Jogando: Splinter Cell 3D

Splinter Cell: Chaos Theory, no PC e no XBOX, era a Ferrari dos jogos de stealth: o mais verdadeiro, o mais gutural e o mais conhecido. Infelizmente sua versão para o 3DS está mais para um Lotus: É estranho, chama a atenção mais para os pontos positivos mas mantém seu charme. E ainda é um ótimo jogo… só que pode decepcionar quem esperava uma versão 1:1.

 

Graficamente o jogo é muito bem feito. O efeito 3D é útil e sutil, não se tornando intrusivo e não gerando aquela sensação de que você vai perder o equilíbrio a qualquer minuto; os objetos ficam mais fáceis de serem contornados, é mais fácil perceber a distância dos inimigos e arremessar objetos como uma pedra ou uma granada se tornam mais simples. A animação de Fisher é excelente e feita toda a mão, o que cria um efeito artístico bem convincente, enquanto que a animação dos inimigos é cortada e inconsistente, com uma física de desenho do pica-pau (explosões resultam em corpos ricocheteando contra a parede enquanto um tiro a curta distância de calibre 12 nem mesmo projetará os corpos, fazendo com que eles caiam como mamulengos junto a você). Os cenários são bem feitos, mas nada que você tenha que escrever para a mãe sobre e receberam uma demanda de detalhe, que se tornou ainda mais legal com o novo sistema de direcionamento de missões, chupado de Splinter Cell Conviction, que escreve nas paredes e portas os novos objetivos. O primeiro grande problema do game reside no departamento gráfico e é fatal para um game Stealth – luz e sombra.

Em Pandora Tomorrow e Chaos Theory, do XBOX e do GameCube, você conseguia saber se estava completamente escondido apenas olhando para Sam. Com exceção do ponto luminoso e os óculos, pontos criados exatamente para você conseguir saber onde e em que posição Sam estava, quando você estava na escuridão você desaparecia, oculto pelas sombras. No 3DS, assim como no primeiro game da franquia é impossível saber se seu avatar está oculto só pelos gráficos, pois o jogo de luz e sombra, pouco ou nada afeta as texturas de Fisher e dos inimigos – forçando você a se guiar pelos medidores espalhados pela tela. Quando se explode uma lâmpada a sala mergulha na escuridão, mas tanto os inimigos como Fisher continuam perfeitamente visíveis. O que me leva à segunda falha fatal do game, a Inteligência Artificial.

Esses terroristas devem ter avançado retardo mental – eles dispensam a busca por você depois de alguns minutos, levam preciosos segundos para disparar um alarme após o verem, travam em pedaços do cenário, não conseguem vê-lo se você está encostado neles (desde de que você esteja na escuridão), entre outros fatores. Fisher passa por eles como se não houvesse amanhã e a única coisa que o game faz com os inimigos em níveis de dificuldade mais altos é aumentar o número de alvos e melhorar o armamento.

 

O som do game é bem feito, não genial, mas cumpre bem o seu papel, com vozes bem feitas e um ótimo score para os momentos mais tensos. O controle é o ponto alto do game e considerando que a última vez que jogamos este game tínhamos um controle com dois direcionais e uns 8 botões a disposição: suas armas são trocadas (e a munição dentro delas também) com a tela sensível ao toque enquanto o analógico é utilizado para controlar Fisher e os botões frontais usados para controlar a câmera – R atira, L mira. Simples e magnifico.

 No final, Splinter Cell 3D: Chaos Theory é um bom jogo, que acertou em dezenas de pontos mas deixou para trás dois fundamentais para o gênero: IA e Iluminação. É como o mais delicioso dos bolos, mas que foi deixado para fora da geladeira e ficou duro – ainda é o mais delicioso dos bolos e você ainda vai comê-lo, mas não está perfeito. A versão do GameCube é certamente melhor, mas eu não posso jogar GameCube no busão.

Donkey Kong Country Returns cheio de Easter Eggs?

Aparentemente os leitores do excelente site “www.reinodocogumelo.com” tem seguido uma mania internacional com extrema competência: encontrar diversos easter eggs, imagens ou trechos de games que remetem a games mais antigos ou a informações externas, no super mega power com queijo e fritas sem mostarda nem ervilha novo jogo do macacão.

E alguns easter eggs são muito muito legais, como a estrutura do antigo DK arcade no fundo…

… Mr. Game & Watch dando uma de assalariado lá no fundo…

… os três macacos sábios (sabe aqueles com os conselhos? “Não falarás nenhum mal. Não ouvirás nenhum mal! Não verás nenhum mal!”)…

… e até mesmo a caveira do Ridler, de Metroid, é visível em um trecho…

… e uma estatueta com a gravata do super mega power jogador de arcade Billy Mitchel (para quem nunca ouviu falar dele ele é o autor de The King of Kong: A Fistful of Quarters. – um documentário sobre quando ele implodiu o score das máquinas de DK em um tour pelos EUA)!

Sua bateria está acabando? Então não esquece o relógio!

Se você achava que James Bond é que tinha relógios legais, pense de novo. A Think Geek, site de compras online para nerds e afilhados, colocou a disposição uma pulseira equipada com baterias, com um cabo de saída e um monte de adaptadores para ser conectada aos mais diversos gadgets (de portáteis Nintendo a telefones celulares) e que é recarregada em qualquer USB. O produto pode ser encontrada neste link (http://www.thinkgeek.com/computing/usb-gadgets/ceca/) e recebeu o simpático nome de Bracer of Battery Life +2 (algo como Bracadeira de duração de bateria +2 para quem nunca jogou D&D ou AD&D, as armas mágicas nesse jogos costumam ter um valor de bônus em dano no final do nome da arma, por exemplo, espada vorpal +3, significava uma espada que dava +3 pontos de dano e que em caso de sucesso decisivo degolava).

Com uma vida útil de bateria curta como a do 3DS essa braçadeira vira bem a calhar. Sua por US$ 34,99 ou R$ 55,15 na cotação de 15/04/2011.

O 3DS implodiu-arregaçou-esmagou-foi mal educado com a concorrência em sua primeira semana!

A Big N revelou hoje que a primeira semana de vendas do 3DS nos EUA ficou um pouco aquém de 400,000 unidades. Apenas para comparação, a primeira semana do Dsi teve 435.000 unidades e a primeira do DS Lite 226.000.

Em março, principalmente por causa de Pokemon Black e Pokemon White, as vendas dos DS tradicionais (Dsi, DS e DS lite) juntas reuniram por volta de 460.000 unidades.

Nada mal, nada mal mesmo… principalmente considerando que o mês foi dominado pelos pokemons na área de software, onde os dois games combinados venderam por volta de 2,5 milhões de unidades.

“O 3D é só um agrado…” vai nessa!