Jogando: Lego City Undercover

Lego, em videogame, é como a rede de restaurantes Sub Way: se espalha como uma praga, você fica brincando de montar, a mecânica é mais ou menos sempre a mesma e, no final, o gosto não é dos melhores. Por isso eu, raramente, me interessei por Lego qualquer coisa, depois de passado o efeito WOW de Lego Star Wars. Nem mesmo Batman, meu herói favorito, conseguiu quebrar o marasmo.

LegoCityUndercover

Confesso que a falta de jogos novos, e exclusivos, no Wii U, teve grande peso sobre a minha decisão de alugar o jogo. Pô Nintendo… “vamo trabaiá”!

De qualquer forma eu me vi sentado, testando a mistura bizarra da temática fofinha dos games da (Será que posso chamar assim?) sub franquia Lego, com uma história digna de um filme dos anos 80 (o policial bonitão e boa pinta que nunca tem medo de nada e só se fode) e o estilo de jogabilidade de um GTA. E sabe o que é mais estranho? Por alguma razão, que provavelmente envolve técnicas Voodus e antigas profecias Maias, o troço funciona – a combinação é divertida e, se não especialmente incrível, é boa o suficiente para segurar uma franquia própria.

E, espero, exclusiva do Wii U. Estamos precisando de exclusivos Nintendo! Mexa-se!

Graficamente Lego City Undercover, que vou passar a chamar de LCU porque o nome é comprido para caramba, é uma mistura gozada. A distância de horizonte é enorme, e as vistas, por causa disso, tendem a ser bem legais. A animação é primorosa e a movimentação é a física são particulares do Lego – e imensamente engraçadas. Há jags e quebras gráficas ali e aqui, e, as vezes, a quantidade de objetos da tela, principalmente quando coisas grandes quebram em centenas de peças pequenas, a um ou outro Slowdown. Nada de muito ruim nessa área, principalmente considerando o número literalmente imenso de carros, lanchas, motos e aviões que estão disponíveis pelo mundo. As ceninhas que contam a história são muito bem feitas e tornam ainda mais engraçadas as, familiares, cenas roubadas de filmes como Duro de Matar e Máquina Mortífera.

O som é legal, mas não brilhante. As músicas são bem escolhidas e funcionam muito muito bem dentro do que se propõe, mas não são especialmente fantásticas e você vai esquecer delas de poucos minutos. As vozes escolhidas são boas, não excelentes, mas boas, e funcionam dentro do contexto a que se propõe – são divertidas e alegram. E os veículos tem sons legais, e bem variados. O controle funcionar muito muito bem, com facilidade de aprendizado e centenas de botões virtuais, que mudam conforme o veículo, na tela tátil. Infelizmente não dá para jogar usando apenas a tela do GamePad, mas há radares e mapas, além de um mini gps, que auxiliam MUITO no enorme mundo (e que tornariam a experiência de jogar um GTA um pouco menos horrível para mim). O sistema mostra que pode, sim, mudar a experiência com aquela tela enorme no meio do controle.

A jogabilidade é uma mistura interessante: uma parte Lego padrão (com direito a outras roupas – ou corpos – com habilidades diferentes), uma parte universo aberto a lá GTA e duas partes adventure colecionável, ao estilo de Banjo Kazooie ou DK 64. E se você pensar, por um segundo que seja, que isso não é viciante, está errado – a um bazilhão de coisas a colecionar e um milhão de lugares para colecioná-las. E as perseguições, as cenas de ação e o pseudo parkour, misturado a um sistema de combate gostoso, tornam esse jogo realmente divertido. É como ver a evolução natural de jogos clássicos, como Banjo e Crash, em um formato ainda mais animal.

Lego City Undercover é perfeito? Não, de forma nenhuma. Está milhas longe do que poderia ter sido feito no Wii U, tem enormes, imensas e constantes barras de carga que atrapalham a ação (que os próprios desenvolvedores fizeram piada!), glithces gráficos feios aqui e acolá e, assim como em GTA, exige um nível de memorização que, quando atingido, você já deveria estar jogando outra coisa. Mas é um bom jogo, bem divertido e com uma história interessante. E, considerando o número de exclusivos do Wii U, não é como se você tivesse muitas opções, né?!

Nintendo Wii U Direct – Novos Jogos da Nintendo

O senhor Iwata sabe fazer seu trabalho. Como presidente de um companhia de games ele sabe que, não importa quão bom seja seu hardware, sem o software para realmente vender a máquina, ela é meio inútil (sim Vita… eu estou olhando para você!). E é por isso que grande parte do Wii U Direct foi voltado para falar de games.

Infelizmente não haverão novos jogos Nintendo no Wii U em Janeiro ou Fevereiro.A Nintendo acredita que deve oferecer uma constante linha de software para a manutenção de seus aparelhos mas ela, pela experiência que teve com a expectativa versus realidade dos jogos entregues no lançamento do Wii U, acredita que, os novos jogos devem passar mais tempo sendo refinados e melhorados antes de chegarem ao equipamento. O Sr Iwata pede desculpas pela demora mas garante que quando os games chegarem, eles serão infinitamente melhores.

A máxima de Shigeru Miyamoto, principal designer da companhia, continua viva: “Um jogo atrasado é só um jogo atrasado. Chegará em alguns meses. Um jogo ruim será ruim por toda a eternidade.”.

Ainda assim a Nintendo mostrou um pouco do que chegará nos próximos meses. No estilo louco e absurdo da franquia Wario Ware, prepare-se para enganar sua mãe (que não quer que você jogue videogame na hora de dormir)  ou tirar meleca do nariz de uma senhora em Game and Wario (adorei a piada interna com o nome… o primeiro aparelho portátil da Nintendo, no japão, chamava Game and Watch ^_^)


Depois disso o game de exercício nro 2 de todo mundo (amo você Nintendo… mas Your Shape: Fitness Evolved, da Ubisoft, é milhas melhor que isso). Wii Fit U

Pikmin 3 continua fazendo sucesso, chega no primeiro semestre e permite cooperação em sala ou online

Lego City Undercover promete resolver todas as brigas de pais e filhos que querem jogar GTA mas não tem idade para isso

The Wonderful 101 chamou muito minha atenção. Imagine um grupo de Power Rangers, com poderes diferentes, em um game que junta literalmente centenas de heróis em uma cidade ficcional durante um seriado de TV. Sim! Com direito a “O que aconteceu no último episódio”, monstros gigantes e generais do vilão. Esse é compra garantida!

E Bayonetta 2, para moças e marmanjos interessados. A frase “Do you want to touch me?” é simplesmente fantástica!


O super presidente da Nintendo continuou  informando que os responsáveis por Super Mario Galaxy 1 e 2 e Super Mario 3D Land estão trabalhando com a equipe de Miyamoto para trazer um novo Mario 3D para o Wii U, que junto do novo Mario Kart, em desenvolvimento também, serão mostrados na E3 2013. O homem prossegue, como uma metralhadora de novidades, disparando que a equipe responsável por Kirby Epic Yarn se juntou a equipe responsável por Super Mario World 2: Yoshi Island e estão criando um novo game com o Yoshi.

E numa virada muito estranha do destino “Shin Megami Tensei + Fire Emblem” é anunciado – sim… um RPG moderno baseado em demônios somado a um RPG de estratégia medieval da Nintendo. Colaboração da Nintendo com a Atlus. Nenhuma imagem do jogo em si foi revelada, mas eu não consigo, de forma nenhuma, imaginar como isso vai funcionar.

E para finalizar o senhor Iwata mostrou o que os criadores de XenoBlade, o super RPG do Wii, da Monolith, estão fazendo. Eles estão criando um novo RPG para o Wii U… e ele é lindo! E tem robôs gigantes! Intitulado simplesmente “X” (embora a Kotaku diz que o nome será Strokes) o game parece tudo que poderia se esperar de um Action RPG de alto nível para o Wii U!

E então? Satisfeito? Insatisfeitos? Deixem as opiniões aí embaixo!