“Gears of War”, franquia exclusiva da Microsoft, anteriormente desenvolvida pela “Epic”, agora está nas mãos da “People can Fly”, e a empresa que nos deu “Bulletstorm” realmente não desapontou.
Seguindo a mesma estratégia da “Bungie” com “Halo” (que também transicionou a franquia para outra equipe, a “343”, com o game “Halo: Reach” antes de lançar seu “Halo 4”), “Gears of War: Judgment” foi visivelmente concebido para não ser uma sequência. Ele não é “Gears of War 4”, e isso é interessantíssimo por vários fatores.
Primeiramente, havia uma chance (remota) do jogo não estar à altura dos anteriores, mas mais do que isso, “People can Fly” adotou um ritmo e um fluxo diferente para o jogo. O jogo apresenta-se e tem o feel dos “Gears of War”, com anabolizantes.
A campanha passa-se antes dos outros games da série, o que é uma boa desculpa para novos jogadores entrarem na festa. As primeiras remessas do “Gears of War: Judgment” trazem até um código a ser resgatado pela XBOX Live em troca do primeiro jogo da série, em versão digital sob demanda.
“Gears of War: Judgment” apresenta alguns novos personagens, e alguns já conhecidos dos fãs da série, mas, por ser um “prequel”, novos jogadores não ficarão perdidos, e veteranos são presenteados com vários “easter eggs” pelo caminho. Bônus: existe uma campanha ‘extra’, que se passa durante o “Gears of War 3”!
Seguindo a estrutura de “Gears of War 3”, a campanha pode ser jogada em modo cooperativo com até 3 amigos. A inteligência artificial é decente, mas o jogo brilha ao ser jogado com outras pessoas (como é tradição com a série).
O modo multiplayer é, na minha opinião, o melhor que a série já ofereceu. Construído sobre os alicerces firmes da série, com pequenas melhorias nos modos de jogo, no equilíbrio das armas e na agilidade para encontrar jogos, “Gears of War: Judgment” nos oferece uma experiência fluida e consistente, tão rara no mercado nos últimos anos (Battlefield3, eu estou olhando para você furiosamente).
Praticamente tudo no jogo transpira competição, desafio e recompensas: Mini recompensas, e mega recompensas. As fases da campanha são divididas BEM claramente. A primeira reação que eu tive foi uma quebra no fluxo de jogo. Mas… o que acontece é outra coisa: o jogo adota uma fórmula “3 estrelas” (pense: “ANGRY BIRDS”). Cada fase tem uma série de objetivos opcionais (que a deixam mais difícil). Tudo que você faz na fase, quantos monstros mata, como mata, quais armas usa, contam pontos para essas estrelas. De quebra, você ainda vê um placar com teus amigos da Live.
Além disso, muitas recompensas são dadas em forma de “caixas”, todas com presentes aleatórios, divididos em categorias. Caixas podem ter de presentes simples como pontos de experiência (sim, como já é de praxe nos shooters da atualidade, existe uma progressão de níveis no jogo, números usados para equilibrar as partidas), até presentes mais “épicos” como skins para armas, personagens novos e MUITOS PONTOS DE EXPERIÊNCIA.
Ainda falando do multiplayer, existem três novos modos, além dos já conhecidos pelos jogadores veteranos: temos Overrun (baseado em classes, onde um time de COGs e um time de Locust se revezam para defender e destruir um reator), Survival (que é basicamente Overrun com seus amigos, defendendo seu Reator contra ondas de Locust controlados pelo computador), e Master at Arms (adicionado em um DLC, é um Free For All, onde cada jogador começa com uma arma, e vai ganhando outra, mais poderosa, a cada morte, até matar com todas as armas do jogo).
Como ponto negativo, tenho a dizer que não existe o modo
“Horda” neste jogo. Espero que isso seja incluído em algum DLC futuro.
Pra quem gosta da série: compre este jogo.
Pra quem não conhece a série, mas gostaria de conhecer: compre este jogo. De preferência LOGO, pra garantir seu “Gears of War” clássico.
Esse review foi feito pelo senhor Felipe Banwart Perina, gamer, entusiasta do mercado, amante de gatos, fã de Baconeze (aliás… quem não é) e, em um presente aos fãs do Mini e a ele mesmo, fazendo aniversário hoje! Parabéns Fozzimus!



