Jogando: Umbrella Corps

Quando você não tem coragem nem mesmo de colocar o nome da franquia no nome do jogo é mal sinal.

Sendo assim, quando eu vi que “Resident Evil: Umbrella Corps” tinha tido seu nome alterado para, meramente, “Umbrella Corps” eu tive um arrepio interno. Eu estava completamente correto em meu raciocínio.

Então eu começo esse review com o seguinte conselho: Se você for um louco pelo universo expandido de Resident Evil e precisar, com uma gana erótica, ter absolutamente tudo lançado para ele, espere alguns meses que esse game, com certeza, será dado de graça na PSN e vendido a preço de banana no Steam.

Parece legal… mas não é!

E vamos ao review: Os gráficos são mmmmeeeeehhhh….

Não começamos bem né?

Os gráficos são meramente servis, mas contém uma quantidade gigantesca de bugs estranhos e de condições extremamente arcaicas. Algumas janelas de vidro quebram quando você atira nelas, outras não. Alguns mobiliários são destrutíveis, outros feitos de adamantium. Algumas vezes seu personagem é um ser tangível e material, outras vezes ele “clipa” através de paredes ou quinas… ou outros personagens e zumbis. Com texturas lavadas, geometria simples e pouco inspirada e animação que estaria em casa num jogo multiplayer do Dreamcast, Umbrella Corps realmente não impressiona.

O problema piora quando você percebe que nem a jogabilidade nem o controle não ajudam. As vezes você pode pular janelas e moveis, as vezes não – depende do humor do jogo (porque o mesmo item pode ser pulado mais tarde ou mais cedo numa mesma sessão de jogo). As vezes seu personagem vai despejar munição como um louco num inimigo ou num zumbi e ver a animação de morte ocorrer em outro ponto, desconexo, da tela. As vezes não vai ter animação. E as vezes os Zumbis ficam invisíveis – até te acertarem. Some a isso botões que funcionam quando acham que devem, analógicos extremamente imprecisos (jogar com um mouse alivia esse problema mas não o resolve) e um sistema de melee (combate corpo a corpo) que é o equivalente eletrônico de jogar uma moeda no cara e coroa (as vezes você destroça o inimigo… as vezes não acontece nada… as vezes você morre) e você vai entender a sensação nada prazerosa que é jogar Umbrella Corps.

E o som… Maninhos o som…

O som é esquecível. E tem Alzheimer. Porque as vezes ele esquece a qual fase pertence. Esquece que uma música de vitória tem que parar na tela de matchmaking. Esquece de tocar as melodias de itens ou curas adquiridos/usados. Por vezes ele esquece dele mesmo e o jogo fica rodando sem som (para alguns dos jogadores), tendo apenas os efeitos sonoros. Eu sei que a Capcom teve menos participação nesse jogo do que um pai tem na perda da virgindade da própria filha… mas, pelo menos, eles deveriam ter testado essa bagaça antes de colocar o nome deles nessa monstruosidade.

Umbrella Corps é ruim. Mas não é aquele ruim absurdo – que você vai se lembrar por anos. Ele é um ruim muito pior. É o ruim da mediocridade. É um jogo feito sem coração nem alma por uma empresa que não tinha absolutamente nenhum respeito pelo material fonte e, obviamente, entregou um produto sub-par, recebeu seu dinheiro, e foi embora embaraçada e envergonhada, pela porta da frente. Não compre, pelo menos não por mais de US$ 5,00.

É muito muito fraco.

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Sobre Marcel Bonatelli

Historiador de games e jogador inveterado eu respondo todas as suas dúvidas sobre games e o mercado de games no site minicastle.org ou no email marcelbonatelli@minicastle.org

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