Eu sou um gamer. Eu testemunhei o amiga e o Odissey se arrastarem do lodo primordial e resfogelaram suas vidas pixeladas como as curiosidades que eram tratados; eu devorei a geração 8 bits, arrancando até a última moeda de Bowser, matando todas as encarnações do dracula e destruindo centenas de robôs construídos pelo Dr Willy. Eu vi, com os olhos que a terra há de comer, a guerra dos 16 bits florescer, levantando brados de “O meu é melhor!” de ambos os lados. Assisti o Nascimento e o esquecimento do 3DO, do Atari Jaguar e do Apextreme (alguém conhece?). Vislumbrei a Guerra dos Saturn X PS1 X N64 e vivi intensamente os 128 bits que vieram em seu encalço.Eu comprei um Wii e não só isso, mas faço barulho com a boca e poses imponentes quando jogo. Eu sou gordo, uso óculos e faço cosplay. Eu curto anime, mangá e músicas do Mega Driver. Eu compro CDs de repertório de games e sofro com as decisões da empresa do meu coração quando ela faz algo imbecil (porque Deus? Por que o N64 usou cartuchos? Por que Deus?). Eu sou, de todas as maneiras possíveis, um gamer.
E não só eu, mas meus amigos são ou foram gamers. Alguns viveram bons anos ao som dos grilos e a claridade amiga dos jogos pós meia-noite, mas as namoradas, os empregos e as agendas sociais acabaram por levar muitos guerreiros embora. Nós choramos por eles e prosseguimos. Outros, literalmente, viram a luz, e acabaram por, de maneira mais ou menos custosa, seguindo esse caminho muitas vezes incompreendido dos jogadores de video-games.
E nós Gamers não somos infantis. Nós gamers não achamos que videogames são a forma suprema de arte, tampouco que são brinquedos de criança. Temos noções de seus preços, dos custos dos jogos e consciência dos efeitos dos impostos e da pirataria. Assim como alguns curtem um bom livro e outros grandes filmes, nos divertimos com nossas histórias, simples ou complexas, que nos permitem, por algumas horas, sermos mais do que somos.
Hoje o Minicastle faz um ano. Hoje, o que era a idéia do Revolution, virou a inovação do Wii. O que eram as incertezas do Ds, viraram um primeiro lugar no mercado. Hoje, como entidade e como pessoas, somos capazes de entender um pouco mais desse hobby fantástico que nos une.
Nós do Mini somos como nossos leitores, parte de um imenso universo que sente, mesmo que as vezes, a vontade de atravessar um labirinto e salvar uma princesa, matar zumbis e vampiros, ser um gangster ou uma bola amarela com boquinha e olhos que come… pastilhas…
Somos como vocês
Somos Gamers!