Atendendo a muito e muitos pedidos, nos criámos a contra parte má da lista dos vinte melhores do Game Cube… eu lhes apresento as aberrações que odiámos no Game Cube!

Aquaman

Ele é o rei dos mares. Ele é o soberano dos oceanos. Ele é, depois do Superman, a maior fonte de vergonha no universo dos super heroís transitados para videogames. Aquaman para GameCube era uma experiência vazia. Entenda bem, os gráficos, desconsiderando o personagem principal, pareciam ter sido transfiridos de um game de primeira geração do PS1, e então receberam um efeito de névo… a… água… eu quis dizer água! Eram sem definição e mortos, e, embora os cenários fossem abertos (indo até as famigeradas barreiras invisíveis) não havia nada a fazer, a não ser, caçar sem parar os inimigos que ainda restavam no cenário. O próprio aquaman era bem feit…inho… sem sal nem açúcar. O som era péssimo e a ausência de música, muito bem usado nos RE e Silent Hills da vida, só ajudava a passar mais ainda a sensação de que os peixinhos do show “Glub Glub” da cultura sabiam mais da imensidões sub áquaticas do que os programadores desse jogo. Controle? Não havia controle. Você podia se degladiar com o direcional durante minutos, até entender que Aquaman era o rei dos mares e ele mandava ali, indo em direções bizarras e não ordenadas e gastando golpes especiais quando não era necessário. Ainda bem que ele não participa dos desenhos da liga da justiça.

Super Bubble Pop

“A qual é… criticar um puzzle é como bater em cachorro de rua. Eles são feios por natureza. Sai dessa Marcel” é isso que estão pensando, não é?! Não… graficamente Super Bubble Pop é morno… o som é vazio. Mas é a jogabilidade e a diversão que realmente matam Super Bubble Pop. Para começar não tem dificuldade nenhuma, você ganhará partidas após partidas nos níveis mais difíceis, sem suar muito. E o que é um puzzle sem um bom desafio? Também é enfadonho e francamente, meu celular tem jogos melhores. Não jogue nem se obrigado.

Disney Sports Skateboarding

Quando a Konami disse que faria diversos jogos de esporte usando a franquia Disney, eu me lembro de ter me escondido embaixo da cama e rezado para o apocalipse chegar antes. Mas Disney Sports Soccer veio, e minhas preocupações se dissiparam: era um port de Winning Elevem 6, mas tirava-se os jogadores humanos e colocava-se os personagens Disney. O controle era fantástico e o som tinha versões remixadas dos clássicos da Disney. Fiquei tão empolgado que, quando a Konami colocou Disney Sports Skateboarding nas prateleiras, fui a uma locadora e o peguei. Aquele fim de semana me assombra até hoje. Por onde começo? Tente imaginar um jogo de Skateboarding simplificado, onde o controle responde como um camelo que teve as genitálias atingidas repetitamente por tijolos. Agora imagine que a câmera foi programada para mostrar todo tipo de detalhe do cenário, exceto, talvez, os personagens dos jogadores. E que a engine (o esqueleto de programação gráfica, que sustenta o jogo) tenha sido feita para se arrastar, como se o personagens estivessem envoltos por gelatina. Conseguiu pegar a imagem, maravilha. Agora vamos ao som… fantástico. Tente imaginar como é uma professora com longas unhas passando-as contra uma lousa enquanto cantarola as músicas clássicas da Disney. Bom, se esse jogo foi feito para crianças, eu agradeço ao céus ter crescido.

Universal Studios Theme Park

O que é incrível sobre esse jogo é que ele é um má idéia, péssimamente executado e terrivelmente concebida. Imagine que alguém queira colocar toda a emoção das “rides” (aqueles brinquedos dos parques americanos que são montanhas russas bem feitas e disfarçadas) do parque da Universal em um videogame? Como o faria? Bons gráficos, emoções rápidas e jogos equilibrados, guiados por músicas de clássicos da universal que nos tirariam lágrimas dos olhos. E esse jogo? Bem, você é guiado pelo Pica Pau (aquele dos desenhos) que leva você até as diversas rides do parque, as únicas partes levemente divertidas do jogo, mas você não pode entrar. Por que? Por que você ainda não tem pontos suficientes para comprar o ticket. E como você consegue os pontos, você pergunta? Devolvendo bonés impossíveis de achar, a não ser que você tenha uma doença que faça com que aperte o botão sobre cada item da tela, para garotos, que os gráficos pré-renderizados tornaram uma caricatura de uma boneca e… respondendo quizes! É isso aí! Prepare-se para horas divertídissimas de telas azuis recheadas de palavras brancas onde você testará seus conhecimentos sobre filmes da Universal. Depois de conseguir os pontos você descobrirá que as rides não são assim tão legais, consistindo de minigames de corridas, de tiro em primeira pessoa ou combinações de “on trail” shotters com “first person racing”!. Os controles do GameCube são habitados por espíritos maias raivosos e ficam impossíveis de usar durante os minigames, a única chance de completá-los e se por acaso você conseguir atirar no velociraptor ou desviar do barranco. O som até que tenta, mas não segura onda nenhuma. Por que foi feito? Não sei, acho que para aplacar os espíritos maias!

Shrek Extra Large

Todos achavamos que Shrek daria um bom personagem de videogame. Ele é alegre, divertido, bate em todo mundo, é verde… (O.K., talvez essa última não!). Mas na mão de desenvolvedores ruins, ou desenvolvedores bons, sobre um limite de tempo muito curto, Shrek pode se tornar uma armadilha mortal… uma transição fedorenta e sem estilo da, já ruim, versão do XBOX. Não é um jogo, é uma bagunça de fases mal desenhadas em 3D, com frame rate péssimo, texturas mal criadas e mal animadas (Shrek parece estar vestindo casca de árvore e as cascas das árvores parecem líquidas) sobrepostas por um conjunto de músicas que parecem saídas de um xilofone. Mal feito, mal cuidado e xexelento. O que você ainda está olhando? Não há nada aqui.

MC Groovz Dance Craze

Bom, esse foi o primeiro jogo de dança do GC, e por Deus, se tivesse sido o último, já teríamos tido o suficiente. É feio, feio, feio, feio, feio, feio, mal feito também. Setas sobem através de uma tela psicodélica e sua missão consiste em pisar no local adequado na hora que as setas atingirem o interior de uns moldes de seta no topo da tela. Até aí tudo bem. A questão é que as vezes você vai pisar no local certo, mas não receberá a indicação do ponto, por várias vezes, por sequências inteiras. E as vezes, se pisar completamente fora do ritmo, que aliás as setas não seguem, você será premiado com os pontos completos. A música, que deveria ser o ponto forte do game, consiste basicamente de country e pop rock de segunda linha e contém uma única música que eu conhecia: “This boots are making for walking!” na versão da Jéssica Simpson. E muito mal feito, a jogabilidade é péssima e fede!

Beyblade VForce: Super Tournament Battle

Esse jogo é muito esquisito. E limitado. Os gráficos são dúbios: os menus e as cenas em animes, estão feios, rodam em espaços pequenos da tela e não tem qualquer carinho, mas os Beyblades (ou piões) são bem animados, com diversas texturas sobrepostas e bons efeitos de luz e sombra. E só. A jogabilidade resume-se a apertar o botão no momento em que a barra de energia estiver no máximo. Uma vez que o pião é lançado, você tem pouco ou nenhum controle sobre ele (eu massacrei meu direcional e meus botões, e parecia que o pião olhava para mim, ria e dizia: vamos lá, faça o meu dia!). Não é um jogo, é um brinquedo criado para arrancar ainda mais dinheiro dos pais e filhos que gostam de Beyblade. Pegue seu dinheiro, e se gosta dessa porcaria, gaste comprando Beyblades e jogando ao ar livre contra outros Beyblistas (isso existe?).

The Sum of All Fears

Quando joguei a versão de PC de “The Sum of All Fears” eu fiquei deslumbrado pelos gráficos bem feitos, ótimos efeitos sonoros e magnifíco design de fase. Eu sentia a tensão de ter que cuidar, com delicadeza, da estrategia para evitar a morte dos reféns e a detonação de artefatos nucleares. Também sabia que com o Port do jogo para o GameCube algumas regalias, como controle perfeito de mira, e organização estratégica da entrada, teriam que ser cortadas em favor de gráficos melhores, sons mais nítidos e ação mais rápida. Eu estava errado. O jogo é uma cópia em papel carbono, mal feita e mal acabada, do jogo de PC. O gráfico é simplista demais, com poucas texturas, árvores no modelo de Castlevania 64 (4 triangulos como copa) e animação mal feita. As paredes, portas e janelas, são feitas de adamantium e tem a incrível capacidade de regenerar buracos de bala em menos de 5 segundos. O som é inexistente, as armas convencem, mas não há música. Mas é na jogabilidade que esse game me empalou. É impossível mirar. Vamos lá, tente! Isso, um pouco pra direita, mais um pouquinh… muito, muito volta. Ele nos viu. Morremos. É impossível mirar. Sabendo disso os produtores colocaram uma opção que torna o sistema de mira automático, o que simplesmente mata um first person shotter. Não há reféns (eles estão lá, mas só chacoalham, e são feitos do mesmo material da parede) para se preocupar e a inteligência artificial é grotesca. Meus companheiros de equipe correm em frente as balas e se escondem em posições em que ficam atirando em paredes. Os inimigos, quando atingidos por balas, nem mesmo sentem dor, apenas continuam atirando inclementemente. Esse jogo é um pedaço de merda.

Monsters, Inc. Scream Arena

É um jogo de queimada. Feito em cima do filme “Monstros S.A.”. O que raios vocês esperavam. O jogo é lento. L E N T O. Com um frame-rate péssimo, gráficos muito simples e com detalhes que vão e vem (os pélos do “Gatinho” desaparecem, dependendo do número de objetos se movendo na tela). O som até que é legalzinho, mas eu posso assistir o filme com resultados melhores. O controle não responde. Se você tem a bola, pode rezar e fazer figas que talvez, só talvez, ela caia no lugar certo, mas é se estiver tentando desviar dela, você só o fará pela graça divina. É péssimo, e um filme tão bom merecia um jogo melhor.

Trigger Man

Então… o pior jogo da história do Game Cube alcança a luz do dia. Eu acho, pessoalmente, que esse jogo foi criado por adoradores de satã, que resolveram fazer um sacrifício mais terrível do que matar uma modelo de 18 anos, virgem, que posou para Playboy, no dia de Páscoa. Fizeram então um game, onde manual tem 3 páginas de instrução e 15 de anotações. Onde os movimentos mais bem bolados são agachar e atirar. Onde a interatividade se resume a pressionar o botão de tiro quantas vezes seus dedos duros e arrocheados permitirem. Onde não importa a arma usada, se uma pistola d’água ou uma shotgun calibre 12, o inimigo exigirá o mesmo número de balas para morrer. Onde usar uma faca é melhor que uma arma de fogo (a não ser quando a “Action Cam” entra em ação, seguindo o cabo da faca, que se errar o alvo, vai demorar quase 30 segundos para voltar a focar seu personagem, que estará tendo a bunda chutada durante todo esse período). Abaixado, seu personagem é acometido de um mal estar desconhecido, que o impede de usar as armas, forçando a levantar, levando dois ou três tiros antes de poder mirar e atirar. Você morre com cinco tiros, enquanto seus inimigos, todos clones do Wolverine, levam quase o dobro disso para cair. Esse jogo é podre. Citando alguém “Eu preferia que um bufálo com diárreia caga-se no meu ouvido do que jogar esse jogo!”. É por ai!