moderno, que tem ataque teleguiado (estando no ar espere surgir a mira no inimigo e aperte o botão de salto de novo) e guarda momentum com um toque de botão. Alguns mini-games (ruins) opcionais permitem controlar ou requisitar ajuda de membros já salvos da galeria de amigos do ouriço… mas eu realmente não sei se você conseguiria extrair qualquer quantidade de prazer de jogos que fazem “Vai pescar (Go Fish!)” parecer ciência nuclear.
No final Sonic Generations é uma carta de amor aos fãs. A Sega pegou o que realmente funciona em cada bom game do Sonic e somou isso em busca de agradar a gregos e troianos. O mais incrível é que funcionou!!! Sonic Generations é rápido sem ser impossível, muito divertido e, o melhor de tudo, ri muito de si mesmo lembrando os sucessos e os fracassos da franquia. O terceiro jogo do Sonic no período de um ano que eu posso recomendar…
... é isso aí pessoal… parece que o ouriço favorito de todo mundo está, realmente, de volta!!!



