Kojima “trollou” a todos: Phanton Pain e Ground Zero – são, ambos, Metal Gear Solid V

Por mais estranho que possa parecer, e considerando a convoluta história de MGS 4 a gente consegue imaginar um monte, os dois games são, na verdade, um só. Que mostra Snake fazendo uma operação militar e sobrevivendo aos revezes dela  9 anos depois, quando acorda sem mão de um coma. E esse Snake é o SNAKE mesmo! Nada de Liquid, Solid ou Solidus… é a porra do Big Boss e ponto final.

Eis o trailer de anúncio da Konami

 

Pelo trailer dá para tirar algumas conclusões. O cara que ele está salvando, no helicóptero, e que está na cama do lado dele, é o Master Miller (que o Liquid mata e toma o lugar no MGS 1). Fury, ou o equivalente a ele, aparece diversas vezes no trailer. O homem com o rosto e a cabeça todo detonados (e a boca amarrada) é o Psyco Manthis (ele aparece flutuando na postura clássica no final do trailer) e eu aposto que o jovem de cabelos longos, usando o cavalo da Boss, é o filho dela, Shalashaska (Call me Revolver! Revolver Ocelot!).

Consigo também apostar que o game vai misturar o imaginário de um recém-acordado-de-coma-de-9-anos Snake com a realidade “real” do que está ocorrendo, o que pode explicar várias das cenas mais surreais do trailer. Resta esperar para ver agora! Opiniões… soem aí embaixo!

Jogando: Metal Gear Rising: Revengeance

Quando um jogo precisa inventar palavras para se identificar você tem uma das duas situações: Ou isso vai ser horrível ou vai ser genial. Revengeance, o novo Metal Gear, criado na junção das mentes de Hideo Kojima e a equipe responsável por Bayoneta, é, felizmente, um dos casos do último.

Esqueça Devil May Cry e os outros jogos de ação no estilo Hack and Slash lançados desde do refrescante Bayoneta, todos eles acabam de ficar obsoletos de uma vez só! Metal Gear Rising literalmente cortou a concorrência pela metade! E, se como eu, você tinha problemas em aceitar aquela bichinha do Raiden na época do Metal Gear Solid 2, prepare-se para vê-lo retornar como um dos personagens mais Bad Ass da franquia – sim… mais que Solid Snake (Big Boss continua ainda mais Bad Ass).

E vamos falar do ponto mais forte logo de início: A jogabilidade. Metal Gear Rising coloca você no controle de um super ninja cyborg, equipado com uma espada sônica vibratória de mono filamento, capaz de cortar essencialmente qualquer coisa, em uma velocidade alucinante. Raiden tem um botão de ataque rápido, um de ataque pesado, um de salto, um de defesa e o dash, a famosa corridinha – combinando tudo isso você terá um dos mais complexos, e recompensadores, sistemas de combate criados no últimos tempos. Somado a isso você pode, a qualquer momento, dando um toque no gatilho esquerdo superior, deixar o tempo imensamente lento e controlar, com o analógico direito, a direção que Raiden disparará golpe atrás de golpe, num sistema chamado 斩 夺 Zan Datsu literalmente, “Cortar e levar” . Vez por outra, no meio da sequência Zan Datsu, o botão círculo ou B aparecerá, e se você apertar o botão correspondente, no momento exato, você arrancará a fonte de energia do cyborg inimigo e a destruíra, em uma ceninha muito animal, aniquilando o inimigo, não importa o tamanho do último.

Graficamente MGR é sensacional. A engine ainda é a mesma de MGS4 e as texturas continuam antigas e lavadas em algumas partes, mas a animação é primorosa, a física inimaginavelmente funcional e os detalhes realçam os cenários, diga-se de passagem bem lineares, tornando-os mais vivos e fluídos. O som é bom, mas não é nada para se escrever para a casa – com o ponto alto sendo a voz dos principais personagens, entregues por atores convincentes. O controle é perfeito, como tudo mais criado pela Platinum, e é tão gostoso de usar que é quase sexual.

A história ainda é uma maçaroca de informações digna de um mangá, que exige que você tenha jogado MGS4 para entender completamente, mas dá para sintetizar mais ou menos assim: Depois da destruição do sistema dos Patriots, que controlava as Private Military Contractors, ou PMCs, grupos paramilitares que lutavam as guerras no lugar dos países, a tecnologia dominada pelo PMCs se espalha pelo mundo e centenas de pequenos grupos de ladrões bandidos começam a surgir armados com partes cibernéticas. Raiden, agora ainda  mais incrível, faz parte de um grupo de proteção que é atacado enquanto tomava conta do presidente esquecível de um país africano – que é morto na sua frente. Com um novo corpo Raiden vai atrás de vingança e descobre um plot complexo que envolve o domínio mundial e a possível construção do Outer Heaven. Se você jogou todos os MGS assim como os games de PSP, talvez você tenha uma chance de entender a história. Se não o fez… esqueça. Curta o game como um bom jogo Hack and Slash de ficção cientifica.

E curtir você provavelmente irá, Metal Gear Rising: Revengeance é um excelente jogo. Realmente bem feito, com um time de responsa trabalhando com paixão por trás, e transpirando qualidade. Mesmo que Metal Gear não seja a sua praia, de uma chance ao jogo. Você provavelmente não vai se arrepender.