Até onde o Mini conseguiu verificar não houve absolutamente nenhuma modificação entre o conteúdo da versão Gold (disponível no PS3 e no Xbox 360) e a ultimate que está sendo lançada no PS4 – fora o aumento de resolução e tudo rodando em 60 fps. Se tivéssemos que arriscar (o que estamos fazendo) nós diríamos que a Capcom pegou a versão de PC (que já rodava em 1080p 60fps se sua máquina fosse parruda o suficiente) e recompilou para rodar num PS4 (que tem arquitetura X86 também… então nem foi assim tão complicado).
Segue uma comparação visual entre as versões dos consoles Sony…
Quando você não tem coragem nem mesmo de colocar o nome da franquia no nome do jogo é mal sinal.
Sendo assim, quando eu vi que “Resident Evil: Umbrella Corps” tinha tido seu nome alterado para, meramente, “Umbrella Corps” eu tive um arrepio interno. Eu estava completamente correto em meu raciocínio.
Então eu começo esse review com o seguinte conselho: Se você for um louco pelo universo expandido de Resident Evil e precisar, com uma gana erótica, ter absolutamente tudo lançado para ele, espere alguns meses que esse game, com certeza, será dado de graça na PSN e vendido a preço de banana no Steam.
Parece legal… mas não é!
E vamos ao review: Os gráficos são mmmmeeeeehhhh….
Não começamos bem né?
Os gráficos são meramente servis, mas contém uma quantidade gigantesca de bugs estranhos e de condições extremamente arcaicas. Algumas janelas de vidro quebram quando você atira nelas, outras não. Alguns mobiliários são destrutíveis, outros feitos de adamantium. Algumas vezes seu personagem é um ser tangível e material, outras vezes ele “clipa” através de paredes ou quinas… ou outros personagens e zumbis. Com texturas lavadas, geometria simples e pouco inspirada e animação que estaria em casa num jogo multiplayer do Dreamcast, Umbrella Corps realmente não impressiona.
O problema piora quando você percebe que nem a jogabilidade nem o controle não ajudam. As vezes você pode pular janelas e moveis, as vezes não – depende do humor do jogo (porque o mesmo item pode ser pulado mais tarde ou mais cedo numa mesma sessão de jogo). As vezes seu personagem vai despejar munição como um louco num inimigo ou num zumbi e ver a animação de morte ocorrer em outro ponto, desconexo, da tela. As vezes não vai ter animação. E as vezes os Zumbis ficam invisíveis – até te acertarem. Some a isso botões que funcionam quando acham que devem, analógicos extremamente imprecisos (jogar com um mouse alivia esse problema mas não o resolve) e um sistema de melee (combate corpo a corpo) que é o equivalente eletrônico de jogar uma moeda no cara e coroa (as vezes você destroça o inimigo… as vezes não acontece nada… as vezes você morre) e você vai entender a sensação nada prazerosa que é jogar Umbrella Corps.
E o som… Maninhos o som…
O som é esquecível. E tem Alzheimer. Porque as vezes ele esquece a qual fase pertence. Esquece que uma música de vitória tem que parar na tela de matchmaking. Esquece de tocar as melodias de itens ou curas adquiridos/usados. Por vezes ele esquece dele mesmo e o jogo fica rodando sem som (para alguns dos jogadores), tendo apenas os efeitos sonoros. Eu sei que a Capcom teve menos participação nesse jogo do que um pai tem na perda da virgindade da própria filha… mas, pelo menos, eles deveriam ter testado essa bagaça antes de colocar o nome deles nessa monstruosidade.
Umbrella Corps é ruim. Mas não é aquele ruim absurdo – que você vai se lembrar por anos. Ele é um ruim muito pior. É o ruim da mediocridade. É um jogo feito sem coração nem alma por uma empresa que não tinha absolutamente nenhum respeito pelo material fonte e, obviamente, entregou um produto sub-par, recebeu seu dinheiro, e foi embora embaraçada e envergonhada, pela porta da frente. Não compre, pelo menos não por mais de US$ 5,00.