O que nós perdemos 22 – Project Dream – RARE – Super Nintendo

Nos meados de 1995 a Rare estava no topo do mundo. Sua ressurreição da franquia Donkey Kong, através dos geniais Donkey Kong Country do Super Nintendo e sua parceria com a Nintendo basicamente gritavam ao mundo que a companhia inglesa tinha um enorme destino. Encorajados pelo sucesso de DKC e acostumados com a estações de renderização da Silicon Graphics, a Rare acreditava que podia criar o melhor game com os melhores gráficos para o SNES – uma espécie de canto de cisne do envelhecido console.

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Nascia o projeto sonho (Project Dream) que nada mais era do que criar um RPG de ação usando gráficos renderizados no SNES. Project Dream teve umas poucas imagens soltas ao público e um demo a portas fechadas na E3 – que resultou em muitos jornalistas dizendo que era o jogo mais inovador e incrível já visto no SNES. O enredo do jogo envolvia um jovem, chamado Edson, as voltas com problemas com um grupo de piratas chefiados pelo terrível capitão Black Eye e a jogabilidade envolvia um enorme arquipélago de ilhas que você navegaria de e para tentando derrotá-los.

O projeto, no entanto, andava devagar, com as diversas limitações de Hardware segurando as ambições dos criadores de DKC na Rare. Haviam, segundo os membros do time, dois problemas principais com o Hardware do SNES: A pequena memória ROM possível de ser guardada em cartuchos (os maiores jogos do Super Famicom, que nunca chegaram aos EUA, usavam chips adicionais caros e complicados e tiveram pouco mais de 64 MEGA), o que dificultava o uso dos cenários pré renderizados complexos e diferenciados, e a pequena memória RAM do aparelho, que exigia diversas manobras técnicas para permitir cenários vastos e abertos. Com os problemas se acumulando e o tempo da plataforma se esgotando a RARE decidiu por puxar o plug do projeto…

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… e levá-lo ao Nintendo 64.

Vejo vocês em duas semanas!