Eu amo tartarugas ninjas! Em todas as suas encarnações! Desde a clássica…
a renovada, de 2004…
até a da Nicklodeon atual!
E TMNT me rendeu alguns dos melhores jogos de videogame da minha vida, do inesquecível Turtles of Time ao TMNT Arcade game, com beat-en-ups fantásticos que mudaram a história dos games. E todos os trailers de Out of the shadows, o novo jogo das tartarugas, mostravam o que devia ser um jogo imensamente legal.
Que pena que eu estava errado! Muito muito muito errado!
Eu gostaria de terminar esse review por aqui e ir chorar em um canto depois. Eu gostaria de poder dar uma de Ackbar aqui e dizer “Corra! É uma armadilha!”. Mas eu não posso. Eu tenho que alertar vocês. Eu tenho.
Primeiro! Olhem essa imagem
O
Que
Diabos
Aconteceu
com
as
Tartarugas?
O que é essa aberração? Elas estão muito… estranhas! Humanoides! Com uma movimentação estranha, com uma captação de movimento humana demais e que simplesmente não condiz com o peso de um réptil com um casco gigante. Eu até aceitaria essa primeira falha se o resto do departamento gráfico não fosse horrível, horrendo, asqueroso. A animação é esquisita, quebrada e cheia de falhas, com movimento surgindo do nada e golpes atingindo pontos do inimigo distantes da onde os membros estão. A câmera funciona completamente contra você e, por vezes, gira sem controle. Os inimigos vem em onda de fora da tela e te atacam em posições que você não consegue ver ou se defender. o cenário é cheio de paredes invisíveis, não tem qualquer indicação visual de o que fazer ou para onde ir e é cheio de áreas vazias onde nada acontece até o momento onde você, arbitrariamente, inicia uma sequência de inimigos clonados que não tem um pingo de personalidade ou carisma. E se não bastasse tudo isso o game é recheado de bugs, os mais diversos, desde tartarugas presas no chão ao pular de um nível para outro a tartarugas presas em objetos do cenário, que andam sem mover as pernas ou que lutam com inimigos que resolvem, de repente, desenvolver a habilidade de andar no ar!
E o som! Que fantástico! Uma coleção de metal atroz que lembra mais uma luta entre senhoras idosas, em uma cozinha, usando os itens da culinária do século XVIII do que sons que deveriam encantar ou entreter. E as vozes das tartarugas soam como um grupo de crianças se fazendo passar por adolescentes. E os sons dos inimigos são irritantes, repetitivos e terrivelmente mal construídos.
O controle é terrível… terrível. Ele leva segundos para processar seus comandos, tem uma zona morte horrível, botões e golpes que só entram quando querem e saltos duplos que só servem para você morrer pulando sobre buracos ou de um trem para outro. O sistema de golpes e de batalha tenta parecer competente mas não consegue segurar a fachada por mais do que alguns segundos enquanto você tenta, sem sucesso, soltar qualquer um dos golpes especiais das tartarugas – vá por mim… você vai falhar miseravelmente.
E tudo isso sem falar na agonizante inteligência artificial. Ela é grotesca. Boa sorte em conseguir outras pessoas que tenham comprado esse jogo para jogar com eles, porque sozinho é a porra de uma batalha de atrito – seus irmão tartarugas se jogam nos inimigos, não conseguem sair quando cercadas e tomam piaba sem controle, caindo e fazendo com que você gaste preciosos “pedaços de pizza” (que são os recuperadores de energia) para trazê-los de volta. E boa sorte se resolver não fazê-lo, porque ondas e mais ondas de inimigos vão cercar você, atacando de todos os ângulos possíveis, muitos de fora da tela, tornando a missão de terminar aquele trecho do jogo ainda mais terrível. E prepare-se também para os inimigos que atacam sem a menor preocupação com próprio bem estar, inimigos que surgem do nada ou ficam invisíveis (devido a bugs do jogo) e sessões que só podem ser transpostas com duas tartarugas trabalhando em uníssono, que, apesar dos seus comandos martelados diversas vezes, não ocorrem porque a tartaruga controlada pelo console simplesmente se recusa a te ouvir.
TMNT: Out of the Shadows é um ultraje. Uma vergonha. Uma xexelenta tentativa mal feita de trazer a série para um novo público que, realmente, não precisa dela dessa forma. É quase tão vergonhoso quanto a ideia original de Michael Bay de transformar as tartarugas em alienígenas. Se você valoriza suas tartarugas, e sua infância, continue na combinação Turtles in time (do SNES) + a série nova da NickLodeon. Acredite em mim… você vai ser muito mais feliz.

