Depois do excelente Kirby: Mass Atack do 3DS (que por problemas de capital eu ainda não consegui colocar as mãos) a Nintendo resolveu lançar um Kirby para Wii. Eu estava aparvalhado, esperando por uma nova revolução no gênero, como foi Epic Yarn (review aqui) e Mass Atack.
Kirby Return to Dream Land definitivamente não redefine o gênero nem reinventa a roda. É um jogo limpo, liso, rápido e direto ao ponto que aparentemente não foi mirado em mim.
Foi mirado na sua imrã mais nova, na sua namorada e na sua mãe.


Eu explico. Kirby Return to Dream Land (ou RDL, para encurtar) é fácil…. não… mais fácil… ainda não chegou lá… mais fácil. O controle usa o wiimote de lado, você come os inimigos com um botão, aperta o outro para pular (e se apertar várias vezes Kirby vai dando flutuadas – o que na prática significa que você só caí em um buraco se esquecer de usar os dedos para apertar o botão) e aperta um terceiro para usar superpoderes que podem destruir todos os inimigos do cenário, botar fogo em certos objetos ou mesmo golpear o cenário e fazê-lo se deformar. Coma o inimigo e aperte para baixo e você adquire os poderes dele – o que facilita ainda mais navegar pelas fases coloridas e maravilhosamente animadas desse jogo. Você (ou a sua irmã, namorada, ficante, etc…) podem chamar até outras 3 pessoas para jogar cooperativamente (a dificuldade não se ajusta, logo fica ainda mais fácil), que jogam com Meta Knight, King Dedede e Walde dee (se você não conhece nenhum deles, fique frio, eles são como a turma do Bowser, mas do Kirby – tipo se odeiam, mas trabalham juntos, etc…). Você come os inimigos, rouba os poderes, mata mais inimigo usando os poderes, chega ao chefão (que é sempre algo em cores pastéis e nada violento) e luta com ele com toda a violência de uma luta de travesseiros de plumas de ganso entre as princesas de Mônaco – o que é, segundo me disseram os especialistas em guerras de travaesseiros da realeza, muito próximo de zero violência.
Graficamente falando Kirby RDL bate um bolão – sim… a piada foi intencional (pra quem não entendeu Kirby é uma bola…. rosa… que infla… e gira…. B A T E U M B O L Ã O) , com cenários muito bem construídos, animação soberba e efeitos de qualidade, com um profusão de partículas. O som é digno da Nintendo com melodias clássicas de Kirby misturadas a novas batidas e fantásticas e inovadoras músicas. Esse é sobre muitos aspectos o Kirby mais próximo do Kirby do Nes e do Kirby do Game Boy em muitos anos, um verdadeiro retorno as raízes. Só que Kirby era relativamente desafiador…
… coisa que Kirby RDL definitivamente não é!


Se souber o que está fazendo o jogo vai tomar-lhe pouco mais de 7 horas, relativamente curto para um jogo atual, mas do tamanho certinho para jogadores e jogadoras com menos tempo livre e paciência do que os veteranos. A dificuldade da primeira jogada é perfeita para treinar os comandos e quando você terminar a primeira vez era habilitar um novo modo de jogo que permite atravessar a aventura de novo com apenas metade da saúde de Kirby o que vai aumentar um pouco o desafio – nada que fará o jogo terrivelmente difícil, mas um bom desafio para o que só jogam videogame de vez em quando.
Se você quer trazer alguém especial para o mundo dos games, sugira Kirby Return to Dream Land. A aventura principal pode ser jogado sozinha ou a dois (ou três e quatro se o seu relacionamento for assim aberto) e os minigames que acompanham o game são divertidos e fazem excelente uso do Wiimote. Não é o jogo clássico que os fãs da bolinha rosada estavam esperando, mas é um excelente game para quem só quer esfriar a cabeça e passar algumas horas divertidas sem explodir ninguém, metralhar ninguém ou usar a cabeça do Deus sol como lanterna.
Bom divertimento.