Quando o público estava esperando uma continuação uber violenta e agressiva de Ocarina of
Time/Majora’s Mask, baseada nos vídeo revelados na Spaceworld de 2000…
… a Nintendo veio e mostrou ao mundo uma versão fofa e cartunesca da franquia.
A galera foi ao delírio, e do jeito ruim: críticas voando de todos os lados, cobrando da Nintendo uma posição mais adulta… enquanto a Nintendo tentava apagar o fogo pedindo ao público que esperasse um pouco e jogasse o game antes de criticá-lo. O game chegou ao mercado em 03 de Maio de 2003.
E foi um sucesso de público e critica sem tamanho!
A Nintendo ainda não nós deu um Zelda novo para o Wii U, no sentido de um título novo criado apenas para o aparelho. Mas ela deu ao mundo um novo Zelda, o remake de um dos mais controversos títulos da franquia, o lindíssimo The Wind Waker do Game Cube.
E que Remake!!!
Wind Waker HD é muito mais do que só uma repaginada gráfico. É um jogo refeito, dos pés a cabeça, para um novo hardware e um novo público. Os controles foram melhorados (o que parecia impossível!) e respondem tão maravilhosamente que parece que o console está lendo sua mente. Uma nova vela (opcional, caso você seja um purista) permite deslocamento mais veloz entre as ilhas enquanto várias Dungeons foram melhoradas, dificultadas e tornadas mais longas. Duas quests foram melhoradas e tornadas mais fáceis de serem entendidas e realizadas. E um novo modo de jogo, chamado “Heroes Mode”, vai testar até mesmo os maiores especialistas no game: O jogo não dá corações quando você derrota inimigos (só rúpias ou magias), os inimigos causam 3 vezes mais dano e são duas vezes mais numerosos e a única forma de cura no jogo é através de poções – não tem nem mesmo fadas para ressuscitar nosso herói (caiu em combate… morreu).
A música é simplesmente perfeita. Perfeita! Ela vai te deixar com medo quando você tiver que ficar medo, fazer seu coração bater descompassado nos chefões mais difíceis e aniquilar seu traseiro quando você se embrenhar mar adentro. O som é muito bom mas o jogo perdeu pontos por continuar sem vozes… seria ótimo que ele começasse a ter pelo menos narradores em alguns pontos. Os gráficos são simplesmente arrasadores – rodando lisos em 1080p com luz e sombra de matar jogos da nova geração de inveja e novas engines de física para sustentar movimento de mar, velas e tecidos. Mas não acreditem só na minha palavra não – vejam funcionando!
O Wii U Game Pad permite um controle de personagem e câmera soberbos, enquanto permite a visão de mapas ou o do inventário de itens sem ter que apertar start e pausar a ação. Além disso você pode fazer anotações no mapa, usando sua Stylus, ou, utilizando um item interno do jogo, tirar fotos com ou sem link nelas (fazendo caras e bocas), e deixá-las por aí, em mensagens em garrafas, ou postá-las no mural do miiverse. E acreditem em mim: a experiência criada pela possibilidade de tirar fotos e deixá-las com mensagens, para outros jogadores encontrarem online, por todo lugar, é imensamente divertida – e hilária.
O jogo só não é perfeito por alguns pontinhos meio desajustados: Falta um botão maior no Game Pad para a espada (como no Cube) fazendo com que as vezes você pressione o botão incorreto quando quer atacar (no Japão foi lançado uma réplica do controle do Cube para ser usado nesse jogo… mas isso não vai vir para o Ocidente) e as mudanças de cores (de preto e branco para sépia em várias regiões do jogo) tiraram um pouco do brutal efeito que a colorificação daquela região dava ao game. Mas são apenas pequenos pontos que nem de perto tiram o brilho dessa maravilha.
The Legend of Zelda: The Wind Waker HD é uma obra prima. É um jogo que já era sensacional em 2003 tornado ainda melhor pela aplicação de nova tecnologia e mais tempo de trabalho em cima. É obrigatório na biblioteca de todo dono de Wii U e um jogo que nenhum fã de aventura deveria deixar passar. Bom divertimento e bem vindos ao grande oceano.
