Microsoft E3 2016 – Clubes, Reinos e unificação de sistema

A partir de hoje a XBOX Live tem mais duas enormes funcionalidades. A primeira delas são os clubes, que a Microsoft copiou direto do Mii Wara Wara, com comunidades sociais para falar sobre os jogos, ou interesses internos dos jogos que você e outras coisas do tipo. E os reinos são como parties entre sistemas, onde você poderá jogar o mesmo jogo com quem estiver em celulares, PCs e outros sistemas QUE NÃO SEJAM DA SONY.

E sim, inicialmente nos produtos EA, e depois nos outros jogos, você poderá conversar com pessoas e jogar junto EM QUALQUER PARTE DO ECOSISTEMA MICROSOFT. Isso deve facilitar muito… muita coisa.

 

Jogando: Quantum Break (XBOX One)

Eu terminei Quantum Break duas vezes antes de fazer esse review. E não me atrevo a começar uma terceira vez por medo de não conseguir largar o controle a tempo de pegar Uncharted 4.

Sim… é bom assim!

Da forma mais básica que dá para encarar Quantum Break é um shooter de cobertura. Você vai de cobertura em cobertura atirando em inimigos. Mas é aí que acaba a normalidade do jogo e ele recebe o mágico toque de sua produtora, a Remedy, do também incrível e maravilhoso Alan Wake (leia nosso review dele clicando aqui).

Alan Wake é simplesmente incrível e está disponível na Live e na retrocompatibilidade: JOGUE!!!

Os gráficos são soberbos e não dê ouvidos a ninguém falando coisas como “Ah! Mais eles rodam só em 720P!” ou “O jogo usa dynamic range e fica horrível de longe” – o jogo é lindo! Lindo! Roda em 720P, 30 fps, travados e funciona com MSAA 4X (quatro níveis de anti-alysing) e uma quantidade tão imensa de efeitos de partícula e de oclusão e dilusão de ambientes que você não vai notar, de jeito nenhum, a resolução mais baixa. A menos que você esteja jogando numa TV de umas 150 polegadas… resolução não será um problema para curtir esse jogo.

Lindão!

E nem controle! Os controles são excelentes e respondem no talo! Junte a isso uma jogabilidade simples porém viciante que une poderes temporais, esferas de energia, super velocidade e algumas outras surpresas com um competente sistema de tiro e você terá diversão como resultado. Acredite em mim, paralizar um cara no tempo, encher a bolha de tempo dele de balas, e esperar o tempo voltar ao normal para vê-lo ser feito em pedaços é incrível. Assim como é teleportar e soltar um soco!

A música é sobretudo ambiental. É bem feita e cria um clima perfeito para cada um dos trechos que o jogo deseja, mas é bem provável que você não saia assoviando nenhuma delas depois de terminar o game (ou mesmo se lembre delas depois de um tempo). Efeitos sonoros são um desbunde e as vozes, todas de atores de excelente calibre que também fazem a minisérie (já explico isso), são maravilhosamente bem escolhidas e excelentes.

E eu falei na minisérie? Sim… além dos 44 Giga do jogo você pode optar por, gratuitamente, baixar um pack de vídeo de 75 Giga com uma mini série completa, que vai sendo montada conforme suas escolhas e alterações no jogo. A minisérie acompanha os acontecimentos do ponto de vista de diversos vilões e heroís dentro e fora da Monark, a gigantesca mega corporação responsável pelos eventos do jogo, com uma qualidade de produção excepcional, igual a uma série de ficção do Netflix ou algo assim. Caso você opte por não downloadar o pack da série, o episódio montado com suas escolas será recebido por streaming, como no Youtube ou netflix, com qualidade travada em 720 P, com ocasionais quedas de resolução e frame rate. A menos que você pretenda jogar o game dezenas de vezes (o que eu provavelmente vou fazer) eu não recomendo o download do pack (até porque ele vai comer uma porção sensível de qualquer HD que você tiver na sua USB ou no seu One) – mas se você for um louco por qualidade o pack oferece 1080p com 30 fps travados.

A Mini série!

Se a minisérie é incrível a história que permeia ela e o jogo é simplesmente fantástica: muitíssimo bem escrita, cheia de reviravoltas e muito humana. Ela começa com uma viagem no tempo dando muito errado e continua a partir daí numa mistura de física temporal, jogos de espiões, mentiras, trapassas e armadilhas que é simplesmente incrível. A Remedy provou com Alan Wake que ela manda muito bem quando se fala de história e Quantum Break está aí para provar que isso é verdade!

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Com controles excelentes, gráficos fantásticos e uma senhora história não há como não recomendar Quantum Break. O jogo é muito muito bom e se você tem um XBOX One (ou um PC MUITO parrudo armado com Windows 10) é uma compra mais do que certa.

Te vejo ontem!

Jogando: Gone Home (PS4/XBOX One)

Gone Home foi uma surpresa bacana para mim, mais de um ano atrás, quando eu o adquiri no Steam. Era um jogo diferente, estranho, encantador, que trazia um certo ar de mistério sem nunca cambear para o terror completo. O conceito de um jogo sem inimigos, sem desafios externos, em que a narração era o único objetivo, cravou o jogo no meu subsconsciente.

Agora o jogo está disponível também no XBOX One e no PS4. E o que mudou? Quase nada – a não ser talvez pela unicidade do jogo ter sido um pouco diluída, por jogos igualmente incríveis como Ether e Everybody goes to Rapture. Ainda assim é difícil não indicar Gone Home – principalmente se você nunca jogou e estiver disposto a encarar algo diferente.

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Nada de monstros. Nada de fantasmas.

Gone Home é bonito. Mas mais do que isso ele é fundamentalmente realista e funciona. A casa da família Greenbriar é impecavelmente construída, camada sobre camada, como uma casa de verdade. A cozinha é confortavelmente bagunçada, como a de uma família de verdade que more numa casa, enquanto cada um dos quartos conta tanto sobre seu ocupante quanto um personagem em si faria. E isso é, ao mesmo tempo, absolutamente fantástico e absolutamente necessário em Gone Home, visto que o jogo não tem absolutamente nenhum outro personagem além de você e da casa – e considerando que você é, essencialmente, um cursor, o único personagem é a casa.O som cumpre o seu papel com fidelidade, com a música digna de destaque em montar uma ambientação que é, ao mesmo tempo, fantasticamente densa e absolutamente reconfortante. Acredite em mim, dependendo de como você encaixou a história na sua cabeça, de quais pedaços do puzzle escolheu pegar e se concentrar, ir a algumas salas tem o efeito psicológico de ir a Raven Holm em Half Life 2.

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E nós não vamos a Raven Holm!

Gone Home é curto? Sim… é difícil defender um jogo que dura, mesmo que você explore muito bem a casa, umas 2 horas. É difícil? De forma alguma. O jogo não tem desafios em si, apenas a narração exploratória silenciosa, que você faz em sua própria velocidade. É muito difícil passar a ideia de quão incrivelmente legal é Gone Home sem você jogar em si – mas é um senhor jogo, se você estiver de cabeça aberta para algo novo e completamente diferente do padrão.

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Bom divertimento.

Sony dá uma palmada na Microsoft: Uma oferta de emprego para todo mundo na Lionhead

Não é segredo para ninguém que a Microsoft está, mais e mais, tratando o One como uma extensão de seu mercado de PC ( o que tem gerado até mesmo a piada que o XBOX One é na verdade o XBOX Done). E não é segredo para ninguém que ela vem fechando estúdios internos por todos os lados.

E dessa vez foi o Lionhead Studios – da série Fable e…

… bem… mais nada.

E a MS mandou todo mundo embora. Fechou o estúdio. Usou a desculpa de “Todos os Fables somados não venderam nem 8 milhões de cópias” e tocou o barco. Se você era pai de família e perdeu seu emprego você estava preocupado.

Estava… porque a Sony chamou todos, TODOS, os funcionários da Lionhead para trabalhar em estúdios internos dela.

Perceba: UM ESTÚDIO INTEIRO DA MICROSOFT, CONHECIDO POR JOGOS MUITO BEM CRITICADOS, FOI INTEIRO PARA A SONY.

I N T E I R O!!!!

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Como eu já disse no passado e volto a repetir: Isso é mais um sinal de que a Sony, assim como a Nintendo, dão uma importância muito maior a games como forma de arte do que ao dinheiro final da transação. E agora tem um monte de artistas, designers e programadores, com experiência, para reforçar os jogos do PS4.

Boa jogada Sony. E que tapinha com luva de pelica na cara da concorrência, hein?!

Matando mitos: Alan Wake Returns NÃO É UM JOGO!

Será que agora podemos parar um pouquinho? E respirar? E quem sabe parar de ter chiliques conjuntos internet?

Não… não é um jogo… É simples Trademark.

“Estamos simplesmente nos resgardando. Podemos vir a usar esse nome no futuro. Ou utilizar para alguma série de vídeos. Nos fizemos trademark de nomes como Brightfalls the series e Brightfalls returns também. Apenas para nós garantirmos. Não há nenhum produto sendo desenvolvido no universo de Alan Wake no momento.” disse Sam Lake, diretor de conteúdo da Remedy.

Ou seja… não vamos ganhar um novo jogo mesmo…

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