Data de lançamento e capa para Bioshock Infinite!

Bioshock Infinite estara nas prateleiras no dia 23 de Fevereiro de 2013. Isso, sozinho, já seria razão de comemoração, mas para melhorar ainda mais essa notícia a equipe responsável pelo jogo confirmou que não haverá multiplayer de nenhuma espécie: “100% de nossa equipe está voltada para tornar a sua experiência incrível. Não temos nenhuma razão para implementar um multiplayer!”. Nós sabemos como isso tornou DisHonored incrível e como, provavelmente, vai aumentar muito as chances deste game também ser sensacional.

Além disso… temos imagens das capas (por alguma razão, provavelmente para justificar o imenso desperdício de espaço de colocar um game de 6 GB em um Blu Ray, a versão do PS3 virá com o game original, Bioshock 1, no disco – a versão do 360 não virá com o game nem para download. Vai entender!):

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Jogando: Dishonored – Sem Spoilers!

Quando eu vi o primeiro trailer de Dishonored eu fiquei extremamente excitado. Universo Steampunk: Check. Alta ciência estilo Tesla soltando faíscas por todo lugar: Check. Uma sociedade política e economicamente a beira da ruína: Check! Uma história sobre amizade, amor e vingança: Check! Parkour por todo lugar com direito a teletransporte: Pela santa querupita… check check check!!!

Sim, eu fiquei excitado por Dishonored. Muito! Fiquei ainda mais excitado quando descobri que diversos profissionais responsáveis pelo incrível Bioshock, que haviam deixado a “Irrational Games” na época da produção de Bioshock Infinite, estavam no estúdio Bethesda fazendo essa joia. Foram 6 meses entre o primeiro Teaser e finalmente ter o jogo em mãos. E eu fico feliz… puta… eu fico muito muito muito muito muito feliz em dizer que o jogo é ainda melhor do que eu imaginava. Dishonored é um retorno ao que fez Bioshock 1 extremamente legal mas com melhorias que tornaram a experiência ainda mais encantadora.

Se eu tivesse que colocar para vocês, de supetão, o que é Dishonored eu diria que é o filho bastardo de uma relação a 3: Bioshock + Mirror´s Edge + Assassins Creed. No game você controla Corvo, um cavalheiro responsável pela segurança da Imperatriz em um Império de Ilhas decadente que vive da extração de um super combustível presente nos cetáceos deste mundo. Seu personagem foi enviado pelo restante do Império por meses, buscando ajuda dos estados súditos em combater uma praga que está matando a capital – sem sucesso. Quando vocês está reportando sua posição para a Imperatriz e a filha dela, ambas são atacadas por inimigos com a capacidade de se teleportar livremente, empurrar e puxar objetos. A partir da aí uma trama de mistério, revolta, traições e assassinatos se inicia, com Corvo sendo o vórtice louco girando sem controle. E no processo de solucionar essa crise você conhecerá muitas partes da cidade a fundo, verá personagens coloridos e vívidos e participará de batalhas animais. A quantidade de detalhe colocada lá só por atmosfera é destruidor – de quadros a óleo a máquinas de combate tudo parece saído de um mundo real, que funcionaria com aquelas regras. E o fato que a cidade é tratada como um personagem, reagindo a suas escolhas e mudando, torna a situação ainda mais legal!

E se a atmosfera é um delicioso bombom a jogabilidade é a bola de sorvete que ficou logo embaixo dele! Os botões superiores foram muito bem utilizados: a esquerda temos usar itens (ou poderes) no gatilho, com a roda de escolhas no botão; a direita temos golpes de espada no gatilho, com defesa usando a espada no botão – Você aprende em poucos segundos e vai usar pelo jogo todo… com detalhe de funcionar muito bem. O X interage com objetos, o A pula (apertando duas vezes ele põe o pé na parede ou objeto e salta um pouco mais alto, apertando e segurando, escala o objeto) e os outros botões são contextuais, um controle simples, fácil e rápido de dominar. E você vai dominá-lo enquanto tenta achar combinações para abrir cofres, salta sobre inimigos do terceiro andar de uma casa ou procura caminhos alternativos para evitar guardas até o seu alvo. Os cenários permitem dezenas de maneira de chegar aos seus alvos e várias maneiras de eliminá-los, seja matando-os ou não! Tomando o cuidado de evitar Spoilers, em uma determinada missão eu fui apresentado a 4 maneiras de me livrar de meus alvos, 2 letais e 2 não letais, algumas delas extremamente inventivas! Acredite em mim, Dishonored não é tanto sobre a morte do inimigo em si… é mais sobre o caminho até lá!

Graficamente o jogo é bonito, não é excelente e não vale uma carta para o seu amigo que mora no Tibet. As texturas são simples, os gráficos tendem para uma espécie de suave Cell Shading e a paleta é pastel. No entanto os cenários remontam bem uma espécie de cruzamento da era vitoriana com a renascença e são tão imensos e imersivos que você acaba por se acostumar, rapidamente, com os gráficos. A direção de arte é fantástica e, assim como em Half Life 2 e suas continuações, vai manter os gráficos atuais e bem feitos por anos a fio. As animações, no entanto, é que chefiam o carro dos gráficos deste jogo; tudo, do mais simples aflito (jogue para entender) ao maléfico Regente, passando pelos TallBoys e pelas torres elétricas, tudo tem animações incríveis, com movimentação suave e trejeitos que realmente definem os personagens. É claro que os personagens principais, com os quais você tem mais contato, tem uma gama maior de movimentos, mas mesmo mais simples dos “pedaços de cenário” não se movimentam como autômatos.

É claro que para completar essa atmosfera fantástica o som era fundamental. E ele é tão bom! A cobertura do nosso sorvete! Dos gemidos dos aflitos, os resmungos dos guardas no frio, as músicas assoviadas (que você pode achar as letras em livros infantis pelo jogo!)… enfim… brilhante. Os efeitos sonoros são animais, chegando até a assustar em alguns momentos, e as músicas são fantásticas – com especial atenção aos momentos onde você é descoberto e tem que sobreviver, utilizando mais movimentos do que um calango que recebeu anfetaminas!

Dishonored é uma obra de arte. E um jogo que provavelmente não vai vender muito. É ousado demais, irreverente demais e exige que o jogador pense – o que é complicado numa era de jogadores simplistas que estão esperando o próximo triplo A com um número na frente (Sim Black Ops 2 e Fifa 13 – EU ESTOU OLHANDO PARA VOCÊS… COM ÓDIO!). Eu realmente espero estar errado e que esse jogo faça todo o sucesso que merece, mas considerando que Mirror´s Edge e Bioshock foram sucessos de crítica, não exatamente de vendas, acho difícil. De qualquer forma é um dos meus jogos do ano de 2012, é muito muito muito bom e eu recomendo a todos que possam querer tentar algo diferente.

Porque Vingança soluciona tudo! Bom divertimento!