Jogando: Batman: The Telltale Series

Eu. Amo. O. Morcego.

Na minha modesta opinião (e eu sei que muita gente não concorda com isso… tranquilo… de boa… todos nós temos direito de escolher nosso herói favorito) o cavaleiro das trevas é o mais legal dos heróis de todos os tempos: Ele é um humano, sem poderes, que se utiliza de inteligência, uma montanha de dinheiro e o melhor preparo físico que um corpo humano pode aguentar para lutar contra chefões do crime, estrategistas loucos, seres imortais (será mesmo?) e a própria insanidade de uma cidade consumida pelo consumismo e pelo crime. Acredite em mim: Ninguém deveria morar em Gotham.

Some a isso o fato que eu cresci com os adventures da Lucas Arts; sendo uma das poucas coisas que eu jogava num PC (somado a Wing Commander e Strike Commander) e você perceberá quão excitado eu fiquei quando os responsáveis por refazer Sam and Max e Ilha dos Macacos disseram que iam lançar um jogo do Batman.

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É! Mais ou menos assim!

E agora que eu coloquei a mão nele e o terminei é hora de falarmos sobre Batman: The Telltale Series. Ou pelo menos da parte lançada até agora.

E vamos começar tirando o elefante branco dançante da sala: Se você está esperando um jogo na mesma linha dos Arkhams acho melhor você fazer outra coisa menos frustante. Tipo lavar a louça. Ou tentar aprender um idioma indu-arábico.  O novo jogo do Morcego não poderia estar mais distante da Quadriologia da Warner Games.

É bem mais lento. Bem mais metódico. Chega a ser até taciturno, dependendo das escolhas que você fizer. Na maior parte das vezes você controlará o Batman (ou Bruce Wayne) apenas para modificar a parte da tela sobre a qual um cursor, controlado com seu segundo analógico, será usado para clicar em coisas.  Eu sei que minha descrição aqui parece chata.

Mas acredite em mim… Não é. Você passará a maior parte do primeiro capítulo como Bruce Wayne, em parte auxiliando a polícia de Gotham, em parte auxiliando Harvey Dent em sua candidatura – tudo isso enquanto circula em meio a alta sociedade da cidade e tenta não cometer nenhuma gafe (ou cometer várias, dependendo de como você quer que sua história ande… de como você vê seu Bruce Wayne.). Além disso você examinará arquivos na caverna, determinará cenas de crime e muito mais. E nas cenas de crimes, depois de uma cena awesome completamente cimentada nos quadrinhos onde você verá o uniforme mais legal da Terra sendo vestido, você procurará por provas, montará teorias e utilizará todo o poder de processamento de um computador gigantesco para criar holografias em realidade aumentada para estudar crimes. O jogo já teria me ganhado aí – mas concordo que seria hiper parado se ele “parasse” por aqui (que piadinha tosca).

É aí que entra a segunda parte de Batman: The Telltale Series: a “ação”. Sim…. entre aspas mesmo. Porque os trechos de ação do jogo seguem bem mais o estilo do quadrinho do que dos jogos de videogame anteriores. Por exemplo: Para invadir um apartamento e conseguir informações Batman usa um drone espião, “memoriza” e se “prepara” para a invasão e aí segue o plano. Quando o plano é finalmente executado tudo que você tem que fazer é acertar direções e botões em sequência para que Batman não morra (lembrem-se… ele ainda é humano). Parece difícil de imaginar, mas olhem aqui:

Além disso a ação se restringe a poucos pressionares de botões inesperados, muitas vezes no meio de longas cenas de conversa (cheias de informações uteis… então parem de caçar Pokemons durante o jogo e olho e ouvidos na tela), as vezes sequenciadas. E só. Eu achei super mega legal – mas eu sou um fã do Morcego, de quadrinhos e desse estilo de jogo mais cadenciado, remanescente de “Snatcher” ou “Curse of The Monkey Island”. Entendo que nem todo mundo vai apreciar.

Gráficos são legais, mais simplórios – principalmente se você levar em consideração que é igualzinho independente de onde você jogar (consoles da geração passada, dessa geração ou PC). A animação é bem legal e bastante fluída e Troy Baker é um show de bola como a voz de Batman/Bruce Wayner – dando um tom mais carismático a um herói normalmente considerado soturno demais. A música é esquecível, mas não é ruim, enquanto o controle é meramente servil (responde na hora mas não tem muito o que você fazer lá).

“Então Marcel? Você recomenda esse jogo a todo mundo?”. Não. Definitivamente não. Se você não leu quadrinhos do Batman e não gosta de jogos da Telltale  OU se tudo que você fez envolvendo o morcego foi jogar a quadriologia Arkham – passe longe. Só vai te irritar e te exasperar. Agora se você OU gosta do (e lê o) Batman OU gosta dos jogos da Telltale, em geral – vale pegar pelo menos o primeiro capítulo (que está saindo por 5 obamas). Se você não gostar, ou achar muito truncado, o investimento foi de pouco mais de R$ 20,00. No entanto, se você for um fã TANTO do Morcego QUANTO de jogos da Telltale, é um game obrigatório – ele tem bem menos momentos travados do que “The Walking Dead”, a história é excelente e os próximos capítulos prometem muito. Vá direto para o pacote completo (aproximadamente 71 pratas na PSN/Live) e seja muito feliz.

“Let’s save this city!”

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Nintendo paralisa um Kick Starter… de um livro?

Por mais estranho que isso possa parecer a Big N meteu um “Cease-and-desist” (Cessar e desistir, um tipo de aviso judicial que basicamente diz “Pare ou vou enfiar um processo na sua bunda!”), e pediu ao Kick Starter que paralisasse os recebimentos, relativos ao livro NES/Famicom: A visual compendium, um magazine visual não autorizado semelhante ao Art of Mass Effect Universe, mas voltado para o NES nos EUA.

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Segundo a Nintendo o jogo utiliza milhares de imagens de games dela, todas com direitos autorais reservados, sem falar em propagandas nunca lançadas ao público, cuja a divulgação não foi autorizada pela empresa. Além disso a Big N alega que a capa do Magazine/Almanaque copia seu selo de qualidade, e que poderia ser confundido com um produto autorizado.

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O Kick Starter já paralisou o crow funding mas os criadores do projeto ainda não se manifestaram. Se você participou do funding, pode ficar tranquilo: seu cartão ou não foi debitado ou terá o valor devolvido.

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Mighty Number 9 tem 4 horas de créditos!

Sim!!! 4 horas!

Quatro longas e malditas horas!

Isso porque Inafune quis homenagear cada um dos Kick Starters que contribuíram. Idéia Bacana… se não tivesse que ficar dentro do final do jogo.

Sim… você pode pular a cena no momento que quiser – voltando a tela título. Mesmo assim é um absurdo sem tamanho.

Aqui está a lista para que você assista ela na sua totalidade – caso você tenha um nocivo e aberrante caso de falta do que fazer.

Nintendo não venderá o NX subsidiado

E isso significa que ela vai lucrar em cada unidade vendida a partir do lançamento.

“E daí Marcel? Empresa nenhuma vende abaixo do custo!” – eu quase consigo ouvir algumas vozes gritando.

Bem… no universo de consoles de videogame não funciona bem assim. Salvo a Nintendo, que só vendeu o Wii U e o Virtual Boy abaixo do custo de produção (curiosamente seus dois aparelhos que menos venderam), SEGA, Microsoft e Sony tem como praxe (ou tinham… no caso da SEGA) vender o Hardware abaixo do custo de produção e lucrar nos contratos de produção de games e na venda dos jogos e acessórios. Depois de alguns anos, com melhorias de tecnologia de produção, o custo de produção dos consoles caía (ou lançava-se versões menores e mais baratas deles) e as empresas começavam a lucrar com o Hardware. Como exemplo podemos usar o PS3, que só zerou seu custo de venda (ou seja – a Sony ficava no 0 a 0 por unidade vendida) em 2008 e só começou a dar lucro em 2009 – e o aparelho foi lançado em 2006.

Ou seja… o aparelho pode chegar um pouquinho mais caro ao usuário final, mas com todos os jogos incríveis que com certeza ele virá, ninguém vai dar a mínima para isso!

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