Quem quer um plasma Cutter? Igualzinho ao do Izaac? Olhem isso…

Embora ele não corte, consegue queimar madeira, papel e fazer fumaça. É o plasma cutter feito pelo pessoal da Laser Gadgets, que tem todos os mecanismos para funcionar exatamente como uma cópia da versão do segundo game. Deem uma bela olhada na demonstração do tiozinho!

Ainda não é tão legal quanto no jogo… mas…

Jogando: Dead Space 3

Nossa… poucas vezes foi tão difícil fazer o review de um jogo. E isso porque eu adorei Dead Space e amei Dead Space 2. Então, vocês se perguntam, você teve toda essa dificuldade porque o novo jogo é ruim?

Sim e não. E isso é parte do problema.

Então vamos as partes boas primeiro. Os gráficos de Dead Space 3 vão explodir a tanga da menina dos olhos de todo mundo. Das texturas a geometria, da animação ao  sistema de luzes, o jogo dá um show em termos de qualidade gráfica. Seja no planeta de Tau Volantis, e suas enormes planícies geladas, ou no interior das estruturas parasitadas pelos cada vez mais avançados Necromorphs, você vai continuamente ser surpreendido com quão bonito e bem feito esse jogo é. O controle é funcional, e ficou consideravelmente mais fácil de usar com menos armas iniciais e mais modificações por arma, sem se distanciar do que já era uma marca de Dead Space – não se preocupe em controlar os personagens: Se você conseguiu terminar Dead Space 2, vai jogar esse aqui sem problemas.

O som merece um capítulo a parte. Desconsiderando duas ou três vozes mau escolhidas (uma delas pertencentes aos seu parceiro Co-op, John Carver, com seu estilo policial-durão-com-coração-de-ouro-que-perdeu-a-família-em-um-típico-filme-de-ação-dos-anos-80), que irritam um pouco, o restante do departamento sonoro é estelar. Contando com compositores respeitáveis, com trabalhos em “Aliens” e “The Thing”, a trilha sonora é um arraso!

Então os gráficos são excelentes, os controles bons e o departamento sonoro estelar? O que diabos você não gostou Marcel?

Do resto. Começando pela a história.

Se no primeiro Dead Space você era um sobrevivente, com poucos recursos e contando com sua inteligência e quase mais nada, e no segundo Dead Space, você tinha que lutar não só com o ambiente, mas também com a possível insanidade de Isaac, Dead Space 3 é monótono. Tudo isso desaparece. Isaac se comporta parte como um herói, parte como um covarde, parte como um homem interessado apenas em sobreviver longe dali – nem de perto o comportamento esperado de alguém que sabe que os Markers podem, e irão, destruir o universo. Seu relacionamento com sua ex-namorada, que curiosamente recuperou o olho que havia perdido em Dead Space 2, beira a insanidade. E as interações com John Carver parecem saídas de um filme ruim de ficção científica da década de 80. Tudo isso já seria péssimo se os personagens não descobrissem segredos milenares em segundos de observação, entendessem conceitos alienígenas num piscar de olhos ou tomarem conhecimento, por telepatia, dos planos militares que serão utilizados contra eles.

dead_space_3_game_2013-hd

Junte a isso uma mudança imensa de paradigma do game: Acabou o terror. Lembra do pânico? Das mãos suadas? De atirar em cantos escuros com a munição escassa só para ter certeza que não havia nada ali? Então… se isso não acabou para você, vai diminuir muito. Parte da culpa é o seu parceiro Co-op, ter alguém que cubra você nas passagens escuras quebra a solidão característica de Dead Space, diminuindo a tensão.  E o restante da culpa recaí sobre o design do próprio jogo – já estamos acostumados com Necromorphs surgindo de buracos no teto, saindo de grelhas de ar e coisas desse tipo. Como um golpe usado em um cavaleiro do Zodíaco, não vai funcionar duas vezes, imagina se utilizado centenas de vezes…

Os estágios são mais abertos, mas muito lineares. Há menos backtraking, mas menos puzzles e muito mais ação. A uma quantidade desnecessariamente alta de munição espalhada por todo canto (principalmente agora que as armas usam munição padronizada) e se você construir um bom rifle de repetição, fazer um cortador de plasma potente e algo como um shotgun, para limpar inimigos em curta distância, estará feito para quantos “New Game +” quiser rodar. Os Necromorphs continuam imbecis e violentos, mas são os humanos, com suas idéias idiotas e seu comportamento suicida que, provavelmente, vão irritar você muito mais.

Um capítulo a parte deve ser colocado aqui para o sistema de mini transações da EA e o sistema de criação de armas. Enquanto o segundo funciona muito bem, e dá um fôlego a mais para um game em desespero pelo último, o primeiro é uma porcaria. Criar suas próprias armas, melhorar sua armadura, escolher entre ter mais munição em uma arma ou ter mais espaço para guardar medkits, tudo isso é muito legal; tão legal, de fato, que depois da primeira vez que você jogar Dead Space 3 é bem provável que você volte por mais e mais no objetivo, meio “Diablesco” de conseguir as melhores armas e armaduras possíveis. Agora, a capacidade de comprar, com moeda interna ou dinheiro real, criações de outros jogadores é imbecil e rouba minha vontade de gastar tempo com o jogo: Para que diabos eu vou me esforçar se um imbecil com Ms points (ou US$, no PS3) sobrando, vai simplesmente comprar as melhores armas, armaduras e peças? Se a graça do sistema de criação de armas é lidar com a constante melhoria (e as limitações das suas criações), para que eu vou comprar as melhores peças logo de início? E como colocado por Lester, em seu “Video Game Bastardization” – O famoso “Pay to Win” modo de jogo, onde jogadores com menos tempo e menos, vamos chamar de “vocação”, pagam valores para ter algo que poderia, e deveria, ser conquistado com suor.

Olhando em retrospectiva esse review acabou mais negativo do que eu esperava. E eu acho que a EA deve desculpas a todos os fãs de Dead Space que estão lá fora. O jogo mudou? Muito! Assim como em Mass Effect 3 ele foi mega simplificado, posso até usar o termo “emburrecido”, para ser aceito, e usado, por um maior número de usuários. É um jogo ruim? Não… e isso é o pior, pelo menos para mim. Esse é um jogo de ação competente, com belíssimos gráficos e um som animal – se chamasse “The monster”, “The imigrant”, “the secret” ou qualquer outra coisa assim, eu iá provavelmente gostar muito. Mas é Dead Space…

… e isso que eu joguei, e ainda estou jogando, certamente não é Dead Space. Pelo menos do jeito que eu, e vocês, amamos.

Vale uma locação antes da compra. Ou esperar alguns meses e pegar em um preço bem mais baixo. Bom divertimento.

 

Quer usar as armaduras N7 em Dead Space 3? Jogue Mass Effect3!

Sim! Se você tem algum save de Mass Effect 3 em seu PS3 ou Xbox 360 você irá liberar o uso de roupas de combate, para Isaac e seu parceiro, com as siglas e as pinturas das clássicas armaduras N7 da franquia Mass Effect.

As armaduras N7, no entanto, só ficam disponíveis para uso no New Game Plus, então você vai ter que terminar o jogo antes de vesti-las. Não que você já não faria mesmo!

as

Xingar pode salvar sua vida em Dead Space 3

Se você tiver um Kinect. Segundo a EA frases de efeito ou palavrões em desespero, soltos em meio aos muitos ataques de pânico que Dead Space costuma causar, criarão efeitos adversos em Dead Space 3.

“Além das facilidade usuais que o Kinect já provem, como trocar de armas sem ter que usar nenhum botão ou ativar um item apenas com a voz, outras facilidades serão incluídas em Dead Space 3. Algumas serão facilitadores, como munição que pode ser pedida ao seu colega de Co-op por meio do Kinect ao invés do uso de botões.” disse Steve Papoutis, produtor executivo do terceiro game da franquia “Outras serão mais ocultas. Temos algum auxílio para os jogadores desesperados que começarem a xingar ou praguejar via Kinect. Nada que vá desbalancear o game, mas um auxílio.” concluiu.

A EA não explica que auxílio poderia ser esse, mas confirma que o game prestará ajuda a jogadores que gritarem xingamentos ou palavras de desespero durante o game no Kinect.

Será que a localização brasileira vai ter isso? Poderemos esperar ajuda ao soltar um sonoro “Me solta seu filho da puta!”?