Durante toda a história dos videogames, diversas empresas deram o melhor (e o pior) de si, no mais nobre dos objetivos: COBRIR SEU QUARTO DE QUINQUILHARIAS DE PLÁSTICO FUGIDAS DOS SONHOS FEBRIS DE HOMENS LOUCOS. Agora, qual desses acessórios deram certo… e quais provaram para nós que jogar Videogame não era assim tão legal? O Mini chafurda na lama para, de uma vez por todas, encontrar a verdade. Nesse tópico… os 10 piores acessórios de todos os tempo!
10 – Maracas do Samba de Amigo – Dreamcast
Poucas coisas podiam ser mais assustadoras para os gamers, antes do Wii, do que ter que se levantar da poltrona para fazer algo. E chacoalar maracas no ritmo e intensidade dadas pelo Dreamcast era simplesmente um crime punível com a morte. Eu invoco uma chuva de justiça sobre os inventores dessa degradação humana em forma de controle. Caro, difícil de usar, cansativo e vergonhosamente sem noção, as Maracas entram na nossa lista como uma daquelas coisas que você não deve comprar!
Falando em levantar da cadeira, vamos levar esse assunto a um novo level, ainda mais dantesco. O Ultimate Kickboxing, de uma empresa desconhecida, é uma combinação xexelenta e sem vergonha de um tapete de dança (com comandos como esquerda, defesa e salto) com um conjunto de sensores imprecisos e vagabundos em formato de pulseiras e tornozeleiras. Mas a pergunta que fica na sua mente é: Será que minha experiência gamística com Street Fighter (ou seja lá o raio de game de luta que você vai sacrificar essa porra para usar) vai ficar melhor se eu me vestir de power ranger de baixo orçamento e usar um tapete de plástico? Nossa resposta: Não!! E se sua namorada o ver assim, ela vai virar uma freira lésbica. Uma nova fronteira em termos de babaquice, mas não responda ainda porque….
O primeiro nome da Nintendo a aparecer na lista vai levar chumbo grosso – até por que eu tive o desgraçado. Talvez por isso eu odeie tanto exercícios físicos não ligados a arte marciais. O power pad era um tapete, com as direções do controle, os botões e o start/select e sua missão era tentar emagrecer garotos gordos. Ele não foi muito bem sucedido, pois seu manual trazia tantos avisos de segurança, que os pais sedentários determinados a ter filhos magros acharam mais seguro enviarem seus pimpolhos para o treinamento militar (ou para a faixa de Gaza, ou para o Cozovo) do que comprar o Power Pad. Até porque mesmo a mais imbecil das crianças percebia, depois de certo tempo, que o maldito tapete não sabia a diferença entrar pisar nele, ou estapeá-lo como um alucinado com as mãos – o que resultava em gordinhos sem camisa, de quatro em seus quartos, sobre o power pad, esmurrando o chão, suando, gritando e babando enquanto seus corredores em “TRACK AND FIELD” entravam em ignição na tela. No entanto, para renovar nossas lembranças mais saudosas da infância, nós do Mini tiramos nosso Power Pad do armário e jogámos uma partida de “TRACK AND FIELD” sem trapacear, como ela deveria ser jogada. Fomos multados em R$ 500,00 por distúrbio da paz pública, por policiais chamados pelos nossos vizinhos de baixo – mas como o Power Pad nos deixou machos e em forma, demos uma surra nos policiais e batemos nos vizinhos depois.
7 – Activator – Genesis/Mega Drive
Ainda na ala do jogo de pé, o Activator era ainda mais bizarro. Era um círculo de plástico que projetava feixes de infravermelho para cima, em oito pontos diferentes, cada um correspondente a um botão no joystick, cada vez que o feixe de infravermelho era cortada, o movimento correspondente aquela direção ou botão era repetido na tela. A One-tag-line do aparelho era “You are the controller” (Você é o controle) – Mas veja bem… o cara que criou esse aparelho é que não tinha mais controle… controle da quantidade de crack fumada por dia. O aparelho nem mesmo reproduzia seus movimentos, ele só fazia você passar a mão ou o pé em frente ao sensor, em uma combinação ilógica, cansativa e ridícula, que destruía a psique e a paciência até dos mais resistentes. Faça um teste dessa merda flutuante você mesmo (eu consegui achar um em uma loja no centro de Sampa por R$ 16,00 – e ainda assim achei caro): Ligue um mega drive ao Activator, plugue um jogo qualquer (vale até Chakan e StormLord – dois jogos QUE EU NÃO CONSIGO EXTRESSAR O QUANTO NÃO QUERO NO VIRTUAL CONSOLE) e ponha um de seus amigos para jogar (o menor e mais leve deles, para o caso dele ter que ser amarrado e sedado). Cada vez que ele proferir um palavrão por não conseguir controlar o personagem vocês tomam uma dose de tequila, para cada cãimbra, uma dose de vodka. Você podem ir um de cada vez, mas é bem possível que estejam mortos de coma alcoolico (ou de tanto rir) antes do fim da primeira fase.
6 – Laser Scope – NES
Agora já sentados, nos podemos desfrutar dos prazeres do poderoso “Laser Scope” da Konami. Eu sei o que você está pensando – Marcel, é a porra da Konami! Ela fez Contra e Castlevania, não pode ser assim tão ruim… Mas infelizmente pode… como pode. O Laser Scope é um “capacete” com fones de ouvido e um microfone, do qual parte um pequeno visor, que tem uma mira vermelha nele. Você passa a mira vermelha pela tela, grita bem alto FIRE, e lá se vai um tiro, assim como a pistola Zapper, também do NES. Assim como a Zapper, no entanto, ESSA PORRA É COMPLETAMENTE IMPRECISA, FUNCIONA QUANDO QUER E CANSA O PESCOÇO PACAS. Além disso, uma das sub funcionalidades do Laser Scope era servir como fone de ouvido, tanto para o seu NES, quanto para seus Walkmans e aparelhos de som – chegando ao ponto de ter na caixa a seguinte frase “Adults will love what they can’t hear!” (Adultos amarão o que não podem ouvir!). CLARO… experimente jogar de fone de ouvido gritando FIRE FIRE FIRE FIRE na sua sala e veja o amor nos olhos de seus pais! Ah, detalhe importante, o sensor do microfone detecta qualquer barulho, mesmo um farfalhar de folhas ou um bater de palmas, então se quiser gritar CACETE, CARALHO, PUTA, BOSTA, COISA DO INFERNO, ACERTA A PORRA DO PÁSSARO e outras frase do momento de raiva, sinta-se a vontade. O Laser Scope vai atirar para você.
5 – R.O.B. – NES
Eu tinha amigos, mas nunca tive um R.O.B.. Acho que minha mãe teve medo de me comprar um R.O.B. e eu para de desejar ter amigos humanos. Isso antes de vestir uma jaqueta de couro, roubar uma Harley Davidson, começar a interpretar muito muito muito muito mal e dizer que queria encontrar Sara Connor. Por fim eu não me aliei as máquinas, não me aliei a Darth Vader e, por manter minha sanidade, não comprei um R.O.B.. O Robotic Operated Buddy (ou amiguinho operado por robô) era um pequeno robô presente em umas 12 ou 13 casas no mundo, cuja idéia básica era fazer você sentar na frente da TV achando que tinha um amigo para jogar com você, embora ele só funciona-se com dois dos mais idiotas jogos já criados e tinha uma lista de especificações de uso do tamanho de um braço (que começava com “Não acerte ou derrube o R.O.B. ou ele pode deixar de funcionar” – acredite, eu não estou tirando sarro!). A maior parte dos donos, no entanto, descobriam que era muito mais divertido derrubá-los e chutá-los, principalmente junto a amigos humanos, que efetivamente usá-los. Até que uma mamãe descobriu que golpear com força o Rob na cabeça fazia com que ele vibrasse sem controle por minutos a fio. Essa descoberta fez do R.O.B. o único produto Nintendo na década de 80 voltado para uma audiência feminina. No entanto a Big N, ficou corada e constrangida com a quantidade de R.O.B.s vibrando em mamães solitárias por todo o mundo e finalmente tirou o produto das lojas. Nos agradecemos!
4 – Power Glove – NES
Como dizia Lucas, o vilão do filme “O Mago do Videogame” (se você não assistiu, não faça isso consigo mesmo!) “I love the power glove! It’s so bad!” (Eu amo a power glove! Ela é tão má!). Sim ela é má Lucas, e a única razão para que fosse criada, na minha opinião, é porque os projetistas na Nintendo queriam jogar games pornográficos no Nes e ter uma mão livre para se masturbar. A luva, como nós a chamavamos no Brasil, naquela época, era um pedaço de merda mal projetado, que dependia de três sensores gigantes e pesados, que não ficavam sobre a sua TV a não ser se colados no lugar. Deixava a mão suado e o Nintendinho, francamente, não entendia o que você queria fazer quando se movimentava, abrindo e fechando a mão, mexendo os dedos ou agitando a palma. Eu não o culpo, eu também não entendia. Se você quiser um absurdo novo nível de dificuldade em jogos do NES que você sabe de cor e salteado, tente a Power Glove… ou tente jogar de olhos fechados – os resultados são aproximadamente os mesmos. É, sem nenhuma dúvida, mais fácil acertar um vaso sanitário durante um ataque de diárreia explosiva plantando uma bananeira do que usar a power glove para jogar algo.
3 – Alphan Grip – PC
O que é isso? Eu me lembro de ter esboçado essa frase ou ver esse controle a venda em uma loja de informática, uns 4 anos atrás. Era maciço, do tamanho de uma bola de futebol de salão, preto como a danação e tão cheio de botões que uma centopéia teria cãimbras em operá-lo. Um dos donos da loja esboçou que era o melhor controle para jogar no PC, e que ele podia, inclusive, usar sua entrada de rede para transmissão mais rápida de dados. Mas o que diabos alguém pode jogar com isso? Ou melhor, pesando quase 1 Kg, quem pode jogar com essa porra? É impraticável. E como tentar jogar NFL 2008 batendo na cabeça de alguém que bate no saco de alguém que segura o joystick. É simplesmente complicado demais. Acho que a sociedade concorda comigo, pois até imagens do Alphan são difícies de achar na Net… o controle, graças a todo o cosmo, entrou em extinção.
2 – Mind Link – Atari
“Kill Pixels with your mind!!!” (Mate pixels com sua mente!!!). Essa frase é poderosa, mesmo sem a quantidade absurda de pontos de exclamação colocada no final dela. Jogar usando a mente tem sido o sonho de centenas de milhares de designers por anos a fio… e por enquanto é a pedra filosofal dos videogames. Só que, em 1984, Atari jurou que havia conseguido isso. Ela quase colocou no mercado o “Mind Link” uma espécie de coroa de plástico, que recebia e informava dados para o Atari 2600 através de rádio frequência. A questão é que o Mind Link não lia sua mente, ele fazia uma básica, fajuta, mal feita, fedida e xexelenta leitura do movimento das suas pálpebras. Isso mesmo! Conforme você movia suas pálpebras em pavor, tentando destruir legiões após legiões de naves inimigas em “space invaders”, um processador de 2 bits tentava descobrir onde seus olhos haviam se focalizado, pelo movimento das primeiras. E não, nem nos anos 80 usar as pálpebras para jogar videogame foi legal. A graça divina, no entanto, interviu, e a Atari acabou indo a falência antes do aparelho ser lançado em público. Alguns milhares de pessoas que fizeram a pré-encomenda receberam seus Mind-links, destruíram seus muscúlos supraoculares e vendederam esse veneno no E-Bay como curiosidade para pagar suas necessárias cirurgias. Se é Atari… é uma bosta!
1 – 32 X – Mega Drive/Genesis
Eu adoro o Mega Drive/Genesis, e realmente gostei do Sega CD. Ambos era jovens, agressivos e cheios de energia, um vigor de adolescente por assim dizer. Mas os adolescentes um dia virão adultos. E lançam coisas como o 32X. Esse acessório asqueroso tinha a forma perfeita para si mesmo: Era um cogumelo. Um parasita, que crescia sobre algo recém morto e começando a apodrecer. Na época do lançamento do 32X a SEGA da América e a SEGA do Japão, eram, essencialmente, duas empresas separadas, que tinham ódio mortal uma da outra. Então quando o lançamento do Saturn atrasou em um ano nos EUA, a Sega da América resolveu colocar seu pequeno protótipo de 32 bits a venda nas lojas, acompanhado por uma seleção de jogos sebosos (dois quais só chaotix e Kolibri se salvavam) e ver no que dava. Os jogos eram horríveis, os gráficos pouco ou nada melhores que os do Mega Drive (e bem distantes das conversões do SNES) e o som era simplesmente nojento. Além disso tudo o aparelho podia danificar seu Mega Drive, seus jogos e exigia um outro conector de energia (além de cabos de conexão na parte de trás do Genesis/Mega Drive) e o Saturn estava vindo para os EUA. POR DEUS! NO LANÇAMENTO DO 32X O SATURN JÁ HAVIA SAÍDO NO JAPÃO! Eu joguei 32X na casa de dois dos meus melhores amigos (saudades Paulinho e Maíra – abração para vocês) e mesmo as boas memórias dos dois não conseguem apagar o quanto aquela porcaria era horrível. Ah!! Eu não posso me esquecer… se você possuí-se o 32X E o Sega CD, você podia acessar adaptações mal feitas de jogos bons de PC, lançados no selo “32X CD”. O que diabos é isso? O que eles estavam pensando? Sega… fique no mercado de Software… você teve todas as chances que podia!



















